Destaques do V. Guimarães: a noite em que Charles não foi rei e obrigou Handel a ficar no trono
Tomás Handel em bom plano (foto: GRAFISLAV)

FC Porto-V. Guimarães, 3-1 Destaques do V. Guimarães: a noite em que Charles não foi rei e obrigou Handel a ficar no trono

NACIONAL17.04.202423:20

Médio foi o elemento dos vitorianos mais inconformado em campo; guarda-redes abriu caminho à reviravolta dos dragões com um penálti escusado sobre Francisco Conceição; Kaio César agitou o ataque, mas bastante tarde...

Figura do V. Guimarães -- Tomás Handel (nota 6)

6Foi sempre o jogador mais inconformado em campo por parte do emblema vitoriano. O médio procurou essencialmente neutralizar as principais armas do meio-campo do FC Porto, mas também em lançar os companheiros na zona de ataque. Quis sempre assumir protagonismo, mormente na primeira parte, onde beneficiou de alguma liberdade por parte de Alan Varela e Nico González. Tivessem grande parte dos seus companheiros copiado o seu desempenho e o V. Guimarães teria dado mais réplica no resultado. Saiu do Dragão resignado, mas com a sensação de que individualmente deu tudo em prol do coletivo. Um excelente desempenho nos 90 minutos.

(4) CHARLES — Penalizado bastante na nota pelo erro comprometedor que teve, ao derrubar sem necessidade Francisco Conceição. Imprudente na forma como abordou o lance. Tentou redimir-se depois, adivinhou o lado do penálti de Taremi e fez um punhado de enormes defesas, evitando o avolumar do marcador por parte dos dragões. Mas o erro maior no encontro é-lhe atribuído.

(5) JORGE FERNANDES — Corte providencial a evitar, na altura, o terceiro golo do FC Porto, quando Galeno já se preparava para fuzilar Charles. Evitou ainda na primeira parte duas investidas de Wendell pelo flanco esquerdo.

(4) BOREVKOVIC — Bastante nervoso nas suas ações, teve uma má conduta ao desfazer com o pé a zona da marcação do penálti. Viu o cartão amarelo e arriscou a ser expulso por aplaudir de seguida Artur Soares Dias. No terceiro golo cabeceou para a zona onde apareceu Romário Baró, que serviu Pepê para matar o jogo.

(4) MANU SILVA — Noite de muito trabalho para o central do V. Guimarães, que foi impotente para travar as diabruras de um Francisco Conceição verdadeiramente inspirado. Ficou algo condicionado a partir do momento em que viu o cartão amarelo por derrubar o extremo dos azuis e brancos.

(5) BRUNO GASPAR — Bastante voluntarioso, teve sempre a preocupação de tapar os caminhos da baliza para Galeno. A partir do momento em que o FC Porto operou a reviravolta, excedeu-se nas faltas e correu o risco de ser expulso.

(5) TIAGO SILVA — A formiguinha do costume. Um operário de excelência, que só não recebe o título de melhor do V. Guimarães por ter deixado escapar Romário Baró no lance do 3-1. Correu quilómetros e foi sempre ao choque, não obstante ter visto um amarelo bem cedo na partida.

(4) NUNO SANTOS — Uma aposta falhada de Álvaro Pacheco no onze. A intenção do treinador vitoriano era que fosse o municiador do ataque, mas esteve sempre aquém do esperado. Bastante previsível nas suas ações. Foi sempre presa fácil para os médios dos azuis e brancos.

(5) AFONSO FREITAS — Abriu o ativo ainda antes do primeiro minuto estar concluído. Aproveitou uma benesse da defesa do FC Porto para empatar a eliminatória, mas não conseguiu travar Francisco Conceição no lance do segundo golo azul e branco. Talvez por isso tenha sido substituído.

(5) JOTA SILVA — Foi das suas mãos, através de um lançamento de linha lateral, que o V. Guimarães se colocou em vantagem. Esforçado, mas sem a clarividência dos últimos encontros. Travou alguns duelos com Pepe, mas o experiente central levou sempre a melhor. Saiu com cara de poucos amigos quando viu o seu número na placa de substituição.

(5) NÉLSON OLIVEIRA — Antecipou-se a Pepe no lance do 0-1 e teve o ensejo de conseguir o empate antes do intervalo, mas cabeceou mal após um cruzamento primoroso do lado direito. Batalhou sempre entre a dupla de centrais contrária.

(4) MIGUEL MAGA — Entrou para impedir a progressão de Galeno pelo flanco esquerdo. Mas não conseguiu cumprir a missão a preceito. Nunca se soltou das amarras e aventurou em ações ofensivas.

(6) KAIO CÉSAR — Entrou com algum atraso na partida, depois de no jogo do campeonato ter realizado uma boa exibição. Deu mais acutilância ao setor atacante dos vimaranenses, colocando a defesa portista em sentido algumas vezes.

(4) MIKEL VILLANUEVA — Entrou para dar maior consistência ao último reduto do V. Guimarães e também para tentar os lançamentos em profundidade para os companheiros da linha ofensiva. Tentou acudir a alguns fogos, quando o FC Porto surgiu em transições perigosas.

(4) ANDRÉ ANDRÉ — Entrou com a missão de dar maior consistência ao meio-campo, tentando estancar o maior poderio do adversário nessa zona nevrálgica do terreno. Mas a verdade é que os dragões, onde fez a sua formação, acabaram por sentenciar a partida e terminar com o sonho dos vitorianos chegarem ao Jamor novamente.