Águia saiu queimada do covil do dragão e tem de forçar a negra na Luz

Numa grande demonstração de superioridade, o FC Porto colocou-se em vantagem na final do campeonato nacional de hóquei ao vencer o Benfica no jogo 3 por expressivos 4-1. A águia voou baixinho neste regresso ao covil do dragão e vê-se forçada a vencer o jogo na Luz se quiser levar a final para a negra.

Numa primeira parte disputada com muita intensidade e equilíbrio, foram os azuis e brancos os primeiros a adiantarem-se no marcador. Ao minuto 6, e já depois de Pedro Henriques ter negado um golo de penálti a Gonçalo Alves, Carlo di Benedetto colocou mesmo o FC Porto a vencer. O golo do número 19 da equipa da casa revelou-se solitário, uma vez que nenhuma das formações conseguiu balançar as redes até ao final do primeiro tempo. O Benfica ainda beneficiou da marcação de duas grandes penalidades, mas Carlos Nicolía e Zé Miranda acertaram ambos nos postes da baliza de Xavi Malián. A primeira parte, note-se, foi particularmente faltosa, com o FC Porto a ir para o intervalo com oito faltas registadas e o Benfica com sete. Os ânimos chegaram mesmo a exaltar-se entre os dois conjuntos quando o árbitro marcou o segundo penálti.

A segunda parte começou como acabou a primeira: mais dinâmica e fisicalidade, com o árbitro a marcar um livre para o FC Porto logo aos 31 minutos. Carlo di Benedetto falhou a concretização, mas, dois minutos depois, os dragões voltaram a beneficiar de um livre direto após o Benfica chegar às 10 faltas. Hélder Nunes foi chamado a converter e, com muita classe, colocou os dragões a vencer por 2-0.

O Benfica ia tentando reagir, principalmente através de stickadas de longa distância, mas os dragões voltaram do intervalo mais fortes e confiantes, dominando as diferentes fases do jogo. Aos 37 minutos, Rafa aumentou a vantagem para a equipa da casa, com Carlos Nicolía a conseguir reduzir para as águias apenas um minuto depois. Ainda assim, o FC Porto ganhou imediatamente um novo livre direto e Hélder Nunes, novamente com muita frieza e classe, fez o segundo da conta pessoal e fechou o marcador em 4-1.

Hélder Nunes e Xavi Malián foram as figuras do jogo, com o primeiro a marcar nas bolas paradas de que dispôs e o segundo a frustrar todas as tentativas ofensivas das águias, que esbarraram na muralha espanhola. Ainda assim, e apesar do domínio dos azuis e brancos, o clube encarnado volta para Lisboa a lamentar a falta de eficácia nos lances de bola parada.

Com este resultado, o Benfica vê-se obrigado a vencer na Luz na próxima quarta-feira para impedir o FC Porto de se sagrar campeão e para poder forçar o quinto jogo da final, que, a acontecer, se jogará novamente no recinto dos dragões.