Luís Freire: «Comparação com o Arouca é injusta»

Rio Ave abre a 30.ª jornada da Liga com a receção ao Arouca

Rio Ave e Arouca abrem a 30.ª jornada da Liga, agendado para as 20.15 horas desta sexta-feira, em Vila do Conde. As duas equipas chegam ao encontro em momentos bem distintos, uma vez que os arouquenses somam três vitórias consecutivas e os rioavistas apenas uma.

«Espero, principalmente, ver uma equipa a ser ela própria. Quero um Rio Ave ofensivo, determinado, a atacar o Arouca. Quando há essa identidade, é a melhor maneira de defrontar os nossos adversários», começou por dizer, esta quinta-feira, o treinador Luís Freire, antes de partir para a análise da formação comandada por Daniel Sousa, que no final da época troca o Arouca pelo SC Braga.

«Sabemos das dificuldades. Tem bons avançados, um meio-campo muito forte, aliás, abastece todo o seu jogo através deste setor, tem um corredor central mesmo muito forte e uma capacidade muito boa de jogar por dentro, em contra-ataque e transições. Foi uma semana curta de trabalho, mas a nível de estratégia, vamos preparados para enfrentar essas dificuldades».

Nos últimos dez jogos, o Rio Ave venceu apenas dois (Gil Vicente e Casa Pia), mas empatou com clubes como o Sporting, SC Braga e Moreirense. Luís Freire, que vem de um empate (2-2) com o Estrela da Amadora, não aceita a ideia de que «há que fazer algo diferente» nesta reta final de campeonato, fazendo um paralelo com o que aconteceu na jornada passada.

«Sempre que não ganhámos, parece que há qualquer coisa que temos de fazer diferente. Às vezes é fazer melhor aquilo que já sabemos fazer. O jogo em Arouca vai ser diferente. Temos de estar despertos e ser inteligentes. Há coisas que não nos devemos agarrar, como às exibições anteriores, continuar a fazer bons jogos, em casa, com boas prestações».

A formação de Vila do Conde reforçou-se bem no mercado de inverno, ocupa atualmente o 11.º lugar, «está à frente de sete equipas» - nove pontos de vantagem para o último lugar (Vizela) - e é o «sétimo clube com mais pontos (15) na segunda volta», recusando-se assim a fazer uma comparação com o Arouca, considerando-a «injusta», uma vez que esteve «proibido de inscrever novos jogadores na janela de transferências de verão».

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«Essa comparação é injusta. O Rio Ave esteve 16 meses sem poder inscrever jogadores e muita gente disse que íamos descer de divisão. Em janeiro, fomos ao mercado, estivemos em último e antepenúltimo e tivemos de nos reforçar».

Ukra voltou a estar em destaque esta semana nas redes sociais, devido ao apoio à equipa na Amadora na mais recente jornada e pelo almoço que ofereceu aos colegas num restaurante em Barcelos. Enquanto isso, dentro de campo, o médio de 36 anos soma apenas 73 minutos esta temporada. Luís Freire realça a importância do atleta no grupo, sem revelar se vai voltar a ter uma utilização mais frequente.

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«Ser profissional de futebol não significa que seja só para jogar. Ukra é um exemplo pela forma como contagia os colegas. O Vítor Gomes, o Ukra e o Adrien, que não têm jogado ultimamente, mas quem nos dera conquistar um décimo do que eles já conquistaram».