«Foi realmente estranho pagarem tanto por mim»
Fredrik Aursnes, IMAGO / Box to Box Pictures

ENTREVISTA A BOLA «Foi realmente estranho pagarem tanto por mim»

NACIONAL02.01.202408:00

Fredrik Aursnes custou €13 milhões ao Benfica e ainda tem o 'feeling' de que foi muito dinheiro

O soldado desconhecido, o clássico herói anónimo que dá tudo em nome da equipa. Fredrik Aursnes, médio internacional norueguês de 28 anos, convenceu os benfiquistas literalmente pelo cansaço. Pelo seu cansaço, pelo seu suor, pelos seus quilómetros percorridos em campo, ele que é reconhecido como um dos jogadores que mais correm na equipa do Benfica

Aursnes destacou-se com a camisola do Feyenoord, IMAGO / Box to Box Pictures

E também dos jogadores que apresentam mais qualidade no seu jogo. Fredrik Aursnes chegou a Portugal como um perfeito desconhecido, mas bem recomendado por Roger Schmidt, treinador do Benfica, que o conhecia da Eredivisie, campeonato dos Países Baixos, dos tempos dos clássicos entre PSV e Feyenoord. 

E o atual número 8 dos encarnados até foi apanhado de surpresa pelo valor que o Benfica pela sua transferência no verão de 2022. Em março passado, numa entrevista à TV2, Fredrik Aursnes afirmou, efetivamente, que €13 milhões era muito dinheiro pela sua contratação. 

Em entrevista exclusiva a A BOLA admite agora que ainda lhe parece que o Benfica pagou dinheiro a mais pela transferência, mesmo sendo já um dos preferidos dos adeptos benfiquistas: «Ainda tenho esse feeling. Foi muito dinheiro [risos]. Mas, claro, nos dias que vivemos no futebol o dinheiro é muito, as coisas são o que são. Claro que é estranho haver uma quantia destas em relação a nós. Mas é o que é. Noutra altura achei realmente estranho pagarem tanto por mim.»

O médio internacional norueguês aceita que os adeptos de futebol em Portugal não o conhecessem, mas já se sente plenamente reconhecido, sobretudo pelo facto de ter conquistado protagonismo no onze inicial dos campeões nacionais: «Sim, tenho jogado cada vez mais, ao passo que nos primeiros meses jogava sobretudo na condição de suplente utilizado. Depois comecei a conhecer melhor a equipa e a jogar com mais regularidade na equipa inicial e isso faz também com que as pessoas em Portugal me conheçam agora melhor. Entendo perfeitamente que não tenham ouvido falar de mim anteriormente, eu joguei muito tempo na Noruega, no Molde, e apenas uma temporada nos Países Baixos, ao serviço do Feyenoord. Então aceito facilmente que os portugueses não me conhecessem quando cheguei.» 

Aursnes não é um jogador tradicional, faz mais posições do que a maioria, corre mais do que a maioria e não solta facilmente um nome quando lhe pedimos uma referência. Tem alguma? «Não especialmente. Claro que tento ver futebol e aprender com os melhores, mas só isso», finaliza.