Lúcia e Jacinto em bom momento e com «respeito máximo» por Malta
As jogadoras Lúcia Alves e Andreia Jacinto, lado a lado na antevisão a um jogo da seleção portuguesa de futebol feminino. Foto: Federação Portuguesa de Futebol.

Lúcia e Jacinto em bom momento e com «respeito máximo» por Malta

Internacionais portuguesas estiveram entre as melhores em campo contra a Bósnia e Herzegovina e atravessam fases muito positivas; alertam para as dificuldades que o próximo opositor pode criar, independentemente do seu menor favoritismo

Lúcia Alves e Andreia Jacinto foram duas das jogadoras em plano de destaque na entrada bem-sucedida de Portugal no Grupo 3 da Liga B da Liga das Nações, simultaneamente a fase de qualificação para o Euro 2025. A equipa das quinas derrotou a Bósnia e Herzegovina com o contributo da ala do Benfica e a médio da Real Sociedad para um triunfo expressivo (3-0) que reflete o momento de confiança da equipa no seu geral e das duas atletas em particular.

Formada como avançada, Lúcia Alves transformou-se numa ala - tanto pela direita, como pela esquerda - de craveira internacional, tanto ao serviço de Portugal como do Benfica, onde soma 10 golos e 17 assistências em 23/24. «Não ligo muito se é uma posição para a qual nasci... é uma posição em que me sinto confortável, gosto de jogar ali. O importante para mim é ajudar a Seleção e a continuar assim vamos ser muito felizes», anteviu a jogadora de 26 anos.

Por seu turno, Andreia Jacinto vem-se impondo no exigente futebol espanhol, tendo há poucas semanas conquistado a Taça da Rainha - equivalente à Taça do Rei, no panorama masculino - ao serviço da Real Sociedad. «É muito bom estar no nível competitivo em que estou inserida, especialmente porque sinto que me está a ajudar a crescer como jogadora e fico feliz por poder trazer isso para a Seleção Nacional e dar a minha melhor versão», assumiu a médio de 21 anos.

Andreia Jacinto - JJ, como é conhecida - pretendem dar continuidade ao bom momento e ajudar Portugal a confirmar o favoritismo de que dispõe para derrotar Malta, esta terça-feira. «Sabemos que vai ser um jogo difícil, porque Malta vem de um empate contra a Irlanda do Norte, então vêm motivadas. Estamos conscientes da dificuldade do jogo, estamos focadas, a trabalhar ao máximo e temos o claro objetivo de ganhar», garantiu a centrocampista.

Jacinto compara ainda a situação de menor favoritismo de Malta com a realidade que Portugal vivia até há bem pouco tempo, como nota de sobreaviso. «Sempre conseguimos fazer coisas boas contra seleções que, supostamente, eram superiores. Lá está: por termos estado nesse patamar sabemos que temos de respeitar o adversário ao máximo. Respeito máximo, sempre», afirmou a jovem médio, numa opinião partilhada pela companheira.

Lúcia lembrou o facto de a partida em solo maltês se realizar num tapete sintético - «Sabemos que num sintético não é fácil e das dificuldades que podemos encontrar em relação à equipa de Malta, mas estamos cientes dos nossos objetivos e torcer pelos três pontos lá» - e também se mostrou orgulhosa da possibilidade de, caso seja utilizada na partida de terça-feira, poder celebrar a 20.ª internacionalização AA por Portugal, num marco que considera relevante…mas apenas o início.

«Quero representar o meu país, cada vez mais. Espero que estas sejam as primeiras vinte», desejou a ala que, tal como Jacinto, não tem a continuidade no onze assegurada em função da constante rotatividade que Francisco Neto impõe na equipa nacional, pelo que jogadoras como Dolores Silva, Andreia Norton, Andreia Faria ou Joana Martins poderão saltar para a equipa inicial em Malta. Se tal acontecer, a médio garante que a qualidade está totalmente salvaguardada.

«Sinto-me completamente descansada porque considero que o nosso meio-campo tem muita qualidade, qualquer jogadora está mais do que apta para entrar e fazer um bom jogo. Então, fico tranquila, quer eu esteja lá dentro ou qualquer uma das minhas colegas, pois sei que vamos representar Portugal ao mais alto nível», concluiu, totalmente serena sobre a valia que a equipa irá demonstrar, independentemente das jogadoras que vierem a ser utilizadas.