Villas-Boas e a academia: «Uma promessa eleitoral de 2016 que ainda está por cumprir...»
Villas-Boas em Esposende (DR)

Villas-Boas e a academia: «Uma promessa eleitoral de 2016 que ainda está por cumprir...»

NACIONAL24.03.202416:41

Candidato à presidência do FC Porto numa ação de campanha na Casa do FC Porto de Esposende

André Villas-Boas esteve numa ação de campanha na Casa do FC Porto de Esposende e voltou a abordar a questão da academia.

«Foi um processo que se arrastou durante tanto tempo, que para mim era apenas óbvio que ao lançar uma candidatura teríamos que apresentar uma solução para a resolução da academia. E a realidade é esta, é que vamos chegar a 27 de abril de 2024, e uma promessa eleitoral de 2016 ainda está por cumprir, e continua a dizer que vai cumprir, e que vai cumprir, e que vai cumprir. Estamos em atraso evidente e daí quanto mais rápido melhor. Para ser mais rápido, primeiro redução de custos, não entrar em loucuras, e depois construir algo mais pequeno, mas que me dê rendimento. Porque para a formação o do Olival serve perfeitamente. Para a equipa profissional é que já começa a não chegar. O ginásio é pequeno, as condições são limitadas, movo a equipa principal para o centro de alto rendimento», referiu.

«Que fique bem claro que, se esta candidatura não ganhar, e isto está no nosso programa, tudo o que nós temos relativamente à nossa opção de construção da academia, cedemos facilmente ao FC Porto. O contrato de promessa de compra e venda está feito comigo, a nível pessoal. Se o FC Porto alguma vez precisar que eu passe este contrato, ou faça uma cedência de posição, ou se rescindir, não há problema nenhum e passaremos precisamente este projeto para outra candidatura se a Maia levantar problemas e se a outra candidatura gostar do que nós temos para apresentar em breve. Nós temos opiniões bem diferentes, como vocês sabem, ou se não sabem, a candidatura do Jorge Nuno Pinto da Costa prefere a Academia na Maia e nós temos uma preferência pela construção de um centro de alto rendimento em Gaia», prosseguiu.

O candidato às eleições do FC Porto diz que tem capacidade para ‘construir’ a academia de forma «mais rápida» e com «menos custos».

«Eu construo só cinco campos, construo o hotel... Em vez de dez, construo cinco. O hotel ambos vamos construir. Um mini estádio ambos vamos construir. Construo a obra mais rápido, com menos custo e próxima uma da outra. O FC Porto tem mais de 29 anos de exploração do aluguer do Centro de Treinos e Formação Desportiva do Olival. Porquê que devemos estar a desprendermos disso? Porquê que não temos a formação toda aqui? Construímos melhor infraestruturas para a equipa sénior, ficamos em unidade, gastamos menos na construção, somos mais rápidos a construir, e não estamos sujeitos a este imbróglio da Maia. O que é que é o positivo disto tudo? O positivo disto tudo é que há duas candidaturas, há duas opções, se calhar o Nuno Lobo lança a sua em breve, teremos três, que ganhe a melhor e que ganhe a melhor solução», disse.

Villas-Boas em Esposende (DR)

«Qual é que foi o fundamental da nossa decisão? Um, quando a equipa principal treina no Olival, a equipa principal tem três campos disponíveis. Normalmente, uma equipa de futebol profissional utiliza um a dois campos no máximo, nunca utiliza três campos ao mesmo tempo. E aqui falo novamente da experiência própria. Quando a equipa principal está a treinar, há um sintético que está por cima destes três campos, que não está utilizado para proteger o ambiente e a privacidade de trabalho da equipa principal. Portanto, podes ter a equipa principal, por exemplo, num treino de sexta-feira, dois dias antes do jogo, está a utilizar só um campo, dois estão livres, o sintético está livre e normalmente a equipa B está no mini estádio, treina ao mesmo tempo que a equipa principal, porque normalmente o treinador pode precisar de chamar algum jogador e tu igualas sempre o horário de treino da equipa B ao da equipa principal. Isto significa que três campos estão sem ocupação», apontou, defendendo que o Centros de Treinos e Formação Desportiva (CTFD) do Olival já é «curto».

«A equipa principal do FC Porto precisa de novas instalações, para uma equipa profissional da elite de futebol europeu, as instalações atuais também já não são as mais modernas. Portanto, construímos umas novas, modernas para eles e movíamos a formação para o Centros de Treinos e Formação Desportiva (CTFD) do Olival, porque assim temos uma taxa de ocupação sobre estes cinco campos muito maior, ou seja, nas camadas jovens não há horários de treino conflitivos por questões de privacidade. Tens uma ocupação direta dos três campos, que pode acontecer ao mesmo tempo, ou seja, tens estes três campos, ou cinco campos, em rotação absoluta no caso da formação», afirmou.

«Ao colocar a equipa principal, a equipa B e os sub -19 neste Centro de Alto Rendimento, estamos a garantir, em primeiro lugar, unidade. Até é um terreno que está pronto para cinco relvados, porque é estrutura suficiente, tem dois para a equipa principal, tem um hotel que apoia, mais ginásio, os gabinetes, refeitórios, etc. Portanto, estruturas de apoio a equipas profissionais europeias de elite, que necessitam deste tipo de instalação. Portanto, resolvíamos também o caso do hotel de estágios da equipa, ficaria sempre a estagiar ali», declarou.

Sobre o projeto total: «Depois tem uma bancada para os jogos da equipa B, Liga 2, os sub-19, e tem mais um relevado para o feminino, para as equipas profissionais, digamos assim. Acresce um pavilhão ao lado, para as modalidades profissionais do FC Porto, que também já andam com a casa às costas. E, de certa forma, ao passarem para aqui, para os seus treinos, permite à formação do FC Porto usar o Dragão Arena, que também anda com a casa às costas, de um lado para o outro.»

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