Tudo o que disse Rúben Amorim após a Atalanta

Treinador admitiu que a Atalanta foi melhor equipa mas não dá a eliminatória como perdida

- Este empate mantém tudo em aberto. A entrada foi positiva, o Sporting colocou-se em vantagem, mas perdeu fulgor depois. O que faltou?

- A equipa entrou bem, conseguimos marcar, mas sentimos dificuldades para acompanhar o ritmo da Atalanta. Foram mais fortes nos duelos e faltou-nos alguma dinâmica. Não posso apontar nada porque não podiam. A meu ver a existir um vencedor teria de ser a Atalanta. Estiveram mais frescos, mais fortes, com três bolas nos ferros, nós apenas uma… mas nunca tivemos nível alto. Houve dias que a equipa não deu o máximo, mas não foi o caso. Eles deram. Mas para fazermos grandes jogos só precisamos de frescura. Sabemos que será difícil em Itália, mas não estou preocupado, pois se tivermos mais frescura vamos conseguir ultrapassar esta eliminatória. Mas agora há que pensar no jogo com o Arouca que é jogo mais importante.

- Houve ali alguma ansiedade na defesa com muitos lances a causar calafrios nas bancadas. O que se passou?

- Sobretudo porque existiram algumas más saídas. E o pé esquerdo teve alguma interferência. Israel? O que disse era que se tivesse de esperar meia hora para iniciar a construção teria de o fazer. Mesmo com o bruá… das bancadas. Mas a Atalanta em grande parte dos duelos foi mais forte. Mas o Koba Koindredi muito bem, mesmo sem ritmo, o Morita não tão fresco…Estaria mais preocupado se não tivesse explicação para o que aconteceu. Está ligado a esta sequencia. Mas tudo está em aberto e estou confiante se a equipa se apresentar mais fresca. Creio que não será necessário fazer acertos táticos em Itália.

- Mexeu cedo na equipa. Foi sinal que não apostou na melhor estratégia inicial?

- Não… nada. Koba estava cansado, Edwards não era jogador para sair mas estava no limite e vi que Paulinho e Gyokeres seriam importantes para os duelos. Foi apenas para refrescar. Não foi tático foi a frescura. Interessa nesta fase gerir os jogadores fisicamente.

- Quando vai conseguir descansar e quanto tempo a equipa irá aguentar em estar viva em três competições?

- É uma pergunta difícil porque não posso dizer… um clube como o Sporting tem de estar em todas as competições. Sei as dificuldades que a equipa tem. Mas não é apenas a nossa. Mas jogando com um adversário como a Atalanta, mais forte nos duelos, precisamos de mais dinâmica.

- Esta prova é secundária? Se ficar para a próxima época eventualmente vai repensar no plantel mais curto?

- Atenção… a Atalanta tem os mesmos jogos que nós. Mas a realidade é que eles aguentaram mais. Agora, com jogos de dois em dois dias, é impossível manter a dinâmica. Mas não estou preocupado. Temos três dias para preparar o Arouca e mais três para o jogo de Itália. E acredito que esta equipa mais fresca consegue ganhar a Atalanta. É uma sequência grande e quase impossível manter o nível.

- Atalanta foi a única equipa que venceu em Alvalade. O que há de especial nesta equipa? Gasperini um exemplo?

- É preciso ver… tivemos uma primeira parte má com eles na fase de grupos e uma segunda onde fomos superiores. Em Itália, depois, fomos melhores. Conseguimos ter bons momentos e estar a dominar. É uma equipa bem trabalhada, fisicamente muito forte, consolidada, todos sabem bem o que fazer. Tivemos dificuldades na primeira parte do primeiro jogo e esta noite a Atalanta foi melhor.

- Ainda se recorda quando foi a última folga? Como mantém focada a equipa a nível mental? A Atalanta joga num sistema de marcação homem a homem…

- Não conseguimos acompanhar o ritmo. Penso que esse sistema de marcação de homem a homem está a voltar porque grande parte das equipa consegue construir bem. É algo que vai voltar muito em pressão alta. Mas quando falo dos duelos, a Atalanta tecnicamente também é muito boa. Folgas? Amanhã haverá folga e voltaremos depois para preparar o Arouca.

- Gostou do Koba Koindredi, ficou satisfeito com a resposta?

- É para ser mais uma alternativa. Não tem muito tempo para treinar, mas tem escola e é muito tranquilo a ficar com bola, na forma como algumas vezes rodou sobre o Ederson, está ainda um bocadinho tímido mas fiquei feliz com ele e vai ter o seu espaço.