Notícia Patrocinada Semana de pressão alta na Liga dos Campeões

A segunda mão dos oitavos de final arranca com as equipas da casa a terem de correr atrás do resultado se não quiserem dizer adeus à liga milionária.

É o caso de um dos jogos que abre a semana. A Real Sociedad recebe o PSG depois de uma derrota por 2-0 em Paris. E se eu ainda estou a sonhar com aquela arrancada, drible e golo do Barcola, os espanhóis ainda devem ter pesadelos, especialmente Traoré. A eliminatória não está fechada, até porque o coletivo basco teve uma primeira parte de nível superior, mas se o desequilíbrio no que toca a talento individual já era grande e provocou estragos, com dois golos de desvantagem prevê-se difícil a luta pela permanência na Liga dos Campeões para a Real Sociedad. Ainda assim, espera-se uma vaga de calor por San Sebastián.

Não sei como se diz em espanhol – nem tão pouco em alemão – a frase que se propaga pelos estádios de todo o mundo e que na primeira mão dos oitavos foi personificada pelo Bayern Munich. A velhinha frase que teima em não sair de moda profetiza: quem não marca, sofre! Na primeira parte do Lazio – Bayern só se falou alemão. A equipa de Tuchel foi superior, teve mais bola, fez 17 remates e até aqui nada de surpreendente. A surpresa surge na falta de eficácia: nenhum dos 17 (!) remates foi enquadrado! Em todo o jogo a equipa alemã nunca encontrou o caminho da baliza. Fenómeno que não acontecia desde 2019!  A Lazio mesmo não sendo um exemplo no que toca a organização defensiva, foi competente e bastou-lhe um Immobile endiabrado para furar a área alemã, conquistar e converter uma grande penalidade. A vantagem de um golo para a equipa italiana faz com que tudo esteja ainda em aberto. O favoritismo mantém-se do lado dos alemães que jogam em casa, resta saber se desta vez acertam no alvo.

Se Tuchel precisar de inspiração poderá sempre assistir ao filme da primeira mão dos oitavos de final: Copenhaga – Manchester City. Um jogo recheado de inteligência artificial! Sim, ninguém me convence que Kevin de Bruyne é um de nós! Aquele talento foi desenvolvido meticulosamente por cientistas ao longo do século! Regressado à competição depois de lesão, o talento belga é uma espécie de assistente premium capaz de providenciar tudo o que seus colegas precisam. A sua especialidade? Descobrir caminhos para a baliza adversária e oferecê-los com mestria. Graças a ele e a outros tantos pés (e leitores de jogo) abençoados que com ele partilham o relvado, a equipa de Guardiola tem praticamente carimbada a presença nos quartos de final. A jogar fora e depois de uma derrota por 1-3, o Copenhaga terá de fazer muito melhor, arriscar mais, servir-se da adrenalina do tudo ou nada se quiser conquistar uma reviravolta hollywoodesca.

Se este jogo parece ter um desfecho mais fácil de prever, o jogo que decorre ao mesmo tempo em Espanha, deixa o adepto do bom futebol mais apreensivo. O Real Madrid joga em casa e essa não é a sua única vantagem, ganhou ao Leipzig na primeira mão com um golo de museu do Brahim Díaz. O jogo foi equilibrado, o Leipzig teve até as melhores oportunidades da primeira parte, chegou a marcar, mas viu o golo anulado e depois disso não conseguiu ser eficaz. As estatísticas espelham o equilibro com a percentagem de posse de bola e número de remates muito semelhantes. Perante isto e o que se viu na Alemanha, a vantagem curta do Real Madrid deixa tudo em aberto.

Com vários cenários possíveis esta semana oferece-nos pelo menos 360 minutos para usufruir de futebol ao mais alto nível e descobrir que quatro equipas poderão continuar a sonhar com Wembley!