Moreno: «Muito do sucesso do jogo tem que ver com a parte mental»
Técnico do emblema flaviense está ciente da importância do jogo, mas quer equipa tranquila. (Foto: JOSÉ COELHO/LUSA)

Moreno: «Muito do sucesso do jogo tem que ver com a parte mental»

NACIONAL06.04.202413:34

Treinador do Chaves sublinha a importância da partida diante do Portimonense, mas pretende uma equipa motivada e não pressionada; quer oferecer aos algarvios as mesmas dificuldades que espera encontrar; sem queixas perante as ausências com que se depara

A classificação não mente: o Chaves está praticamente obrigado a ganhar ao Portimonense para manter viva a esperança da permanência na elite nacional.

Mesmo tendo consciência da importância dos três pontos que amanhã estarão em disputa no duelo com os algarvios, numa partida referente à 28.ª jornada da Liga, Moreno Teixeira dispensa rótulos mais pesados para este encontro. A vitória é, claro está, o grande objetivo, mas o técnico dos flavienses não quer a sua equipa demasiado pressionada.

«Apelidar o jogo como sendo de vida ou de morte é muito forte. Estamos a falar de desporto. Não fugimos e não deixamos de perceber que é um jogo extremamente importante. Sabemos disso e passámos essa ideia aos jogadores, mas sem nunca os condicionarmos relativamente ao que é importante para o jogo. Sabemos que os outros jogos até ao final também são muito importantes, mas temos de estar inteiramente focados nesta partida. Temos condições para fazer coisas melhores com bola e sem bola e, dessa forma, conseguirmos conquistar os três pontos», assumiu, na conferência de Imprensa realizada ao início da tarde deste sábado.

Até porque, acrescentou Moreno, se o Chaves terá pela frente um jogo difícil, o Portimonense viverá exatamente a mesma realidade: «Do outro lado está uma equipa que também está pressionada, que está numa situação algo parecia com a nossa e acho que muito do sucesso do jogo de amanhã tem que ver com a parte mental. A forma como a equipa conseguir fazer o que foi trabalhado e nunca desconfiar da qualidade que tem. Indo com uma carga emocional exagerada, o rendimento nunca é o melhor. E não é isso que nós queremos. Nós queremos uma equipa identificada, como tem estado nos últimos jogos, uma equipa, se possível, a jogar melhor no momento da posse e com o mesmo rigor que tem tido em vários momentos quando não tem bola.»

O líder máximo do balneário dos valentes transmontanos voltou frisar que este campeonato tem o desígnio do equilíbrio, recordando, a propósito, a exibição realizada pelo Chaves na partida com o Benfica (0-1), na ronda anterior, quando se perspetivava, em teoria, um desnível maior dado o poderio dos encarnados. E se os pontos fortes do adversário de amanhã estão estudados, a fórmula para os contrariar também foi devidamente trabalhada.

«Espero que o Portimonense nos ofereça as dificuldades que também terá do Chaves. O nosso campeonato é muito equilibrado, tal como, de resto, ficou demonstrado no jogo que fizemos na jornada anterior, contra o Benfica, no Estádio da Luz. O Portimonense tem uma média de alturas muito alta, que é muito forte no momento da bola parada, e que tem médios com muita qualidade técnica e que rematam bem de fora da área, casos do Dener e do Carlinhos. Temos isso tudo muito bem identificado. A minha prioridade durante a semana foi manter a equipa leve, ainda que responsável. O que se pretender é que os jogadores trabalhem bem e tomem as melhores decisões», frisou.

Para a receção aos algarvios, Moreno vai contar com quatro ausências de jogadores importantes e que, em condições normais, até deveriam ser titulares. Hugo Souza e Rúben Ribeiro estão castigados, Bruno Rodrigues e Sandro Cruz estão lesionados. O técnico diz que gostaria de contar com todos, como é natural, mas não se agarra a essas baixas: «Claro que preferia ter mais estabilidade na preparação dos jogos. Eu e qualquer treinador. As dinâmicas criam-se entre setores com essa estabilidade, mas isso nunca foi possível ao longo da época, seja por lesões, seja por castigos. Mas vocês também nunca me ouviram lamentar das ausências e isso nunca o irei fazer.»

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