Mudança de governo na cabeça dos dirigentes dos clubes
Fotografia ilustrativa, relativa a uma reunião da Liga portugal. Foto: PAULO SANTOS/ASF

Mudança de governo na cabeça dos dirigentes dos clubes

NACIONAL27.03.202416:32

Responsáveis máximos pelos clubes portugueses atentos ao ciclo governativo que aí vem

No final da XII Cimeira de Presidentes, que se realizou esta quarta-feira, 27 de março, as opiniões dos três dirigentes que falaram aos jornalistas convergiram todas num ponto: a influência que o novo ciclo governativo terá - ou pode ter - na evolução do futebol português.

Armando Marques, presidente da SAD da União de Leiria

«Problemas? Essencialmente o novo quadro que aí vem das competições europeias, porque de facto não tem corrido muito bem a Portugal nos últimos anos, e com este desafio do novo quadro competitivo das ligas europeias, que mexe com algo fundamental para nós, as receitas, temos de estar atentos e elevar o nível de competitividade interno para depois fazermos mais e melhor lá fora. Tudo isto é fundamental, e essa receita que o futebol português necessita também é fundamental para que possamos continuar a crescer desportivamente. Prepararmo-nos para os desafios que aí vêm, juntamente com a centralização. Temos de estar todos alinhados e aproveitar o novo quadro governativo que aí vem, e o novo ciclo que virá na FPF.»

Bruno Vitorino, presidente da SAD do Torreense:

«As competições europeias afetam naturalmente mais os clubes da Primeira Liga, mas influencia todo o futebol profissional, nomeadamente na questão do mecanismo de solidariedade, que vai levar um upgrade com algum significado, e estamos na expetativa de poder encontrar aqui uma fonte de receita. Mas mais que isso, foram tratados aqui assuntos de primordial importância relativamente ao desenvolvimento do futebol profissional, aproveitando estes novos ciclos que se avizinham, quer no governo quer um pouco mais tarde na FPF, e encontrarmos um conjunto de soluções para valorizar um produto que é neste momento uma marca internacional e uma marca de referência de Portugal na Europa. »

«Termos o apoio governamental e das instituições que tutelam o desporto a nível europeu condizendo com o que é produzido pelo futebol profissional em Portugal, nomeadamente ao nível do que contribui para o PIB, que é demasiado significativo para que passe despercebido no que são os apoios disponíveis para este produto.»

Paulo Lopo, presidente da SAD do Estrela da Amadora:

«Cimeira importante em que contámos com a presença do presidente da UEFA e da ECA, em que percebemos qual a estratégia para o futuro e percebemos que Portugal está perfeitamente enquadrado no que é o novo panorama do futebol a nível europeu. Este ano é um ano de muitos desafios para o futebol, porque politicamente vai mudar um governo e isso é importante porque, às vezes, novas pessoas trazem novas ideias. Aproxima-se também as eleições da FPF, e todos sabemos o quanto isso é importante para o desenvolvimento do futebol no nosso país. É um ano de mudança, de otimismo para o futebol português.»