Pinto da Costa critica CFO de Villas-Boas: «É sócio efetivo há cinco ou seis meses…»
António Oliveira e Vítor Baía na equipa de Pinto da Costa

Pinto da Costa critica CFO de Villas-Boas: «É sócio efetivo há cinco ou seis meses…»

NACIONAL17.04.202400:15

Atual presidente do FC Porto em ação de campanha em Arouca

Pinto da Costa deixou críticas a José Pedro Pereira da Costa, Chief Financial Officer (CFO) da candidatura de André Villas-Boas às eleições do FC Porto.

«O milagreiro das finanças, um tal senhor que respeito, um tal Pereira da Costa, não o conhecia, nunca o tinha visto. Fiquei admirado. Fui ver o passado fora do FC Porto, não tinha nenhum no FC Porto. O seu passado era funcionário da NOS... É evidente que é gato escondido com rabo de fora. Só que aconteceu que esse iluminado não pode ser eleito nem pode votar, porque só é sócio efetivo há cinco ou seis meses. Como pode acreditar no sucesso, por mais competente que seja, se não tem paixão pelo que vai fazer. Entrou como sócio efetivo no final do ano anterior, como pode sentir paixão? Vai estar, penso eu, na SAD, porque aí não é necessário ser sócio. Como se pode confiar em alguém que não é sócio ou é apenas para esta finalidade…», referiu, em ação de campanha em Arouca.

«Vejam, percebam o que eles querem, constatem quem eles apoiam e depois pensem quem quer o bem do FC Porto. Será que o Correio da Manhã quer o bem do FC Porto? O Record, A BOLA? Não querem. Vejam quem eles caluniam e apoiam e façam a vossa opção. Hoje mesmo, este canal que tenho à minha frente [RTP], que até é azul, ontem transmitiu uma entrevista com o outro candidato. Não o fez em direto, porque ele não faz entrevistas em direto», disse, falando de seguida da Academia.

«Graças a Deus até hoje nunca falhei nada daquilo com que sonhei. Nada! Consegui tudo e porquê? Porque estivemos sempre unidos. Aquilo que hoje é nosso, já podia ter sido há mais tempo se não houvesse tanta campanha que dificultou imenso as negociações. Naturalmente que temos um parceiro que era dono de parte dos terrenos, não era a Câmara, a quem comprámos os terrenos. É evidente que esse parceiro, quando ouve dizer que se eu for eleito rasgo os contratos, recuou. É evidente que teve medo, é evidente que só o fez e está feito, porque confiou em nós, na segurança que lhe demos. Só um louco poderia não querer fazer a melhor academia do país como vai ser a nossa. Em 1982, entrei num grupo que se disponibilizou a encontrar uma direção para o FC Porto. Comprometi-me que seria o diretor do futebol. Quando chegou a hora do presidente que queríamos, que era o sr. Neca Couto, fomos jantar a um restaurante a Grijó e disse-me o seguinte: ‘Você ainda não viu que o clube precisa da minha carteira e da sua cabeça?’. E eu disse-lhe: ‘Não, o meu compromisso é ser diretor do futebol’. E estava decidido em não avançar. Fizeram-me ver que seria uma situação muito difícil. Estava eu indeciso e ao sábado ia sempre almoçar a casa da minha mãe, que não sabia de que cor eram as camisolas do clubes. Ela respondeu-me: ‘Tens de ir, desde pequenino que só vês o FC Porto, se querem, é o teu destino», afirmou, voltando à questão da Academia.

«Antes de negociar com a Câmara, tivemos de negociar com o proprietário dos nove hectares, senão com 14 não dava para fazer o que queríamos. Quando estávamos quase a chegar a acordo ficou um bocado preocupado quando viu que havia um candidato que dizia que seria o Vale e Azevedo de azul e branco. E ficou preocupado e eu também ficaria. Então fizemos-lhe ver que o que estávamos a fazer não era para nós, era do máximo interesse para o FC Porto. Um valor que nos responsabilizamos a pagar e então recentemente acedeu e fizemos o contrato de promessa de compra e venda. Por isso é evidente que isso atrasou, mas felizmente que definitivamente está tudo certo. O FC Porto vai poder arrancar, esta semana ou na próxima, os trabalhos. Os tratores já estão a fazer a limpeza dos terrenos. Vamos para a semana, ou esta, com arqueólogos. Pode aparecer um esqueleto de algum canguru… Mas tudo legalizado. Estamos autorizados a avançar com os trabalhos. Esta academia não é para mim, é para o FC Porto e o futuro dos jovens, que vão ser os nossos craques», reforçou, dizendo que «renovou quase na totalidade a direção».

«Temos, por isso, tomada a decisão de ir em frente. Por isso renovei quase na totalidade a minha direção. Por isso arranjei um grupo em quem confio para reverter a situação financeira do clube, estamos determinados em fazer a nossa academia, um pavilhão e muitas mais coisas. O destino do FC Porto é vencer. Quem assumir isso não pode pensar nos interesses dos direitos televisivos, nem se é bonito ser dirigente do FC Porto sem nunca se ter interessado pela sua vida. Somos nós, os que me vão acompanhar. Estão determinados em pôr o FC Porto acima de tudo. O sr. José Figueiredo vai abdicar de muita coisa para servir o FC Porto. Eu defino sempre os quatro pilares da nossa ação: rigor, competência, ambição e paixão. Quem não tiver paixão não pode dizer que é portista. Todos os que vão formar a minha equipa vão dar o máximo pelo FC Porto. Têm as suas vidas e compromissos e estão a abdicar deles para estar nestas conversas. Não são paraquedistas», afirmou.