Mourinho deu medalha a jovem adepto da Roma

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Redação

&nbsp;Vitória de Guimarães – Estoril ( domingo,&nbsp;1 de outubro, 18 horas)&nbsp;

Em jogo relativo à sétima jornada da Liga, o Vitória de Guimarães, que é sétimo classificado com dez pontos, recebe o Estoril, que é 17.º com quatro pontos.&nbsp;Um confronto entre duas equipas que já mudaram de treinador na presente temporada. &nbsp;O conjunto vimaranense, que vem de um empate, fora, com o Casa Pia, atravessa uma má fase. Nos últimos quatro jogos oficiais soma um empate e três derrotas. Em casa tem duas vitórias e uma derrota.&nbsp;O Estoril, que estreia o novo treinador Vasco Seabra na Liga, tem somente uma vitória no Campeonato. Fora de casa perdeu todos os três jogos disputados.&nbsp;Nas últimas 20 deslocações a Guimarães para a Liga, o Estoril venceu apenas uma vez, 3-1, em 2013/2014. Na temporada passada, o triunfo vitoriano foi por 1-0.&nbsp;O triunfo do Vitória está cotado em 1,80. A vitória do Estoril está cotada em 4,25. O empate vale 3,57&nbsp;

Rio Ave – Moreirense ( domingo, 1 de outubro, 20.30 horas)&nbsp;

O Rio Ave, 16.º e antepenúltimo classificado com cinco pontos, recebe o Moreirense que é nono com sete. &nbsp;&nbsp;A equipa vila-condense – perdeu com o Sporting na última jornada - tem apenas uma vitória no Campeonato, triunfo alcançado na jornada inaugural. Em casa, soma uma vitória, um empate e uma derrota.&nbsp;O Moreirense vem de uma vitória em casa com o Farense e como visitante tem uma vitória, um empate e uma derrota.&nbsp;Para Liga as duas equipas já jogaram dez vezes em Vila do Conde. Quatro vitórias para o Rio Ave, três para o Moreirene e registaram-se ainda três empates. &nbsp;A vitória do Rio Ave está cotada em 2,30. A vitória do Moreirense está cotada em 3,05. O empate vale 3,25.&nbsp;

Estádio D. Afonso Henriques deverá voltar a receber uma excelente moldura humana para o encontro desta tarde

Aposte na Betclic: quem ganha o duelo das «chicotadas»?

Rafael Fernandes

Miguel Oliveira mostrou-se desiludido, depois da corrida principal do Grande Prémio do Japão de MotoGP, onde terminou na 18.ª posição.

«Na verdade estava a correr bem, de bandeira em bandeira, a prova estava tranquila, sem grandes problemas», começou por apontar, citado pela RNF Aprilia.&nbsp;

Com a chuva a cair, o piloto português da RNF Aprilia foi ganhando posições e chegou a rodar no quarto posto e na luta pelo pódio. Ainda assim, começou a perder ritmo e posições e entrou na box para deixar a corrida, pouco antes de ser mostrada uma bandeira vermelha. Miguel Oliveira foi autorizado a voltar à corrida, mas do fundo da grelha. A prova nunca foi retomada devido às más condições atmosféricas.

«Mudei de moto e comecei a minha corrida molhada, estava a sentir-me muito competitivo. Com mais chuva comecei a sentir-me ainda melhor e a moto estava a corresponder. Mas depois, três voltas antes de abandonar, comecei a ter dificuldades para ver. Não conseguia ver nada, nunca me tinha acontecido. Nem conseguia ver para onde ia. Havia tanta água que disse para mim mesmo que tinha de ter calmo e não desistir. Mas meia volta depois a minha corrida terminou. Os rapazes levaram a moto para garagem, o que complicou o reinício, mas depois deram-me autorização para sair do pitlane, só que a corrida tinha terminado», concluiu.

imago

Piloto português da RNF Aprilia terminou o GP do Japão, que foi interrompido devido à chuva, no 18.º lugar

Miguel Oliveira: «Nem conseguia ver para onde ia, havia tanta água...»

