Sporting: nem Gyokeres se apresenta... nem o Arsenal avança

Quando este sábado forem 17h30 e a comitiva do Sporting partir de Alcochete para o Algarve, onde em Lagos os verdes e brancos estagiam até ao próximo dia 21, Viktor Gyokeres vai ter uma falta injustificada no livro de ponto do treinador Rui Borges. A novela deste mercado de verão está para durar e, ao dia de hoje, o que pode dizer-se é que nem o sueco se apresenta nem o Arsenal avança com nova proposta.

Primeiro era para se apresentar na passada segunda-feira, quando os internacionais voltaram aos treinos, mas num fim de semana em que o Arsenal enviou a Lisboa o diretor desportivo Andrea Berta para o tentar contratar, o avançado de 27 anos teve autorização do Sporting para apresentar-se apenas para seguir com o plantel leonino para o Algarve.

Gyokeres tinha então de estar em Lisboa esta sexta-feira à noite mas… não vai estar. Tem de se apresentar este sábado na Academia Cristiano Ronaldo às 16h30 para a concentração antes da partida para o Sul do país e… não vai estar. A decisão do sueco em fazer greve só poderia ser revertida mediante um volte-face de última hora que até agora não aconteceu.

Volte-face poderia ser o Arsenal voltar à carga para a contratação do jogador mas desde que apresentou os 65 milhões de euros mais 15 por objetivos — e não foram 63+17 porque o sueco abdicou de 2 milhões dos 8,3 que os gunners lhe oferecem por cada um dos cinco anos de contrato que com ele já têm acordado — não mais voltou à carga.

Nesta altura o negócio continua num impasse, em risco até de cair, embora os londrinos analisem ainda estratégia para um possível novo ataque. Sabem porém que a fórmula 65+15 não é suficiente para os leões que, irredutíveis, querem 80 milhões (atingíveis) mas com outras contas, nomeadamente 70+10. E depois faltará ainda definir esses 10 milhões em variáveis, de maior ou menor dificuldade.

Dificulta também uma futura operação ente leões e gunners o facto de nesta altura as posições estarem extremadas, egos feridos e paciência entre as partes (clube vendedor, clube comprado e jogador e seus representantes) quase esgotada. O negócio ainda não caiu, mas está mesmo muito tremido.

A administração leonina vai esperar mas sabe que Gyokeres vai entrar em incumprimento. Esta sexta-feira não se pronuncia sobre o assunto, vai fazê-lo sábado ou o mais tardar domingo, enquanto decide a atitude a tomar. Em cima da mesa estão vários cenários, da multa pesada ao processo disciplinar. E pode a administração até ir ao extremo de passar ter a cláusula de rescisão de 100 milhões de euros como valor para a saída de Gyokeres. Certo é que o sueco, entrando em incumprimento, passa a estar em infração e cinco faltas injustificadas seguidas ou dez interpoladas são causa suficiente para despedimento com justa causa, algo no entanto que os verdes e brancos não farão, pois perderiam o seu ativo mais valioso e cobiçado.

O braço de ferro continua e este sábado encerra importância determinante para o desfecho desta novela de verão.