Ricardo Paiva: «Quando arriscámos... o Benfica marcou»
Ricardo Paiva, treinador do Boavista, reconheceu dificuldades do Boavista, especialmente na primeira parte. Foto: Grafislab

BENFICA-BOAVISTA, 2-0 Ricardo Paiva: «Quando arriscámos... o Benfica marcou»

NACIONAL19.01.202423:35

Treinador do Boavista valoriza exibição da equipa; não quis revelar se vai ter reforços

— Qual a análise que faz à derrota. O Boavista pareceu ter a lição bem estudada defensivamente, o que faltou para ser melhor ofensivamente?

— No início fomos competentes defensivamente, depois faltou-nos discernimento nas ligações para chegar à área do Benfica. Corrigimos ao intervalo e na segunda parte chegámos lá com mais perigo, a primeira oportunidade, sem contar com o golo anulado, é nossa e, com decorrer do jogo, houve alguma fadiga e perdemos o discernimento.

— Benfica soube aproveitar essa quebra física?

— É inevitável falar disso Não sou muito de arranjar desculpas, mas isso pesou na parte final do jogo. Queria, no entanto, dar os parabéns aos jogadores: foram competentes e organizados e tinham a lição bem estudada. Sabíamos que a partir do momento em que abríssemos o jogo o Benfica iria criar perigo. O Benfica é fortíssimo nas transições ofensivas e foi nesses momentos que as coisas aconteceram. Quando arriscámos, permitimos que o Benfica encontrasse espaços para sair, com as suas individualidades fortíssimas, criar perigo e marcar.

— Receia que este resultado possa ter um impacto negativo?

— Perder nunca é bom, mas temos uma forma de estar de olharmos para as coisas positivas. Houve muitas. Análise vai recair sobre os pontos positivos, fortalecê-los, e corrigir o que esteve menos bem. Vamos olhar para este jogo como forma crescimento. Não sendo bom perder, mas levamos coisas boas para cima.

— Na primeira parte Boavista não saiu tanto para a frente. Foi estratégico ou houve receio?

— Nada de receio. Tínhamos um plano de jogo bem delineado, passava por contrariar a pressão sobre o lado da bola, sabendo que ao tirar a bolza dessa zona de pressão encontraríamos saída no corredor contrário. A falta de discernimento tem a ver com a precipitação nas ligações. Havia esse espaço e deveríamos ter ligado o jogo com mais critério. Não aconteceu e por isso não chegámos tantas vezes à baliza na primeira parte. Houve alguma ansiedade e precipitação.

— Tem a garantia da administração de que poderá inscrever jogadores ou para si até é mais importante não perder jogadores?

— O nosso foco está em potenciar e melhorar os jogadores que temos, que têm sido extremamente profissionais, com entrega e disponibilidade para o trabalho extraordinárias. Essas questões estão entregues à administração. Trabalho e futebol são a nossa luta diária, as outras questões estão nas mãos de quem decide.