Maurizio Sarri, treinador da <a class="autolink-enabled" data-resource-id="244" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/244">Lazio</a>, não poupou nas críticas a FIFA, UEFA e Serie A devido ao calendário dos jogos. O técnico confessou que foi forçado a mudar o onze para o duelo com o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="245" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/245">Milan</a>, que acabou por perder, devido ao excesso de partidas.

«Tivemos de mudar por causa deste calendário de loucos. Estou absolutamente furioso com a UEFA, a FIFA e a Serie A e todos eles por terem feito este calendário de doidos», começou por dizer, em conferência de imprensa.

«Eles estão a atirar estes rapazes para o matadouro e ninguém faz nada. O futebol agora é isto, faz-se dinheiro e foge-se. Só que o dinheiro não chega à Serie C, onde não se sobrevive como futebolista profissional. O dinheiro é investido em 40 ou 50 jogadores», prosseguiu.

Sarri criticou ainda a direção da <a class="autolink-enabled" data-resource-id="244" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/244">Lazio</a>, que é liderada Claudio Lotito, quando questionado sobre o comportamento dos italianos na janela de transferências de verão.

«É difícil responder. Comecei com uma lista de nomes e acabei a dizer que sim a outros jogadores. Toda a gente sabe que os jogadores que indiquei não chegaram, por isso tenho de jogar com os que tenho», atirou.

A Lazio joga agora na quarta-feira, frente ao Celtic, na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

Treinador da Lazio referiu que foi forçado a mudar o onze para o duelo com o Milan devido ao «calendário de loucos»

Sarri dispara contra FIFA, UEFA e Serie A: «Estão a atirá-los para o matadouro»

Fernando Urbano

O reencontro entre <a class="autolink-enabled" data-resource-id="247" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/247">Inter</a> e <a class="autolink-enabled" data-resource-id="450" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/450">Benfica</a> para a segunda jornada da fase de grupos da <a class="autolink-enabled" data-resource-id="27" data-resource-type="tournament" data-source="football-api" href="https://abola.pt/futebol/competicao/27">Liga dos Campeões</a> encerra uma série de contas a ajustar, não só por causa da derrota das águias nos quartos de final da prova na época passada, mas também pela finta dos encarnados aos nerazzurri no último mercado de transferências relativamente a Trubin.

O adversário de terça-feira foi o clube que esteve mais perto de contratar o guarda-redes ucraniano, antes da cartada final lançada pelo <a class="autolink-enabled" data-resource-id="450" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/450">Benfica</a>. Desde o momento em que perceberam que <a class="autolink-enabled" data-resource-id="7561" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/7561">Onana</a> estava de saída para o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="102" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/102">Manchester United</a>, imediatamente após o final da temporada passada, os dirigentes apontaram o foco de luz para Trubin, que tinha causado boa impressão nas três vezes que defrontara os milaneses para a Champions (uma vitória do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="247" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/247">Inter</a> e dois empates a zero).

Numa fase inicial, tentaram a forma barata: garantir um acordo válido apenas a partir de janeiro, com prémio de assinatura, e assinar com o jogador a custo zero em junho de 2024, data em que terminava o contrato com o Shakhtar.&nbsp;

Segundo o portal local sport novyny, o acordo esteve muito perto de se materializar em segredo, mas o emblema com sede em Donetsk (mas que joga fora da região devido à invasão russa) descobriu e encostou Trubin à parede: sem renovar, ou saía no mercado de verão ou ficaria uma época inteira no banco até acabar o contrato.&nbsp;

