Confira abaixo tudo o que disse Frederico Varandas, desde João Pereira, lesões, arbitragens e morte de Pinto da Costa:
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Lesões, críticas às arbitragens e a saída de Viana: tudo o que disse Varandas
Presidente dos leões vai abordar todos os temas da atualidade na Sporting TV
Morte de Pinto da Costa: «Vi muito barulho. Fiquei surpreendido. 'Não se deve misturar as questões pessoais com institucionais'. Se há pessoa que ultrapassa as questões pessoais sou eu. Sei a missão de ser presidente do Sporting. Falo com tantas pessoas que quando deixar de ser presidente do Sporting não vão voltar a ouvir a minha voz. O nosso silêncio foi uma decisão institucional, que nada teve a ver com o presidente. Se a instituição Sporting não se revê em quem prejudicou o clube, a indústria do futebol e em quem não representa os nossos valores, seria uma hipocrisia mudar por essa pessoa ter morrido. Bem sei que há pessoas com a coluna vertebral flexível para ser dar bem com Deus e com o diabo, mas eu não a tenho e vou estar sempre do lado dos meus valores e princípios que defendo. Sei que no final do dia terei muitas pessoas que não gostam de mim, mas é para o lado que durmo melhor e faz parte. Enquanto estiver aqui vou fazer o que eu entendo que são os meus princípios. Institucionalmente, o Sporting seria hipócrita e o Sporting não o é.»
Augusto Inácio e contratação da sua empresa ComCorpus: «O Sporting sempre teve um diretor clínico que faz o que entender no seu departamento. Isso para mim está no nível do conteúdo do lixo. Quando era diretor clínico, desde 2015 que tenho duas clínicas de medicina desportiva. De 2015 a 2018, e em virtude do departamento médico não ter determinados aparelhos, Sporting utilizou pontualmente essa clínica quando eu fui diretor clínico. Até Bruno de Carvalho queria que eu cobrasse esses serviços. Nunca foi cobrado um serviço. Quando venci as eleições, uma das minhas preocupações era equipar o departamento médico e desde 2018 que o departamento médico do Sporting não utiliza a minha clínica. De 2015 a 2025, não há um cêntimo, nada. O senhor Augusto Inácio vai ter de responder no sítio certo. no tribunal. Conheço-o muito bem, trabalhei com ele duas vezes. Eu era diretor clínico e ele diretor desportivo. Com Bruno de Carvalho, que estava preso por dias, ele aceitou voltar ao Sporting com um contrato considerável. Quando ganhámos as eleições, uma das primeiras medidas que tomei foi contratar Hugo Viana e dispensar Augusto Inácio. É importante os sócios do Sporting perceberem: um dos processos que herdámos é o de Sinisa Mihajlovic contra o Sporting. Quando a comissão de gestão estava em vigor, Augusto Inácio foi testemunha a favor do Sporting. A 7 de setembro de 2018, Augusto Inácio diz que Mihajlovic foi fundamental no planeamento da pré-época, escolha do plantel e testemunhou a favor do Sporting. A 18 de março de 2019, testemunhou por Mihajlovic em tribunal, onde diz que o treinador não decidiu nada. O CAS retirou o testemunho de Augusto Inácio por não ser credível. Augusto Inácio foi decisivo para o Sporting pagar 3 milhões de euros a Mihajlovic. Conheço-o muito bem. No dia em que ouvir Augusto Inácio a dizer bem de mim, tenho de refletir se sou a pessoa certa para educar os meus filhos.»
Críticas a Tiago Martins:
«Comecei pela nossa forma de estar e faço um apelo aos árbitros pela forma como reagem a determinados tipos de confiança. Dou o exemplo do Tiago Martins no Famalicão-FC Porto, teve uma decisão onde anulou um golo ao FC Porto e marcou um penálti para o Famalicão. Foi uma decisão correta do Tiago Martins. O FC Porto perdeu pontos e depois vimos uma comunicação old school que já vimos várias vezes e foi pedida uma reunião ao CA… Eu não faço isso. Houve muito ruído e tudo a bater no Tiago Martins. Depois voltou a apitar o Nacional-FC Porto e há uma entrada para cartão vermelho e o Tiago Martins mostra amarelo. O VAR chamou-o e o Tiago Martins manteve o amarelo. Não tenho dúvidas que tomou a decisão por ter sido condicionado. O Tiago Martins tem de pensar que assim estes clubes pensam que vale a pena e está a prejudicar a vida dos seus colegas pois, sempre que um grande perder, lá vem a newsletter longuíssima a queixar-se e não saímos disto. Depois, o Tiago Martins é VAR num jogo em que podíamos ter saído com seis pontos de vantagem. O João Pinheiro pareceu-lhe ver uma agressão de Diomande. O VAR, tranquilo, não viu que não houve agressão e não pediu ao João Pinheiro que fosse ver. Por causa desse cartão, por azar, o Diomande não pôde jogar com o Arouca e por acaso jogou o St. Juste que se lesionou e marcou na própria baliza.»
