Destaques do Benfica: Futebol de Di María inspira e não tem idade
Di María, extremo do Benfica (Miguel Nunes/ASF)

BENFICA-BOAVISTA, 2-0 Destaques do Benfica: Futebol de Di María inspira e não tem idade

NACIONAL19.01.202423:31

Qualidade e jovialidade da exibição do argentino do Benfica determinantes para desatar os nós do jogo desta sexta-feira, da 18.ª jornada da Liga, frente ao Boavista (2-0); e brilha outra vez Marcos Leonardo!

Melhor em campo - Di María (8)

O futebol de Di María não tem segredos e o que continua a ser surpreendente é que o astro argentino continua a fazer o que sempre fez, que os adversários sabem que ele vai fazer, mas sem que alguém o consiga impedir. Variou de flanco, fez passes de trivela magistrais, remates que quase deram golo, marcou um que foi anulado, marcou o primeiro num remate clássico (lá está), mas tecnicamente perfeito, e assistiu Marcos Leonardo para o segundo. E Di María, acreditem ou não, terminou a partida a fazer carrinhos para ganhar a bola no meio-campo defensivo da equipa dos encarnados! Tem 35 anos, mas continua a jogar um futebol que não tem idade.

(6) TRUBIN — Depois de uma primeira parte tranquilíssima, em que quase não tocou na bola, o guarda-redes ucraniano mostrou sangue frio e reflexos para travar o remate de Bozeník. Sem grandes chances para se dar ao jogo, mostrou concentração e destreza com os pés quando saiu da área para cortar um passe longo na direção de Bozeník, e que ameaçava perigo. 

(5) AURSNES — Foi competente a defender o lado direito, mas subiu pouco para o ataque porque a velocidade de Dos Santos e sobretudo de Tiago Morais não o permitiram. Com a saída de Florentino passou para o meio-campo e geriu com qualidade os ritmos da equipa e tempos de passe, com classe, mas também sem diferenciação. 

(7) ANTÓNIO SILVA — Central da cabeça aos pés. Sem erros defensivos, não perdeu uma bola pelo ar e junto à relva resolveu tudo o que havia para resolver com pozinhos de classe. Soube sair com bola e tentou a sorte mais à frente. 

(8) OTAMENDI — Um campeão a defender, com cortes determinantes e de forma autoritária, e um patrão na forma como foi um dos primeiros a empurrar a equipa, saindo com bola com muita qualidade, no passe curto e no passe longo. Aos 3’ rematou de cabeça por cima da trave, aos 24’ saltou na área e, também de cabeça, ofereceu a Morato um lance de golo iminente e, aos 90+4’, lançou Di María com um passe fantástico para, depois, o compatriota argentino oferecer a Marcos Leonardo o segundo golo da noite. 

(8) MORATO — Meteu no bolso Salvador Agra, Bruno Lourenço e quem apareceu pelo seu lado a tentar furar; ofensivamente foi ambicioso e perigoso. Aos 12’ cruzou para remate perigoso de João Mário, aos 24’ poderia ter feito golo, mas rematou ao lado. Ainda cruzou para remate de cabeça de Rafa, aos 57’, mas o lance determinante na exibição aconteceu aos 54’, quando foi velocíssimo a apertar Bozeník — fez com que o ponta de lança rematasse fraco e, depois da defesa de Trubin, foi ainda Morato quem apareceu a resolver porque a bola, apesar de devagar, ia direitinha na direção da baliza da águia. 

(5) FLORENTINO — Primeira parte competente, posicional e com boas variações de jogo. Na segunda perdeu fulgor e correu quase sempre atrás. Mas ainda teve um bom corte, aos 59’, quando Makouta surgia solto no lado esquerdo. 

(6) KOKÇU — Correu com bola e fez fluir o jogo; teve ideias e fez passes de risco que quase nunca encontraram resposta certa. Tentou o remate e fez uma boa exibição. 

(6) RAFA — Muito marcado e castigado com faltas, teve pouco espaço, mas nunca deixou de o procurar. Rematou com perigo e serviu os companheiros igualmente com intenção. 

(7) JOÃO MÁRIO — Jogou de forma inteligente e teve o golo nos pés aos 12’ e aos 89’, mas o guarda-redes do Boavista fez grandes defesas. 

(6) ARTHUR CABRAL — Trabalhou muito e teve lances prometedores e de perigo, sempre prejudicados por aparente ansiedade que poderá ser responsável por escorregar na hora H, ou dar um toque a mais que estraga tudo. 

(5) JOÃO NEVES — Entrou a todo o gás e com dois toques e uma corrida marcou posição. Com ele em campo a equipa pareceu novamente mais ligada e feliz a jogar. 

(5) TOMÁS ARAÚJO — Entrou bem para lateral-direito, sem tremer, e logo no início fechou a porta a Makouta, que entrava com perigo em direção à área de Trubin. 

(6) MARCOS LEONARDO — Dois jogos pelo Benfica como suplente utilizado e dois golos. Isso diz tudo. O que marcou ao Boavista foi pleno de oportunidade. E já antes o avançado mostrara ter capacidade para pressionar o adversário sem bola e também técnica para combinar com os companheiros. 

(-) NERES — Não teve tempo para se mostrar, mas o brasileiro voltou a competir quase três meses depois de se ter lesionado e ter sido operado a um joelho. 

(-) MUSA — O croata precisa de poucos minutos para se mostrar, mas neste jogo não foi mesmo possível.