Destaques do Benfica: Di María pediu a baliza em namoro mas ela já estava comprometida
Di María em duelo com St, Juste (Miguel Nunes)

Destaques do Benfica: Di María pediu a baliza em namoro mas ela já estava comprometida

NACIONAL06.04.202423:46

A exibição com sinal mais do argentino no dérbi com o Sporting da 28.ª jornada da Liga; houve Neres e Aursnes, pouco Tengstedt e nada de Rafa

O melhor do Benfica - Di María (7)

A serpentear pela direita ou pela esquerda, o extremo argentino foi quase sempre o mais perigoso da equipa no passe e no remate. Jogou desde o início do jogo com os olhos postos na baliza contrária, procurou o golo, procurou a equipa e a equipa invariavelmente procurou o talento dele. Aos 12’ ofereceu a Rafa um remate com a baliza em ponto de mira, aos 30’ rematou ele por cima da trave, aos 90+3’ cruzou para Bah marcar de cabeça, aos 65’ passou para Neres quase marcar, aos 69’ cruzou de trivela para Rafa falhar de calcanhar, aos 81’ rematou para enorme defesa de Franco Israel. A exibição de Di María foi toda ela intensa e intencional.

(4) TRUBIN — Tem a atenuante de como todos ter sido surpreendido pelo lance do golo do Sporting logo no primeiro minuto, ainda a frio, mas sem que isso o ilibe de responsabilidade: abordou muito mal o lance e com meia palmada não só não conseguiu afastar a bola da zona de perigo como a colocou nos pés de Geny Catamo para o remate triunfante do leão. No resto do jogo não teve lances exigentes para equilibrar positivamente a exibição.

(5) BAH — No primeiro minuto do jogo perdeu a bola para Pedro Gonçalves e depois foi displicente na forma como a foi tentar recuperar, perdendo novamente o duelo com o médio do Sporting, que entrou na área e construiu a jogada do golo. Antes do intervalo, o lateral dinamarquês empatou o jogo com um belo golo de cabeça e aos 88’ apertou Bragança em lance perigoso.

(5) ANTÓNIO SILVA — Sentiu muitas dificuldades para travar Gyokeres e em dois lances deu a sensação de os ter perdido para o ponta de lança sueco, não fosse a ajuda dos companheiros nas dobras. Aos 88 minutos cortou de carrinho um remate de Bragança, já na área e que poderia ter resultado em golo.

(7) OTAMENDI — Somou vários grandes cortes em lances potencialmente de grande perigo, como a bola que bloqueou a Trincão aos 25’, a Pedro Gonçalves à entrada da área aos 27’ e novamente Trincão aos 53’. Rematou de cabeça para as mãos de Franco Israel num canto e aos 55’ perdeu o duelo com Gyokeres mas ganhou falta que invalidou esse lance.

(6) AURSNES — Começou o jogo a querer imprimir dinâmicas ofensivas no seu flanco, mas a qualidade de Catamo obrigou o norueguês a refrear a atitude a preocupar-se mais com os equilíbrios defensivos. Destacou-se com dois grandes cortes, o primeiro a Catamo e que tinha como destinatário um Gyokeres que ficaria sozinho frente a Trubin (48) e outro em que revelou muita inteligência como deu e depois roubou espaço a Gyokeres já na área do Benfica (70’). Acabou expulso por acumulação de cartões amarelos.

(5) FLORENTINO — Bem na ocupação dos espaços e na pressão sem bola, mas ainda assim menos eficaz do que costuma; falhou demasiados passes. Bom remate de primeira aos 39’, mas bloqueado.

(6) JOÃO NEVES — Intenso como sempre, a recuperar sempre muitas bolas e nas várias zonas do terreno de jogo, mas neste desafio com menos bola e poucas vezes de frente para o jogo de forma a o poder organizar. Aos 81’ ganhou bola à entrada da área do leão para remate de Di María e aos 90+6’ cruzou em esforço para Marcos Leonardo quase conseguir ser feliz.

(3) RAFA — O remate tresloucado por cima da trave aos 12 minutos, quando se viu sem marcação à entrada da área do Sporting, ou o calcanhar falhado a passe de trivela de Di María, ilustram uma exibição profundamente desinspirada, sem rasgo, sem força e com erro — aos 77’ tentou uma transição de costas para o ataque abrindo as pernas para deixar passar a bola quando deveria procurar o apoio e o resultado foi a perda da bola e a equipa em contrapé numa zona já muito perto da área encarnada.

(6) NERES — Sempre a querer ter bola mas a perder várias vezes o timing certo para a libertar. Nunca se escondeu e foi muito perigoso e rematou mas sem pontaria. Aos 65’ passou para Di María e recebeu de volta o passe do argentino num dos lances mais bonitos da equipa, mas o remate foi-lhe bloqueado em cima da linha de golo pelo calcanhar de Coates.

(4) TENGSTEDT — Incansável na pressão e na procura da bola, mas quase nunca a teve e quando isso aconteceu foi inconsequente no que produziu com ela. O avançado dinamarquês fez tudo em esforço e apesar de veloz mostrou debilidade física nos duelos e pouca capacidade técnica para se destacar de outra forma. Foi intenso, deu tudo, mas foi pouco.(5) ARTHUR CABRAL

(5) ARTHUR CABRAL — Não esteve muito tempo em campo mas conseguiu ganhar e segurar a bola de costas para a baliza; aos 81’ recebeu passe de João Neves e entregou com qualidade para remate de Di María.

(-) MARCOS LEONARDO — Aos 90+6’ quase conseguiu desviar para a baliza um cruzamento de João Neves para o coração da área do leão.

(-) KOKÇU — Sem tempo e sem bola para deixar marca.