«Fica difícil, não há como esconder», reconhece Moreno Teixeira
Treinador do Chaves na sala de imprensa do Estádio Municiopal Eng. Manuel Branco Teixeira, após a derrota (2-3) da sua equipa frente ao Portimonense.
Moreno Teixeira, treinador do Chaves, admitiu que a situação do Chaves na luta pela manutenção, ficou mais complicada após a derrota frente ao Portimonense, neste domingo, com o treinador a não encontrar explicação para o desaire com os algarvios, depois da sua equipa ter estado em vantagem por duas vezes. «É difícil, é difícil, isto acontece às equipas que estão na nossa situação. Nós, em comparação com aquilo que o Portimonense fez, não fomos nada inferiores, cometemos erros, e quando digo erros, são mais técnicos e aqui a responsabilidade é toda minha, mas eu não consigo mesmo, depois de um dia tão difícil e de uma derrota que nós todos percebemos o que está em jogo, não consigo apontar nada aos nossos atletas, eles trabalharam, eu senti-os claramente ligados ao jogo, mesmo antes dele. Não consigo apontar nada. Uma montanha difícil de explicar, estivemos em vantagem, sofremos um golo, reagimos bem, fizemos, a forma como sofremos os golos é difícil de explicar a este nível, mas, repito, é responsabilidade minha. Mesmo depois do 2-2 tivemos oportunidade de fazer o 3-2, lance anulado, depois um grande golo do Portimonense, isto acontece claramente a este tipo de equipas», disse.
«Fica difícil, não há como esconder. Nunca enganei as pessoas cá de Chaves, há seis jornadas por disputar, vamos honrar esta camisola, isso garanto que vai acontecer», referiu sobre a batalha da permanência.
«Acho que no futebol, enquanto matematicamente for possível, temos que acreditar. Nós temos é que nos focar jornada a jornada e disputarmos os jogos e depois perceber o que é que isso dá. Não gosto de iludir as pessoas, é óbvio que fica mais difícil agora. Faltam seis jornadas, um adversário direto, se tivéssemos ganho juntávamo-nos ao Vizela e ao Portimonense. Assim fica difícil, mas eu repito: há seis jornadas e nós vamos ter o mesmo rigor e disciplina que temos tido até agora e se possível ganhar mais pontos», acrescentou.
O treinador explicou ainda as substituições que efetuou aos 83 minutos, quando o Portimonense beneficiava de uma bola parada e que acabou por resultar no golo de Midana Cassamá, empatando a dois o encontro, tendo Moreno Teixeira recebido muitas críticas dos adeptos do Chaves. «Posso explicar. Aqui a responsabilidade é minha e as críticas têm que recair sobre o treinador e provavelmente falhei. O Portimonense estava a criar perigo na bola parada, nós aproveitámos o momento para meter o Steven (Vitória) e o Jô (Batista), que são dois homens altos, competentes nesse momento e até isso acontece nestas equipas: nessa bola parada acrescentamos altura e sofremos o golo de uma forma que não pode acontecer a este nível. Mas foi este o objetivo da substituição, não resultou, a responsabilidade é do treinador», disse.