Foram vários os relatos, à data, das aproximações do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="247" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/247">Inter</a>. A 28 de junho, o jornal La Gazzetta dello Sport anunciava que Trubin era encarado como o guarda-redes certo para garantir o futuro da baliza do finalista vencido da edição 2022/2023 da <a class="autolink-enabled" data-resource-id="27" data-resource-type="tournament" data-source="football-api" href="https://abola.pt/futebol/competicao/27">Liga dos Campeões</a>, uma vez que os outros candidatos para o posto eram vistos como opções para o presente e, portanto, experientes. A lista restrita resumia-se a três nomes: <a class="autolink-enabled" data-resource-id="4110" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/4110">Sommer</a>, <a class="autolink-enabled" data-resource-id="1776" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/1776">Navas</a> e <a class="autolink-enabled" data-resource-id="1693" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/1693">Lloris</a>; o suíço acabou por ser o eleito.

Face à intransigência do Shakhtar, o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="247" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/247">Inter</a> mudou de estratégia: assegurar Trubin para o imediato e abrir os cordões à bolsa. Na primeira semana de agosto assistiu-se a um verdadeiro duelo de gabinetes entre Milão e Lisboa. Inter e <a class="autolink-enabled" data-resource-id="450" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/450">Benfica</a> pagavam para ter o keeper, mas ficaria por se saber quem tinha mais argumentos para convencer o clube ucraniano.

Momentos houve, soube A BOLA, em que o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="450" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/450">Benfica</a> temeu perder Trubin. Os italianos ofereciam €12 milhões e as águias não podia passar dos €10 milhões. Essa linha vermelha já tinha sido plasmada nas negociações falhadas com o Athletico Paranaense por Bento Krepski e mesmo perante a pressão que vinha de Leste a pedir novas respostas, a questão financeira pesou sempre, porque o clube já tinha investido €25 milhões em <a class="autolink-enabled" data-resource-id="192600" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/192600">Kokçu</a> (contratação mais cara da história do futebol português) e estava a desembolsar, por aqueles dias, mais €20 milhões pelo passe de <a class="autolink-enabled" data-resource-id="53884" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/53884">Arthur Cabral</a> como substituto de <a class="autolink-enabled" data-resource-id="194315" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/194315">Gonçalo Ramos</a>, transferido para o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="295" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/295">PSG</a>.

Mas houve um fator que fez toda a diferença: o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="247" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/247">Inter</a> nunca admitiu manter parte do passe de Trubin no Shakhtar; os €12 milhões seriam por 100 por cento. Como clube exportador, o campeão da Ucrânia sabe que manter percentagens nos direitos económicos ou em mais-valias é mais rentável no futuro do que fazer apenas um negócio e por isso os seus responsáveis nunca abdicaram deste pressuposto.&nbsp;

Foi aí que o executivo de Rui Costa jogou o último trunfo: só pagaria €10 milhões, mas daria 40 por cento das mais-valias ao Shakhtar numa futura transferência e ainda mais um milhão de euros em objetivos considerados tangíveis. Esta garantia, aliada às boas relações no passado recente na sequência da transferência de David Neres (a chegada do brasileiro pagou a dívida dos ucranianos por Pedrinho) e dos apoios prestados pela Fundação Benfica ao povo ucraniano logo após a invasão russa foram argumentos suficientes para as partes fecharem acordo: Trubin seria desviado de Milão por menos dinheiro, mas com mais garantias de rentabilidade, além da cordialidade em todo o processo.&nbsp;

Quis o destino que a primeira deslocação de Trubin fora de casa na Liga dos Campeões seja a um estádio e a uma cidade onde podia estar hoje a viver.

