Na festa dos campeões só há um mote: «Queremos mais!»

Ainda o jogo não tinha terminado e já ninguém escondia sentimentos no pavilhão do Funchal. João Gomes, 22 anos, não esqueceu os adeptos que, mesmo fora de casa, fizeram questão de apoiar a equipa. «É fantástico vencer duas vezes seguidas o título de campeão nacional! Demonstra o trabalho que fizemos, somos um grupo unido e humilde e merecemos. No ano passado já foi muito bom, mas este ano conseguimos consolidar o trabalho. Olhamos qualquer adversário olhos no solhos e vamos à luta», explicou o lateral-direito.

«O segredo é a união e a concentração, nos momentos maus, usamos isso para ultrapassar as dificuldades. Estamos fora de casa, mas é muito bom estar aqui tanta gente. Estamos orgulhosos, eles também fazem parte desta conquista que é deles», rematou, antes de continuar a celebrar.

Martim Costa apareceu já rouco aos microfones do canal do clube, mas feliz, naturalmente. «Foram 10 ou 11 meses a trabalhar para isto. É uma época inesquecível. E ainda não acabou! Trabalhámos para ser campeões, fizemos uma época incrível, perdemos apenas um jogo na fase regular», recordou o lateral-esquerdo que fez parte do sete ideal do último Campeonato do Mundo.

«Quando aqui chegámos, há quatro anos, havia poucos adeptos a ver os nossos jogos. Esta é a nossa vitória», disse o internacional de 22 anos, virando-se para as bancadas. «É incrível este carinho que sentimos, queremos que as pessoas acreditem em nós, que gostem de nós, como nós gostamos muito deles. Esta é a nossa vitória. Estamos muito felizes e supercontentes», rematou.

À frente do projeto segue Carlos Carneiro. O antigo internacional é o rosto da equipa e o diretor desportivo que começou a construí-la. Feliz com os resultados, distribuiu elogios. «Este grupo é fantástico, em termos humanos, sociais e desportivos. Acredito que é das melhores equipas que vimos em Portugal. Querem crescer, trabalham muito e querem mais. Venceram os últimos seis títulos que disputaram e querem mais. Agora festejamos e começamos a pensar na Taça. Temos de olhar em frente», disse. «Fizemos 52 jogos e mostrámos que isto é uma equipa. Toda a gente se sacrifica pelo coletivo», rematou.