Rui Costa comenta a época do Benfica: acompanhe aqui

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Está completa a sessão de explicações de Rui Costa. O presidente do benfica abordou a continuidade de Roger Schmidt, a renovação com Di María, os estatutos do clube e a auditoria, o processo do Ministério Público, compras, vendas e muito mais.

Abaixo pode consultar pergunta a pergunta (e resposta a resposta) toda a sessão de esclarecimentos, que contou com vários jornalistas de vários órgãos de comunicação social.

Resposta: «Auditoria e estatutos são dois temas muito em voga nos sócios do Benfica, com toda a razão. Os estatutos estão prontos para ser apresentados, caberá ao presidente da Assembleia Geral marcar a data para discuti-los. Já foram aprovados pela Direção. São para entrar em vigor nas próximas eleições. Tem se falado muito de nunca mais estarem cá fora. Faz-me alguma confusão. Estando a um ano e meio das eleições nada quisemos atrasar. Quisemos fazer uns estatutos dignos do Benfica, passaram por uma série de fases, desde a primeira comissão à qual agradeço eternamente, passou para a Direção, foi pedido o contributo de todos os sócios do Benfica. Nunca houve estatutos tão democráticos como estes, criados tão perto dos sócios do Benfica. E há outro fator que as pessoas não têm de duvidar. Não há nada para esconder, nada por trás, se fosse político e não um presidente que pensa no melhor para o clube provavelmente teria feito as coisas mais à pressa e apresentado os estatutos e auditoria no ano passado. Tínhamos sido campeões, toda a gente estava feliz e passava muito melhor, do que apresentar agora, num ano mais problemático, com críticas. Se quisesse esconder alguma coisa teria pegado nestes dois dossiers à pressa e apresentado num ano muito mais favorável. Nada pode levar os nossos sócios a duvidar. As coisas serão apresentadas, discutidas e finalizadas agora. Iremos para as próximas eleições com os estatutos aprovados, se os sócios assim o desejarem, como espero. Tanto os estatutos como a auditoria nunca são dossiers oportunos para ser apresentados durante a época, por isso escolheremos o defeso para apresentação e discussão. Tem influência e escolhemos este período sem criar atrito para a equipa de futebol e modalidades.»

Pergunta final: Fez a promessa de revisão de estatutos. O que se passa?

«Em relação à Liga dos Campeões, temos várias vias para lá chegar. Uma não depende de nós: perdemos uma imediata, há outra que depende da Atalanta ficar até ao quarto lugar no campeonato. Outra depende de nós. A única convicção é que temos de estar na Liga dos Campeões. Se chegarmos à via que depende de nós [pré-eliminatória] teremos de fazer tudo para lá chegar. Queremos lá estar. Nos últimos três anos, chegámos aos quartos de final das competições europeias. Este ano não fizemos uma boa Champions e caíamos para a Liga Europa. A ambição e objetivo são estar sempre na Champions. Tudo faremos e estou mais do que certo que lá estaremos.»

A preparação da próxima época e os acertos no plantel vão depender da entrada direta na Liga dos Campeões?

«Tenho de aceitar e respeitar. Espero que o próximo ano seja mais estável. Se me pergunta se é agradável, claro que não. Não tendo sido uma época positiva, também não podemos transformar a época num caos total que leve a tanta situações como as que vivemos. Precisamos dessa estabilidade e dessa maturidade. É esse apelo que faço. Temos muito trabalho pela frente e é nisso que me quero concentrar, respeitando os adeptos, que são donos do clube. Aceito as críticas e temos de fazer melhor para não ter essas críticas.»

Ficou incomodado quando as críticas deixaram de ser dirigidas só a Roger Schmidt e passaram para si?

«Em relação às eleições, volto a dizer. Tudo o que menos me preocupa neste momento são as eleições, falta muito tempo e não estou a pensar nem em mim nem o que acontecerá nessas eleições. Tinha de ser mais político e isso não sou. O meu objetivo é dar o máximo pelo Benfica até ao meu último dia e é o que farei, e esse último dia será quando os sócios acharem que não sou a pessoa certa ou quando eu considerar que não tenho mais nada para dar ao clube, que não o consigo ajudar. Nesse dia, sou eu que levanto a mão e saio, alguém virá e eu fico a torcer por essa pessoa. Em relação a Vieira, não sou eu que decido, não faz parte do meu ideal responder sobre o que penso do futuro, sobre quem é candidato. Acho bem que haja mais candidatos, significa que o Benfica tem vida bem viva e isso é importante, mas a última coisa que tenho para pensar é quem vem ou deixa de vir. Respeitarei todas as decisões, serei o primeiro a levantar a mão no dia que considerar que não dou ao clube o que as pessoas esperam de mim e tenho responsabilidade de representar o clube até ao limite dos meus esforços. Até lá, tenho dossiês para resolver: apetrechar equipas para trazer títulos. Eleições a ano e meio de distância é algo que não cabe na minha cabeça.»

Resposta: «Schmidt nunca saiu sozinho do estádio de Vila do Conde. Saiu acompanhado pelo diretor geral do futebol, nunca esteve sozinho neste projeto. Muitos dizem que eu devia ter feito mais. Se perguntarem a Schmidt, de certeza que dirá que nunca deixou de sentir o meu apoio e apoio interno no Benfica. Não saiu sozinho, saiu acompanhado pelo diretor de futebol, eu saí pouco tempo antes dele até para sair sozinho eu, para ser eu a dar a cara se houvesse alguma coisa. Esse conflito interno não existe.»

[Não seria mais calmo saíram ambos juntos?] «E se minha saída sozinho pudesse levar foco para mim?»

Pergunta: Da perspetiva dos adeptos do Benfica, não devia ter saído com Roger Schmidt em Vila do Conde, para os verem juntos? Espera que Luís Filipe Vieira possa querer um ajuste de contas consigo? Pode querer voltar ao Benfica?