Gigante Haaland nunca adormece e Manchester City goleia (4-1)

A expectativa para um duelo que não acontecia na Premier League há mais de 20 anos confirmou-se em toda a linha. O Ipswich, que recuperou o assento à mesa dos gigantes, correspondeu e adiantou-se no marcador. Por mérito próprio, mas também por demérito de Ederson, que perdeu de forma rara o frente a frente com Szmodics, permitindo que a bola passasse entre as suas pernas. Ainda lhe tocou e a bola foi, devagarinho, até à baliza, doloroso para o antigo guardião do Benfica. 0-1, minuto 7, visitantes a lançar a semente no jogo e, claro, a dúvida no Manchester City.

O campeão de Inglaterra, todavia, depressa mostrou não se deixa abalar por um mero golo do adversário e fez o esperado: atacou até mais não. O gigante acordou… e como acordou. Três golos em quatro minutos, 12, 14 e 16, repondo a normalidade com inteira justiça. Primeiro Leif David fez penálti sobre Savinho que Haaland transformou em igualdade; logo a seguir, pressão de Savinho sobre Muric, o guarda-redes a hesitar e a deixar a bola à mercê de De Bruyne. Fácil, fácil, fácil; por fim, assistência do lado esquerdo de De Bruyne para Haaland, este a fugir, forte e veloz, ao seu estilo, e a concretizar.

A restante meia hora da primeira parte foi a história dos golos perdidos pelo City, Haaland poderia ter feito o terceiro em mais do que uma ocasião, Rico Lewis e De Bruyne acertaram na trave, enfim, havia de tudo. O Ipswich foi para o intervalo com um resultado muito simpático, apesar de desvantagem por 1-3.

Segunda parte de goleada ou de reação? No primeiro quarto de hora, nem uma coisa nem outra, as duas equipas pareciam satisfeitas com o resultado. Era largo o suficiente para o City, era equilibrado o suficiente para o Ipswich.

Haaland, porém, começava a mostrar-se aborrecido, com sinais de ansiedade. Não sabe jogar sem baliza. Ao minuto 64, De Bruyne tentava ajudar a ofeceria o quarto a Haaland, mas a cabeçada do norueguês encontrava Muric, que fez uma defesa bonita. Estava dado o aviso, que se tornaria facto ao minuto 88: do nada, Haaland transformou uma bola inofensiva a uns metros da área do Ipswich para disparar e selar o resultado, 4-1. Hat-trick do gigante, o 7.º em 68 jogos na Premier League, contra 8 em 258 de Thierry Henry e 12 em 275 encontros de Aguero. Haaland é bem capaz de apanhar a concorrência este ano…

Rúben Dias e Bernardo Silva titulares e em bom nível, embora sem interferência nos momentos mais importantes, Matheus Nunes entrou perto do final.