Trubin, 22 anos, é o novo dono da baliza do Benfica (foto IMAGO)

Lisbon, 09 29 2023 - Lisboa e Benfica hosted Futebol Clube do Porto this evening at the Estadio da Luz in Lisbon in the 7th round match of the 1st Liga Portugal Betclic, season 2023 24. Anatoliy Trubin (Gerardo Santos Global Imagens) CI_SPORT_20230929_47781054 NA Copyright: xGerardoxSantosx xGlobalxImagensx

Ucraniano é um dos protagonistas principais do jogo de terça-feira entre águias e 'nerazzurri' para a Liga dos Campeões

Contas a ajustar: como o Benfica ‘desviou’ Trubin do Inter

O português Francisco Cabral e o brasileiro Rafael Matos foram, este domingo, afastados do torneio de pares de Astana, Cazaquistão, depois de terem perdido nos quartos de final diante dos neerlandeses Robin Haase e Botic van de Zandschulp.

Francisco Cabral, 51.º classificado da hierarquia mundial, e Rafael Matos, 43.º do ranking ATP, saíram derrotados pelos parciais de 1-6 e 4-6, num encontro que teve a duração de uma hora e dois minutos.

Francisco Cabral (IMAGO/Hans Oberlaender)

Tenista português e o brasileiro Rafael Matos derrotados pelos neerlandeses Robin Haase e Botic van de Zandschulp

Francisco Cabral eliminado nos quartos de final de pares em Astana

O <a class="autolink-enabled" data-resource-id="89" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/89">Tottenham</a> venceu, no sábado, o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="92" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/92">Liverpool</a>, por 2-1, na sétima jornada da Premier League, num jogo marcado por enorme polémica.

Depois da partida, Cristián Romero, defesa-central argentino dos spurs, reagiu ao triunfo, através de uma publicação nas redes sociais.

«Esta equipa tem um grande espírito, um grande coração. Sempre assim, todos juntos», escreveu, com o compatriota <a class="autolink-enabled" data-resource-id="175860" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/jogador/175860">Alexis Mac Allister</a>, do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="92" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="http://abola.pt/futebol/92">Liverpool</a>, a responder: «Normal, quando jogas com 12.»

Romero não demorou muito a dar resposta: «Vai chorar para casa.»

<blockquote class="twitter-tweet">Diálogo entre internacionais argentinos após o polémico Spurs - Liverpool 🤣 <a href="https://t.co/7hHA61KfS0">pic.twitter.com/7hHA61KfS0</a>&mdash; Cabine Desportiva (@CabineSport) <a href="https://twitter.com/CabineSport/status/1708225993041731829?ref_src=twsrc%5Etfw">September 30, 2023</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Alexis Mac Allister (IMAGO/David Rawcliffe)

Encontro da sétima jornada da Premier League marcado por grande polémica

Mac Allister contesta arbitragem do Tottenham-Liverpool e Romero responde: «Vai chorar para casa»

A 1 de novembro de 2020 o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="448" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/448">Sporting</a> venceu o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="467" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/467">Tondela</a> por 4-0. No dia seguinte o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="450" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/450">Benfica</a> perdeu por 0-3 no Bessa, diante do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="445" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/445">Boavista</a>, e os leões terminaram a sexta jornada isolados na liderança, que não mais largaram até ao final.&nbsp;

A sétima jornada da atual <a class="autolink-enabled" data-resource-id="13" data-resource-type="tournament" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/competicao/13">Liga</a> ainda não terminou, mas é certo que praticamente três anos depois o Sporting volta a esta condição, beneficiando da derrota do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="451" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/451">FC Porto</a> no clássico de sexta-feira na Luz. O Benfica, a assistir no sofá, teve múltiplas razões para acreditar que lhe caberia assumir esse papel, dado que só ao minuto 90 o Sporting desatou o nó engendrado por um bravo <a class="autolink-enabled" data-resource-id="441" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/441">Farense</a>. O segundo penálti da noite a favor dos leões (não faltou polémica sobre a arbitragem de Luís Godinho) permitiu a Gyokeres igualar os melhores goleadores do campeonato e deu três pontos ao agora comandante.&nbsp;

O Sporting esteve em vantagem por dois golos e em superioridade numérica, mas a excelente atitude dos leões do Algarve e dois golaços de livre direto de Mattheus Oliveira - que em tempos se treinou muitas vezes em Alcochete e poucas jogou em Alvalade - quase ia resultando em escorregadela do líder. Não resultou, e sai-se então da 7.ª ronda com novo cenário: Sporting com mais um ponto que o Benfica, agora segundo, e mais três que o FC Porto.

