Volta a Itália: Pogacar vence em Oropa e veste-se de rosa

Volta a Itália: Pogacar vence em Oropa e veste-se de rosa

CICLISMO05.05.202416:24

Tadej Pogacar não voltou a falhar o ataque à liderança do Giro e impôs-se, 'a solo', no célebre Santuário de Oropa, final da 2.ª etapa

Tadej Pogacar confirmou as expectativas e já é líder da Volta a Itália, depois de vencer, isolado, a segunda etapa da prova, este domingo, no Santuário de Oropa. O esloveno, que na véspera, logo na jornada inaugural, falhara o ataque à camisola rosa, foi o mais forte na exigente subida final, lançando-se para o triunfo a 4,5 quilómetros da meta.

Nenhum adversário resistiu ao ataque do corredor da UAE Emirates, que terminou com 27 segundos de vantagem sobre um quarteto encabeçado pelo colombiano Daniel Martinez (BORA-hangrohe), e que incluiu ainda o galês Geraint Thomas (Ineos Grenadiers), segundo e terceiros na etapa, respetivamente.

Pogacar lidera a classificação geral com 45 segundos de vantagem sobre Geraint Thomas e Daniel Martinez. Cian Uijtbroeks (Visma) e Einer Rubio (Movistar) seguem-se, a 54 segundos do camisola rosa.

Nesta etapa, entre San Francesco al Campo e o Santuário di Oropa, na distância de 161 km, após uma longa fuga de cinco corredores, desagregada com o acumular dos quilómetros e da fadiga, as decisões reservaram-se para a subida final, ao Santuário de Oropa (11,8 km a 6,1% de inclinação média), com apenas um resistente da aventura do dia, Andrea Piccolo (EF Education), a iniciá-la, O italiano não tinha mais do que um minuto de vantagem sobre o pelotão liderado pela equipa do camisola rosa, Jhonatan Narváez.

A cerca de um quilómetro do sopé da ascensão, Pogacar tem um furo e chega a ter uma ligeira queda, sem consequências, perdendo cerca de 30 segundos para o pelotão, que, todavia, recupera rapidamente com a ajuda de companheiros de equipa. Às primeiras rampas do Santuário de Oropa, já o esloveno estava de volta à cabeça do grande grupo, cujo controlo a sua equipa não demorou a tomar. Apenas um percalço, portanto.

A pouco mais de seis quilómetros do cume (e da meta), o fugitivo Piccolo é alcançado pelo pelotão, cada vez mais reduzido, e a corrida abre-se, enfim, à discussão entre os melhores trepadores.

A 5,5 quilómetros do fim, apenas apoiado pelo seu tenente na montanha, o polaco Rafal Majka, o grupo da dianteira cada vez mais restrito, previa-se o ataque de Tadej Pogacar a qualquer momento.

O golpe, tão esperado, do líder da UAE Emirates aconteceu a 4,5 km da meta, poderoso, e ninguém conseguiu segui-lo. À distância, Geraint Thomas (Ineos Grenadiers) e Ben O’Connoer (Decathlon-AG2R) foram, num primeiro momento, os perseguidores de Pogacar mais próximos, mas paulatinamente, cada vez mais longe – a 2,5 km do final a vantagem já atingia 25 segundos.

Algumas centenas de metros adiante, atrás de Pogacar, formava-se um grupo de cerca de 15 elementos, em que rapidamente se percebeu que o objetivo seria a segunda posição. Nesta peculiar batalha, impôs-se Daniel Martinez a Gerain Thomas, embos apontados rivais de Pogacar pela conquista da maglia rosa.     

Rui Oliveira, inseparável do velocista da equipa, Sebastian Molano, que tentará lançar a partir da próxima etapa para vitória em sprint em pelotão massivo, desceu à antepenúltima posição da classificação geral, a 42.08 minutos do seu líder Tadej Pogacar.