Primeira parte de gala ainda fez a águia sonhar: a crónica do Benfica-Lyon

Primeira parte de gala ainda fez a águia sonhar: a crónica do Benfica-Lyon

Encarnadas saíram para intervalo em vantagem com golo de Andreia Faria, mas Lyon 'puxou dos galões' e garante vantagem para a segunda mão; tarefa será difícil para as águias...mas não impossível

O primeiro aviso já tinha sido dado no final de janeiro, quando o Benfica fez tremer o Barcelona, equipa que ocupa a primeira posição do ranking da UEFA, concedendo apenas a igualdade a segundos do final (4-4). Menos de dois meses depois, a equipa feminina passou do Seixal para o Estádio da Luz – e com uma bastante respeitável casa de quase 20 mil espectadores –, voltando a mostrar ter capacidade para desafiar as melhores equipas na Liga dos Campeões feminina, como o é o Lyon. No entanto, ainda há patamares para escalar.

O embate com as gaulesas, segundas classificadas do ranking UEFA e oito vezes vencedoras da competição, comprovou isso mesmo, saindo para intervalo em vantagem e a sonhar com uma vitória com impacto no panorama internacional com uma primeira parte muito bem conseguida na qual entrou com uma excelente oportunidade para marcar, logo aos 7 minutos, por Andrea Falcón, que atirou para grande defesa da guardiã adversária, Christine Endler, para o poste direito.

Com uma prestação personalizada, o Benfica disputava o resultado com uma das principais candidatas ao cetro europeu, que não conseguiu ultrapassar a guardiã benfiquista, Lena Pauels, e a bem organizada defesa das águias, que perto do intervalo forçaram um erro e capitalizaram-no para dar azo a uma explosão de alegria no Estádio da Luz: as centrais francesas, Vanessa Gilles, desentenderam-se e a bola foi intercetada por Andreia Faria, que correu todo o meio-campo adversário com a bola dominada e atirou para golo.

Uma surpresa em tempo parcial que premiava a ousadia das encarnadas, mas a segunda parte foi bem diferente: favorito à partida pelo seu historial, o Lyon puxou dos galões e revelou-se mais afirmativo na segunda parte, expondo debilidades na defesa benfiquista e chegando à igualdade por Delphine Cascarino, aos 63 minutos, quando já o justificavam.

Com uma prestação inesperada, Lena Pauels ainda adiou, com um punhado de boas intervenções, uma reviravolta que acabou por revelar-se inevitável e a consumar-se aos 79 minutos com um cabeceamento colocado de Sara Däbritz.

Apesar das dificuldades criadas pelas encarnadas, especialmente na primeira parte, o Lyon garantiu o triunfo e a vantagem tangencial para a segunda mão, em sua casa. No entanto, o Benfica mantém-se vivo e mostrou, pela prestação corajosa, que irá a França lutar por um sonho difícil, mas não impossível para o conjunto português.