Equipa de Ruben Amorim volta a estar sozinha no primeiro lugar, após a vitória suada em Faro

Liga: sabe há quanto tempo o Sporting não era líder isolado?

Diogo Luís

Numa época tão determinante, como a que estamos a atravessar, os jogos entre os candidatos ao título ganham uma dimensão especial. Para se ser campeão, a média de pontos perdidos situa-se entre os 15 e os 20. Tendo em conta o nível competitivo do nosso campeonato, os confrontos diretos podem ser determinantes para a definição do campeão.&nbsp;

<h4>Benfica: Estratégia individual&nbsp;</h4>

Estes são os jogos que todos os treinadores querem ganhar, porque são os que ficam na memória. A preparação para um jogo desta dimensão implica conhecer muito bem o adversário e tentar antecipar como vai ser a sua abordagem ao jogo. No confronto de sexta- feira, os dois treinadores surpreenderam-nos. Roger Schmidt colocou, pela primeira vez em campo, Di María, Neres e Rafa juntos. Tentando entrar na cabeça do treinador encarnado, parece-me que quis sobretudo apostar no excelente momento de forma que os três estão a atravessar. Desde o ano passado que todos identificámos qual o principal problema no jogo do Benfica. A equipa, coletivamente, permite inúmeras vezes que os adversários tenham espaço para explorar as costas dos médios encarnados, ou seja, o Benfica não é uma equipa sincronizada no momento de reação à perda de bola. Assim, quando os rivais conseguem ultrapassar a primeira zona de pressão encarnada, têm a possibilidade de desenhar ataques rápidos com os seus avançados de frente para os defesas do Benfica, muitas vezes, em igualdade numérica. Esta fragilidade da equipa de Roger Schmidt continua bem patente e ainda não foi reparada. O que pretendo realçar é que o problema maior do jogo do Benfica não se resolve com a entrada ou saída de um jogador, mas sim com trabalho, com treino, com mais organização e melhores posicionamentos coletivos. Por este motivo, a entrada de Neres não veio criar o tal desequilíbrio que tanto se fala, veio sim dar maior vertigem ao jogo encarnado e demonstrou que Roger Schmidt apostou muito mais no desequilíbrio individual do que na estratégia coletiva.

<h4>Porto: Estratégia coletiva</h4>

Por norma, Sérgio Conceição (S.C.) prepara muito bem os jogos grandes. Identifica os pontos fortes dos adversários e encontra uma estratégia para os anular, tentando posteriormente explorar as mais valias dos seus jogadores. Até chegar à Luz, a época da equipa azul e branca vinha sendo marcada por exibições com pouca qualidade (com exceção do jogo contra o Shakhtar), demonstrando algumas debilidades que S.C. identificou. Em primeiro lugar, a dificuldade em superar adversários que joguem com uma defesa muito recuada e povoada, os denominados blocos baixos. Em segundo lugar, e talvez o principal problema deste Porto 2023/2024, a incapacidade do seu meio campo ser agressivo no momento de recuperar a posse de bola, e o espaço que deixa entre si e a linha defensiva. Tendo em conta que um dos pontos fortes do Benfica é a forma como encontra espaço para potenciar a velocidade e qualidade técnica de Rafa, Di María ou Neres, S.C. definiu um onze que lhe desse mais garantias e solidez. Assim, com a inclusão de Romário Baró e a saída de Iván Jaime, procurou dar maior consistência e ocupação de espaços no momento de transição defensiva. Em simultâneo, colocou Pepê nas costas de Taremi, de forma a poder explorar a debilidade da equipa encarnada (espaço nas costas dos médios). Em termos concretos, o treinador azul e branco abordou o jogo pensando mais na estratégia coletiva do que no desequilíbrio individual.

