Luís Freire: «Hoje podemos olhar para o copo vazio, mas amanhã podemos olhar para o copo cheio»
Luís Freire está crente que a sua equipa retomar caminho dos êxitos

Luís Freire: «Hoje podemos olhar para o copo vazio, mas amanhã podemos olhar para o copo cheio»

NACIONAL30.09.202314:42

Treinador dos vila-condenses desvaloriza posição na tabela classificativa e diz que o importante é os jogadores estarem focados no processo; satisfeito com as três renovações anunciadas pelo clube; Joca e Emmanuel Boateng são baixas garantidas

O Rio Ave prepara a receção ao Moreirense sem estar minimamente preocupado com a tabela classificativa. Os vila-condenses ocupam atualmente o 14.º lugar, com 5 pontos, mas Luís Freire prefere olhar para cima…

«Podemos estar agora a olhar para o copo vazio, mas amanhã podemos estar a olhar para o copo cheio. Porque isto está tudo muito no início. A vitória mete-nos a meio da tabela. Também vamos ter séries que podem ser muito boas e quando as tivermos teremos de ter os pés bem assentes no chão e focados no que temos de fazer».

E para consubstanciar ainda mais esta ideia, o técnico dos rioavistas recuou à época passada e ainda a… 2021/2022: «Para se ganhar é importante fazer o que temos de fazer para ganhar. Na época passada, por esta altura, tínhamos 5 pontos. Se ganharmos ficaremos a meio da tabela, se perdermos ficarão a faltar 27 jogos. É o que é. Na época em que subimos de divisão e que fomos campeões da Liga 2 estivemos a 8 pontos do primeiro lugar. No final da época é que a tabela importa mesmo. Agora é só uma fotografia. O que temos é de trabalhar para sermos cada vez mais consistentes no nosso processo. Para ser uma grande equipa que fez uma grande segunda parte com o Sporting e com o Famalicão e que o faça mais vezes e durante mais tempo.»

O jogo deste domingo, antevê, vai oferecer dificuldades à sua equipa, porque, assume, o Moreirense é um adversário com qualidade. «Vamos jogar contra uma equipa equilibrada, que se reforçou com jogadores experientes, e que é forte principalmente no contra-ataque. Mas também é uma equipa organizada, que defende bem e que depois sabe explorar as transições. O Moreirense tem um treinador que eu conheço bem e que está a fazer um bom trabalho. Sabemos o tipo de jogo que o Moreirense costuma fazer e estamos concentrados e preparados para aplicar as nossas soluções. Temos de ser muito fortes na reação à perda e sabermos como condicionamos o jogo ofensivo do Moreirense. Acredito num jogo equilibrado, entre duas boas equipas, e espero que possamos fazer o nosso jogo, sendo uma equipa ofensiva, reativa, pressionante e forte na bola parada, como costumamos ser», anteviu.

Questionado sobre as lesões que têm assolado o plantel, Luís Freire – que confirmou as ausências de Joca e de Emmanuel Boateng para o duelo com os cónegos - lamentou que algumas surjam através de circunstâncias que não podem ser controladas.

«Infelizmente não controlamos as lesões que podem aparecer, muitas delas traumáticas e outras são raras. Tal como a do Joca, durante o aquecimento para o jogo [com o Sporting]. Claro que se não temos todos os jogadores disponíveis não podemos estar tão fortes, mas também tem aparecido juventude que tem dado boa resposta. Temos é de estar emocionalmente focados no que temos de fazer e, se assim for, daremos uma boa resposta. E eu estou convicto disso. Aqui todos contam e todos têm a confiança do treinador».

A concluir, Luís Freire falou também sobre as renovações de contrato de Magrão, Renato Pantalon e Julien Lomboto – estão agora ligados ao Rio Ave até 2027 -, anunciadas de véspera pelo clube: «Temos apostado na continuidade de jogadores no grupo, uma vez que eles têm demonstrado que podemos contar sempre com eles. Um jogador regular e consistente interessa a qualquer equipa. São três jogadores com menos de 25 anos. Tenho muitas esperanças no Lomboto, assumo. É um jogador que pode jogar a defesa-central ou a 6, tal como acontece, por exemplo, com o Danilo [Pereira] na Seleção. O Magrão trabalhou sempre muito bem e está a demonstrar toda a sua qualidade. O Pantalon tem feito o seu trajeto e também faz todo o sentido.»