Artur Jorge: «Uma final até a jogava a seguir ao Sporting se fosse preciso»
Artur Jorge focado na final da Allianz Cup (IMAGO)

ALLIANZ CUP Artur Jorge: «Uma final até a jogava a seguir ao Sporting se fosse preciso»

NACIONAL26.01.202413:57

Técnico do SC Braga fez a antevisão à final da Allianz Cup, este sábado (19.45 horas), frente ao Estoril ,no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.

É a sua segunda final, como se sente e que jogo antevê frente ao Estoril?

É um facto que é a minha segunda final em dois anos consecutivos. Sinto-me, naturalmente, feliz por participar e a qual quero ganhar. Vamos dar o máximo para podermos vencer o jogo. Tendo em conta que é uma final, há sempre dois pontos comuns entre as duas equipas, o mérito da caminhada para a final e a ambição de ganhar. Espero um jogo difícil e que possamos vencer.

Pensa que vamos ter um SC Braga a querer mandar e um Estoril mais na expectativa?

Teremos que estrategicamente conseguir ser uma equipa equilibrada em todos os momentos. Vamos ter momentos em que estaremos por cima e perceber que também teremos de ser contidos e equilibrados. Procurar o equilíbrio durante os 90 minutos. A mentalidade de sermos como temos sido e de controlar os momentos do jogo. Se tivermos que assumir o jogo, pois estamos confortáveis nesse momento, assim o faremos. Mas, sempre a procurar a baliza contrária para fazer golo.

Acha que o Estoril vai estar na expectativa, como com o Benfica, pois o histórico coloca o SC Braga como favorito?

As finais não têm favoritos. Em termos mediáticos há a tendência de se encontrar uma equipa mais forte que outra. A experiência, enquanto treinador, diz-me que há duas equipas que vão querer muito ganhar. Duas equipas a batalhar e a quererem sair satisfeitas do jogo. O que espero do Estoril é o que conheço do Campeonato e da forma como se tem comportado. Uma equipa boa e com boas individualidades. Fizeram aqui em Braga um bom jogo e vencemos porque fizemos uma ótima partida. Temos de ser a nossa melhor versão para podermos ganhar. Jogam com cinco homens atrás no momento defensivo. Alternam no meio com quatro homens a defender. Temos de controlar e fazer o que fizemos aqui em Braga, para sermos superiores. O objetivo é esse e o único resultado que nos faz felizes é a vitória. Sabendo das dificuldades, mas com uma ambição tremenda de vencer este troféu.

Pode adiantar alguns nomes do onze. Matheus e Abel Ruiz vão ser titulares? E que desejo ainda tem para este mercado?

Matheus vai jogar, o Abel vamos deixar essa surpresa para o Vasco por esta altura. Al Musrati vai estar connosco e o Bruma, como sabem, vai ser operado. Sobre o mercado, tivemos duas saídas e nenhuma entrada, são estes jogadores que temos disponíveis e é com estes que vamos à luta. Tivemos três miúdos da equipa B no banco na meia final. Vamos com a certeza que estes são valores seguros para alcançarmos a vitória.

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Tendo jogado um dia mais cedo a meia-final, pode estar melhor fisicamente?

Temos competido de quatro em quatro dias e às vezes faz a diferença. Digo às vezes, porque para este jogo não faz nenhuma. Uma final, até a jogava a seguir ao Sporting se fosse preciso. A oportunidade de estar na decisão e de conquistar um troféu faz esquecer toda a fadiga. Não acho que termos jogado um dia antes faça a diferença. Temos de ser iguais a nós próprios para vencer o encontro.

Abel não marcava há mais de três meses e acabou por ser decisivo na meia-final Que importância esse momento traz para o jogador e para a equipa?

O ponto de partida é mesmo esse a confiança que a equipa tem no Abel e que o treinador tem no Abel para que ele se possa sentir confortável no seu desempenho e que possa estar no seu melhor. Os golos ajudam os avançados, obviamente. Quero a equipa toda motivada, o golo pode ser do Abel, do Álvaro, do Roger, do Pizzi ou do Rodrigo [Zalazar]. Uma final é um momento especial e temos de partir com a vontade de vencer.

Na final perdida com o Moreirense, o SC Braga partiu como favorito. Acha que este pode ser um jogo traiçoeiro nesse sentido? Como estão os centrais e se pensa alterar nessa zona do terreno?

Somos conhecedores da história do SC Braga e essa final não está tão distante quanto isso. Por isso digo que esta é a final mais difícil que poderíamos ter, temos de controlar e dominar expectativas. Há dois aspetos fundamentais: Ambição que não pode ser diferente, de todo, consoante o adversário, não seria se fosse o Benfica por exemplo. E outro, a dificuldade que é tão maior quanto a ambição. Vamos ter pela frente um adversário difícil e não podemos tirar o foco desse aspeto. Uma final que vai ser equilibrada, na qual a melhor equipa pode acabar por vencer e queremos ser nós a ganhar. Temos três centrais disponíveis cá connosco e vão jogar dois de certeza.

Que comentário tem ao boicote anunciado pelas claques do SC Braga para esta competição e, claro, para esta final?

Gostava muito de contar com todos em Leiria. Estivemos na meia-final com pouca gente do nosso lado. Espero que amanhã possamos ter mais para estarmos juntos e que possam fazer a diferença também nas bancadas. Em relação ao boicote, vamos para esta final para a tentar ganhar por todos os nossos adeptos para que possam todos festejar como nós.