<h4>Benfica: Expulsão, indicações e futuro</h4>

Aos 19 minutos o jogo, que até então estava equilibrado, muda por completo. Com mais um em campo o domínio do Benfica acentuou-se. O Porto readaptou-se às circunstâncias, entregando a iniciativa de jogo ao adversário, aguardando pacientemente o momento de se esticar no campo. Ao longo da primeira parte, ficaram bem patentes as fragilidades (já identificadas) da equipa encarnada. Mesmo em superioridade numérica permitiu que os jogadores do Porto conseguissem encontrar espaços nas costas dos seus médios, ficando de frente para defesa encarnada com espaço para decidir. Com o desenrolar do jogo, e sobretudo na segunda parte, o Benfica melhorou neste capítulo, por alguns motivos: maior proximidade das linhas (defesa, meio campo e ataque) e maior proximidade do portador da bola; cansaço físico e mental da equipa azul e branca. O Benfica foi um justo vencedor num jogo atípico. Para o futuro, será importante que Roger Schmidt perceba que é fundamental trabalhar para ultrapassar ou esconder a grande debilidade que a sua equipa apresenta. Este aspeto será determinante para que o Benfica consiga ter um bom desempenho frente ao Inter de Milão, com quem vai disputar um jogo que tem um elevado grau de importância para as aspirações encarnadas na Liga dos Campeões.

<h4>Porto: falta de líderes em campo</h4>

No final de jogo, Sérgio Conceição referiu: “ganhámos muito mais do que perdemos”. Percebo perfeitamente a sua afirmação. No jogo da Luz, apesar de uma boa reação à expulsão na primeira parte, na segunda faltou mentalidade à Porto. Essa mentalidade não se cria de um dia para o outro. As saídas de Uribe e Otávio deixaram o Porto refém da liderança de Pepe e Marcano e é nestes jogos que os líderes são necessários. Nos momentos mais complicados, frente a adversários com mais qualidade, a presença de uma voz de comando faz a diferença dentro do campo. A segunda parte da equipa azul e branca demonstra isso mesmo: a ausência da alma portista, aquela alma que faz com que os adversários nunca estejam confortáveis e que desconfiem de si mesmos. É por este motivo que entendo as palavras de S.C., porque são precisos momentos destes para que os jogadores mais novos ganhem dimensão e percebam o contexto onde estão inseridos. O jogo com o Barcelona será mais um teste muito difícil e pode ser mais um degrau de aprendizagem para muitos dos jogadores que estão no plantel portista. Uma coisa é certa, em alta competição, não existe muito tempo para gerar líderes e este pode ser um problema para a equipa de S.C. nos jogos de maior dimensão.&nbsp;

<h4>João Pinheiro – segurança</h4>

Não sendo um especialista em arbitragem, não posso deixar passar esta oportunidade de elogiar o árbitro da partida. Esteve seguro e fez o seu papel de moderador. Teve lances de difícil análise mas interpretou-os (praticamente) todos com eficácia. Foi chamado pelo VAR para reverter uma decisão que tomou e teve personalidade para a manter. Realço esta decisão porque no VAR estava Artur Soares Dias. João Pinheiro pensou pela sua cabeça, não se deixou influenciar pelo ambiente, e soube manter a calma e a estabilidade no jogo. Fica aqui o elogio a um árbitro que fez apenas aquilo que é a sua função, com segurança, autoridade e competência.&nbsp;

<h4>A valorizar: Artur Jorge, Pizzi e Ricardo Horta</h4>

No final do jogo com o Estrela da Amadora assistimos no relvado a um momento delicioso: um apanha-bolas pediu para tirar uma fotografia com Pizzi e Ricardo Horta. Artur Jorge foi o fotógrafo de serviço. Isto também é futebol. Estes comportamentos valorizam a competição. Este jovem adepto vai recordar este momento para sempre.

