João Matos aprova dérbi na final da Champions: «Seria extraordinário»

Capitão do Sporting mostrou-se entusiasmado com a ideia de defrontar o Benfica pela disputa do título europeu; primeiro, foca-se em ultrapassar o Barcelona na meia-final e não encara a final four como última oportunidade de vencer a prova antes de se retirar

O Sporting já se encontra na capital da Arménia, Yerevan, para disputar a final four da Liga dos Campeões em futsal já a partir desta sexta-feira, com o Barcelona como obstáculo ao que poderá, em caso de vitória, tornar-se a quarta presença consecutiva dos leões na final da prova. Em todas elas – assim como nos dois títulos europeus no palmarés do conjunto verde e branco, em 18/19 e 20/21, esteve o seu capitão, João Matos, que deu conta do estado de espírito da equipa para atacar a terceira conquista da competição.

«A Liga dos Campeões é a competição que todo o atleta quer jogar e a motivação está em alta, é muita e a vontade de ganhar também. Agora, é pôr em prática durante os 40 minutos do primeiro jogo», assumiu, preparado para defrontar o Barcelona, adversário poderoso que há duas épocas, em Riga, derrotou os leões na final. Agora, o objetivo passa por inverter esse resultado e voltar a atingir o jogo decisivo…de preferência frente ao Benfica, de forma a completar uma histórica final 100% portuguesa.

Tendo em conta a quantidade de internacionais portugueses nos dois grandes nacionais, realizar um dérbi entre Sporting e Benfica numa final de Champions representa um possível cenário que entusiasma João Matos. «Seria extraordinário. O único confronto entre Sporting e Benfica pela Liga dos Campeões foi aqui (ndr: Pavilhão João Rocha), com um empate, e ganhámos nesse ano a prova. É um jogo muito emotivo, de uma intensidade louca, em que ambas as equipas iriam estar completamente comprometidas e dedicadas ao jogo», anteviu.

Antes de vir a confirmar-se esse cenário, o Sporting tem, primeiro, de afastar o Barcelona, enquanto o Benfica tem pela frente o Palma, campeão em título. Duas partidas nas quais se antevê muito equilíbrio e um vencedor obtido apenas nos pormenores e, em seu entender, a experiência contará pouco. «Nós em Zadar (ndr: onde conquistou a Liga dos Campeões pela última vez, há três épocas) ganhámos com uma equipa pouco experiente. Quando há ambição e a vontade, intensidade e garra estão presentes, isso equilibra ou ganha jogos. Aquele pormenor mais à esquerda e mais à direita conta, o esquema tático também», assegura o veterano dos leões.

«Conta também muito a concentração, a vontade com que estamos para decidir um lance, ganhar um duelo individual, não sermos ultrapassados em velocidade…esses pormenores contam e vêm com um aspeto mais psicológico ou emocional. Acredito que quem estiver bem concentrado, motivado e com os níveis emocionais estáveis, tem ali um ponto a favor», argumenta João Matos que, aos 37 anos, olha para esta final four com a motivação de ganhar tudo que foi mantendo ao longo do percurso desportivo.

«Sinceramente, para o ano vamos lá estar, acredito muito nisso. Depois, houve uma época em que nós conquistámos tudo o que havia para conquistar, todos os troféus, e o meu discurso no ano seguinte foi que a motivação era ganhar tudo novamente, acabámos só por não ganhar a Liga dos Campeões, foi quando perdemos com o Palma (ndr: na época passada)», colocando o desejo de fazer melhor, chegando a nova final com o intuito de vencê-la, acima de uma eventual última possibilidade de voltar a sagrar-se campeão europeu de clubes.

«Não ponho aqui a equação de ser a última, de estar perto do final, porque levo a minha vida, diariamente, a nível profissional e pessoal, naquilo que vou conseguir fazer amanhã», reagiu, ainda sem pensar numa eventual retirada e garantindo que em 2024/2025 continuará a competir para vencer todos os troféus que vier a disputar.