César Peixoto sobre Nuno Santos: «Até estranhava não ter mais minutos»
Nuno Santos, jogador do V. Guimarães (José Coelho/LUSA)

César Peixoto sobre Nuno Santos: «Até estranhava não ter mais minutos»

NACIONAL16.01.202417:28

César Peixoto orientou Nuno Santos no Paços de Ferreira e reconhece o talento do médio que começa a impor-se no V. Guimarães; «Tem cultura tática para fazer várias posições», elogiou o técnico

Nuno Santos tem sido titular, há três jogos consecutivos, pelas primeiras vezes esta temporada e na partida com o Arouca - na 17.ª jornada da Liga - foi o autor das duas assistência, de forma brilhante, para os golos que garantiram os três pontos para o Vitória de Guimarães. César Peixoto orientou o médio no Paços de Ferreira, em 2021/22, e só tem elogios para o jogador que demorou um pouco a impor-se na equipa minhota.

«Reconheço nele uma capacidade futebolística e humana acima da média, um jogador com uma estrutura humana para aguentar a pressão de um clube como o Vitória. Até estranhava não ter mais minutos, mas isso são questões para as estruturas técnicas da equipa. Fez um grande jogo, com o Arouca, e nota-se que vem motivado com os jogos a titular. Parece estar motivado em campo. A qualidade está lá e era, e é, expectável que se afirme no Vitória de Guimarães e que até possa chegar a outros patamares», assinalou o treinador, de 43 anos.

De facto, só em 2024 - SC Braga, Penafiel e Arouca - é que Nuno Santos mereceu a entrada no onze, sendo que nestes três jogos já fez praticamente mais minutos que em toda a temporada. Dos 442 minutos, em todas as competições, 193 foram obtidos nos encontros em que jogou de início.

Álvaro Pacheco tem colocado o médio numa posição mais sobre a esquerda do ataque e César Peixoto assinala as boas prestações, mas prefere vê-lo noutra zona do terreno.

«Quando cheguei ao Paços, ele jogava como n.º 10 e baixei-o para 8, para conduzir a bola de trás para frente, pois é muito forte na construção de jogo. A estrutura do Vitória é diferente, joga ali num 3x4x2x1, com ele mais sobre a esquerda do ataque, mas nunca é muito encostado à linha, vindo para o meio frequentemente. Como treinador, na minha opinião, renderia mais como um 8, é muito inteligente taticamente, mas pode jogar na frente ou no meio. Tem muita capacidade física, não parece, mas é muito forte e tem resistência, é muito bom nos duelos e a conquistar a posse de bola», explicou o técnico que ainda acrescentou:

«Tem cultura tática para fazer várias posições e na estrutura utilizada neste momento pelo Vitória de Guimarães via-o ali mais como um dos médios do duplo pivô como o mais ofensivo. Até porque, também tem uma boa capacidade de aproximação à área adversária e um remate forte e preciso. Mas, por onde tem jogado também consegue dar o seu melhor contributo e ajudar a equipa, tal como tem feito.»