Pedro Proença na FPF: «A escolha do apoio do Sporting foi fácil em virtude das pessoas e projeto. Apoiámos pela visão que tem em melhorar a transparência e qualidade da arbitragem. Neste anos o Sporting bateu-se por medidas para melhorar a arbitragem. Como publicação da nota dos árbitro, para ver quem avalia os árbitros e como são avaliados. Quem não deve, não teme. Vamos lá, avaliámos e observamos que nota cada arbitragem teve. Não há nada a esconder. Segundo, a especialização na carreira de VAR. Não concordamos com algo perigoso que é que os árbitros, que hoje em dia têm a sua ambição, acabam por estar numa competição entre árbitros. Eu vou ser VAR e um árbitro VAR sabe que se tomar uma decisão vai influenciar a nota do árbitro. Claro que isto afeta o seu juízo. O Sporting defende que deve haver uma carreira específica de VAR. Quem é VAR é VAR, e quem é árbito é árbitro. E também defendemos a criação de uma entidade externa que conduza a arbitragem. Quarto ponto: a valorização da carreira de árbitro. O árbitro deve ter as melhores condições financeiras, de trabalho, de treino, de recrutamento e está no programa eleitoral de Pedro Proença e Luciano Gonçalves.»
Luciano Gonçalves no Conselho de Arbitragem da FPF: «Espero que os árbitros, seja onde for, se tiverem que marcar um penálti, marquem. Se forem alvos da newsletter habitual e intoxicação, não se deixem intimidar ou condicionar. Se o lance do Morten é penálti por agarrão, então marquem todos, todos.»
Arbitragem:
«Temos uma forma de estar onde tentamos valorizar o futebol português, criar um ambiente positivo e, desde o primeiro dia, temos uma política para que se valorize a carreira do árbitro. É dar condições higiénicas de poder trabalhar, exercer a sua função. É muito fácil, neste cargo ou no cargo dos nossos rivais, cair na tentação de sistematicamente, a seguir a um desaire, vir crucificar e intoxicar. Não nos revemos nessa forma de estar, comunicar e o Sporting tenta dizer de forma construtiva e objetiva e se faz crítica é para melhorar o que está menos bem e o que podemos fazer diferente para a frente. Nessa altura, em finais de dezembro, se puder fazer uma análise desde aí, considero que o critério de arbitragem de que o Sporting é alvo nos seus jogos é diferente principalmente para os rivais que lutam para os mesmos objetivos do Sporting.»
«Em Alvalade, o árbitro é bem tratado, ninguém desce para os intimidar»
«Gosto de dizer porque achamos isso. O que eu vejo em Alvalade, quando o Sporting joga, e atenção: em Alvalade, o árbitro é bem tratado, porque deve ser assim. Enquanto estivermos no Sporting, os árbitros serão bem tratados, ninguém desce ao túnel para insultar ou intimidar. Os árbitros têm todas as condições para trabalhar e terão sempre. Fico contente por um árbitro chegar a Alvalade e ser livre na sua função. Deixo um alerta porque o Sporting revê-se nesta forma de estar, mas a mim, Sporting, custa ver um jogador a encostar a cabeça a um árbitro e não acontece nada. Um jogador nosso encosta a um adversário e mal, porque só pelo encosto tem de levar amarelo, mas o adversário simula uma agressão e um jogador é expulso. Temos um critério, como este no jogo com o Arouca, em que se marca penálti por agarrões e empurrões. Tudo bem. Mas custa-me a entender, na mesma jornada, o FC Porto ganhar 1-0 com um golo num lance em que há um empurrão grosseiro e o VAR desvaloriza esse empurrão. Em Alvalade, o nosso capitão agarra-se e o VAR marca penálti, dá amarelo. Este critério faz confusão.»
«Há duas jornadas, outro nosso rival tem um penálti a favor por um lance de mão. Aos 90’, na mesma zona do terreno, na mesma posição, um jogador do Benfica faz um gesto muito mais grosseiro e não houve critério igual. Esta diferenciação de critério, por exemplo possível penálti no Dragão sobre o Quenda: quantos penáltis se marcaram assim? Porque tocou na bola, mas rasteirou primeiro o pé. Vi tanto argumento. Até se podia não marcar penálti, mas definam um critério. Porque esse critério tem prejudicado o Sporting. Na fase do João Pereira, o CA reconheceu os erros e custaram 5 pontos ao Sporting. Agora também nos custou pontos. A comunicação social fazem a sua liga da verdade, com comentadores, e mais ponto menos ponto este campeonato estaria decidido, segundo os ex-árbitros. Estamos a falar de muitos pontos de diferença. Não tem havido esse critério.»
Rui Borges:
«Muito satisfeito com o treinador e pela forma de trabalhar. Revejo-me na forma de olhar para o problema.»
João Pereira:
«Voltando a 11 de novembro, seria difícil tomar uma decisão diferente. Um plantel talhado para jogar num 3-4-3. O João Pereira não joga da mesma maneira que o Ruben Amorim, mas construía a três e ajudava. Qualquer que fosse o treinador a vir depois do Amorim, iria ser muito difícil. Os jogadores não estavam recetivos a mudar. E o João Pereira teve de treinar a fazer de Ruben Amorim e as coisas não correram bem. O João Pereira voltou onde está. A fazer a melhor época na equipa B, apurou-se para a fase de subida à Liga 2. O João Pereira fará o seu caminho.»
Hugo Viana:
«Havia um compromisso, desde outubro, para ele ser diretor desportivo do Manchester City na época seguinte. Durante o mercado de janeiro, o Hugo Viana informou-me, por razões familiares, que queria seguir a sua vida. Foi uma decisão pessoal e não tínhamos outra alternativa.»