<h4>A desvalorizar: Fábio Cardoso</h4>

Um corte imperfeito e o derrube de Neres geraram um cartão vermelho que condicionou, e muito, a sua equipa no jogo frente a um adversário direto. Foi imprudente. Em alta competição estas falhas pagam-se caras.

Opinião

«Mercado de valores», o espaço de opinião de Diogo Luís no jornal A Bola.

Os sinais que saíram do clássico

Eduardo Pedrosa Marques

A noite de quarta-feira promete fazer parar o futebol europeu. Quando o relógio apontar para as 20 horas, o Estádio do Dragão irá estar engalanado para um duelo entre dois colossos mundiais. Afinal, no relvado do recinto portista irão dois emblemas cujo histórico de conquistas internacionais não deixa margem para dúvidas.

De um lado, o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="451" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/451">FC Porto</a>. A chama do dragão. O poder de um universo azul e branco que tem dado cartas além-fronteiras. Duas Ligas dos Campeões, duas Ligas Europa, duas Taças Intercontinentais e uma Supertaça Europeia. Além dos variados títulos internos, o museu portista comporta também este espólio europeu e mundial. E são poucos os clubes que podem gabar-se de tais feitos…

Do outro, o <a class="autolink-enabled" data-resource-id="205" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/205">Barcelona</a>. Um não menos histórico do futebol do velho continente. Cinco Ligas dos Campeões, outras tantas Supertaças Europeias, quatro Taças das Taças, três Taças das Cidades com Feiras (ambos troféus já extintos) e três Campeonatos do Mundo de clubes. Também estes registos impressionam, convenhamos.

E para que os dois clubes escalassem ao topo do mundo foi necessário que ambos tivessem jogadores de qualidade suprema. E a história diz que foram (mesmo) muitos. Em tempos diferentes, claro está. Mas centremo-nos em alguns daqueles que, ao longo das suas carreiras, lograram vestir as camisolas de FC Porto e Barcelona e que contribuíram para que dragões e blaugranas aumentassem os seus registos dourados.

Vítor Baía (atual vice-presidente dos dragões), Deco (atual diretor desportivo do Barcelona), Aloísio e Fernando Couto (antigos defesas-centrais) ou Ricardo Quaresma (extremo fantasista) foram, porventura, os mais conceituados, mas a lista comporta ainda Cristian Tello (antigo extremo) e Juan Antonio Pizzi e Juan Carlos Heredia (que eram ambos pontas de lança). Estes no passado, outros no presente. Com uma certeza: vem aí um jogaço…

<h4 style="text-align:justify;">Mourinho e Robson entre os notáveis</h4>

Se dentro do relvado desfilaram craques de azul e branco e de azul-grená, nos bancos de suplentes dos dois clubes também estiveram nomes que unem FC Porto e Barcelona.

Quem pode algum dia esquecer a história escrita por José Mourinho nos dragões ou por Bobby Robson nos blaugrana? Mourinho rumou aos dragões a meio da época 2001/2002 e por lá ficou até 2004 (tendo vencido dois campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça, uma Liga dos Campeões e uma Liga Europa), mas antes disso tinha estado nos catalães como adjunto de… Bobby Robson – em 1996/1997, época em que, juntos, venceram a Taça do Rei, a Supertaça de Espanha e a Taça das Taças.&nbsp;

Antes disso, porém, já o técnico inglês tinha passado pelo FC Porto e também com o português como adjunto. O sucesso foi coroado com dois campeonatos, duas Supertaças e uma Taça de Portugal.

O malogrado Bobby Robson estará, por certo, orgulhoso da carreira brilhante conseguida pelo seu discípulo…

Vários jogadores representaram ambos os clubes ao longo das carreiras. Aloísio, Fernando Couto, Vítor Baía, Deco, Ricardo Quaresma... Museus dos dois clubes repletos de troféus.

