Duarte Gomes analisa arbitragem do jogo de Rio Maior
Manuel Oliveira dirigiu o Casa Pia-FC Porto em Rio Maior (Foto: CARLOS BARROSO/LUSA)

Casa Pia-FC Porto, 1-2 Duarte Gomes analisa arbitragem do jogo de Rio Maior

NACIONAL21.04.202422:24

Especialista de A BOLA fala em «gestão disciplinar inconsistente»

Manuel Oliveira dirigiu o Casa Pia-Porto. Luís Ferreira foi o VAR.

Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:

21' Entrada de João Mário, de sola, sobre o calcanhar de Yuki Soma devia ter sido sancionada com o primeiro cartão amarelo da partida. O árbitro errou ao não ler o lance dessa forma.

31' Galeno marcou o primeiro golo da partida, após assistência de Pepê, que partiu de posição legal. Esteve bem o árbitro assistente ao validar a posição do jogador brasileiro. 

34' Manuel Oliveira interrompeu jogada muito prometedora por alegada infração de Nico González sobre Ângelo Neto (que não existiu). Ao fazê-lo antes do desfecho, impediu a equipa azul e branca de ficar em condições muito favoráveis para marcar. Erro importante do árbitro portuense.

39' Otávio tinha obrigatoriamente que ver o cartão amarelo quando derrubou (via agarrão ostensivo) Felippe Cardoso, impedindo-o de iniciar saída prometedora. O árbitro assinalou a falta mas não agiu disciplinarmente como se impunha.

44' Novo erro disciplinar de Manuel Oliveira: Otávio, que segundos antes (na mesma jogada) derrubara Fellippe Cardoso, fê-lo depois mais duas vezes, sendo que na segunda foi negligente. O portuense tinha de ter advertido o central, ou pela infração em si ou pela sucessão de infrações.

53' Árbitro assistente assinalou prontamente fora de fora de jogo a Taremi, mas o árbitro permitiu bem que a jogada prosseguisse até ao seu desfecho. Romário Baró ainda colocou a bola na baliza de Ricardo Batista, mas o adiatamento do iraniano foi bem sancionado.

66' Zolotic foi advertido com justiça após entrada negligente sobre Galeno (o árbitro aplicou corretamente a vantagem). Mas o jogo só foi interrompido quando Francisco Conceição agarrou ostensivamente Yuki Soma, impedindo a sua saída prometedora. Ao contrário do médio bósnio, o avançado do FC Porto não foi advertido como devia.

69' Wendell, dentro da sua área, seguiu de perto Ângelo Neto, acabando por pisar-lhe o pé. O contacto aconteceu antes da bola entrar em jogo (na sequência de pontapé de canto). Nestes casos, nunca pode haver sanção técnica. Esteve bem a equipa de arbitragem ao nada assinalar.

71' Manuel Oliveira deu vantagem após falta sobre Pepê (fez o sinal com o braço), mas como Pepe optou por colocar a bola fora, o árbitro portuense anulou a sua decisão e assinalou a falta inicial. Não foi bem gerido este momento.

73' Marcação mútua, com contacto físico, entre Otávio e Duplexe Tchamba (na área do FC Porto) com o avançado casapiano a pedir infração do adversário, perante movimento aceitável de ambos. Não houve braço ilegal do defesa ,nem motivo para pontapé de penálti.

78' Larrazabal foi bem advertido após agarrar, de forma antidesportiva, a camisola de Galeno

90+5' É preciso tentar perceber como ocorrem alguns contactos e quem os promove. Neste caso, a situação descreve-se assim: Cláudio Ramos saiu da sua baliza para tentar intercetar, com as mãos, cruzamento para a sua área; André Lacximicant deslocou-se para o interior desta, no sentido de tentar o cabeceamento. Os dois jogadores procuram o mesmo, ou seja, a bola, deslocando-se um em direção ao outro. O contacto braço esquerdo/nuca (ocorreu antes da bola ser socada) não foi determinado por imprudência do guarda-redes do FC Porto, mas porque o movimento em sentido contrário dos dois jogadores assim o determinou. Lance bem analisado na área do FC Porto.

Nota: 5