Como a morte do pai precipitou o fim da carreira de Tévez
Carlos Tévez pendurou as chuteiras em 2021, quando era jogador do Boca Juniors (IMAGO / Action Plus)

Como a morte do pai precipitou o fim da carreira de Tévez

INTERNACIONAL12.03.202418:30

Ex-internacional argentino pendurou as chuteiras em 2021 quando atuava ao serviço do Boca Juniors

A fazer uma grande época enquanto treinador do Independiente, Carlos Tévez foi, em tempos, um dos melhores jogadores argentinos dos últimos anos. A carreira como treinador começou cerca de dois anos depois de pendurar as chuteiras como futebolista.

Os motivos para a reforma foram agora revelados pelo argentino em entrevista a Juan Pablo Varsky, onde se emocionou ao relembrar o que viveu antes de tomar a decisão de se reformar.

«Nesse mesmo ano o meu pai ficou doente. Primeiro apanhou Covid-19 e depois detetaram-lhe um cancro na garganta. Foi algo muito pesado, ter de vê-lo internado e ter de ir jogar. Eu lembro-me de ir brincar com o meu 'velho' em estado vegetativo, para logo depois ter de sair e ser o capitão do Boca Juniors. Se perdíamos, a culpa era minha e se ganhássemos os outros ficavam com os méritos», confessou Tévez.

«Comecei a não encontrar sentido em jogar futebol e aquele ano foi muito difícil para mim. Quando o meu pai morreu, eu disse 'porquê continuar?'. Eu não aguentava mais. Já não encontrava sentido na minha carreira, em continuar a treinar, em acordar cedo para continuar a jogar futebol. Então foi aí que decidi parar», acrescentou o ex-internacional argentino.

Carlos Tévez confessou que chegou mesmo a chorar durante os jogos: «Às vezes, quando marcava um golo ou jogava bem, no intervalo eu começava a chorar. Os meus companheiros sabiam muito bem da situação. Tinha que secar os olhos e ir para a segunda parte como se nada tivesse acontecido. Hoje, se me convidarem para jogar, não vou, não vou calçar as chuteiras. Mas se for com cerveja e churrasco, sim.»

Agora na nova aventura como treinador, Tévez abordou porque decidiu assumir o comando técnico do Independiente, em 2023, depois de ter começado a nova carreira no ano anterior no Rosario Central: «Gostei do desafio e foi também para demonstrar que nem todos pegariam num Independiente totalmente a arder para dar um estilo de jogo e lutar pelo título».

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