Liga dos campeões: o passado histórico que une FC Porto e Barcelona

José Pedro da Silva Figueiredo Freitas. Ou, no mundo do futebol, apenas Zé Pedro. Um nome que ficará eternamente marcado na história do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="451" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/451">FC Porto</a>, por ter sido o mais recente a passar a figurar na imensa lista de jogadores que vestiram a camisola azul e branca no mais alto patamar do futebol português.

Falamos de jogos de Liga, sublinhe-se. Porque Zé Pedro já tinha jogado pela equipa principal dos dragões, mas numa partida da <a class="autolink-enabled" data-resource-id="113" data-resource-type="tournament" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/competicao/113">Taça da Liga</a> – na época 2021/2022, o defesa-central fez dupla com João Marcelo (brasileiro que está atualmente cedido ao Cruzeiro) na vitória dos portistas diante do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="442" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/442">Rio Ave</a> (1-0).

A noite da passada sexta-feira ficará, portanto, eternamente da memória do jogador, de 26 anos. O debute já seria, por si só, para recordar para todo o sempre, mas o momento tornou-se ainda mais especial por ser num dos maiores clássicos do panorama nacional, numa partida diante do <a class="autolink-enabled" data-resource-id="450" data-resource-type="team" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/450">Benfica</a>. O resultado, claro, não foi o mais desejado, uma vez que os dragões saíram derrotados (0-1) do recinto das águias, mas, individualizando, Zé Pedro pode estar de consciência tranquila. Porque rubricou uma exibição positiva.

Lançado às ‘feras’ por Sérgio Conceição ao minuto 25 – substituiu <a class="autolink-enabled" data-resource-id="189234" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/jogador/189234">Romário Baró</a> na sequência da expulsão de <a class="autolink-enabled" data-resource-id="8770" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/jogador/8770">Fábio Cardoso</a> -, o defesa-central não acusou qualquer tipo de pressão e bateu-se com os adversários como se já andasse nestas andanças de elite há muitos anos. Obteve nota 6 de A BOLA, o que diz bem da positividade da sua prestação.

Como se diz na gíria futebolística, o azar de uns é a sorte de outros. Porque, afinal, a chegada de Zé Pedro ao topo portista ficou a dever-se ao infortúnio de… três colegas de equipa. Com <a class="autolink-enabled" data-resource-id="3691" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/jogador/3691">Pepe</a> e Iván Marcano lesionados (o internacional português estava em dúvida, mas acabou por não recuperar a tempo, ao passo que o espanhol foi operado ao ligamento cruzado anterior do joelho direito e não joga mais esta temporada), restava a Sérgio Conceição a dupla formada por <a class="autolink-enabled" data-resource-id="8770" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/jogador/8770">Fábio Cardoso</a> e <a class="autolink-enabled" data-resource-id="198065" data-resource-type="player" data-source="football-api" href="https://www.abola.pt/futebol/jogador/198065">David Carmo</a>. Ambos jogaram lado a lado no eixo da defensiva azul e branca no clássico, mas a já mencionada expulsão de Fábio Cardoso potenciou a entrada em jogo de Zé Pedro.

O central cumpre a terceira temporada no FC Porto, onde chegou proveniente do Estrela da Amadora, mas tem sido sempre utilizado na equipa B dos azuis e brancos. Mas viu, agora, ser aberta uma (enorme) janela de oportunidade que lhe dá legítimas esperanças em sonhar com uma afirmação em definitivo na formação principal dos dragões. E com Sérgio Conceição, já se sabe: se os jogadores trabalharem no duro, estão (muito) mais perto de jogar…

Defesa-central fez a estreia absoluta na Liga no clássico com o Benfica. Entrou depois de os dragões terem ficado com menos um jogador em campo, mas não tremeu e respondeu à altura. Sérgio Conceição pode contar com ele.

FC Porto: Zé Pedro já chegou ao topo e por lá promete continuar

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