Uma minoria não trava a onda
Das 16 equipas presentes nos quartos de final da Champions e Liga Europa, apenas cinco não pertencem maioritariamente a capitais privados: Ajax, Eintracht Frankfurt, Barcelona, Benfica e FC Porto. A elite do futebol transformou-se num gigantesco caldeirão de investidores. Há de três tipos: os que usam clubes de futebol com fins estratégico/políticos (petrodólares do Catar no PSG e dos Emirados no Man. City e os rublos de Abramovich no Chelsea), o capitalismo familiar das sociedades desportivas italianas (Juventus e Nápoles) e o transporte do modelo americano para o soccer (Manchester United, Liverpool e Arsenal). Todos, porém, concordam numa coisa: quanto mais dinheiro ganharem, melhor. Não tenhamos, pois, muitas dúvidas: mais cedo ou mais tarde teremos a Champions aos fins de semana numa versão alargada (em nome da santa audiência na China), atirando os campeonatos nacionais para os dias de trabalho. Nem a UEFA terá poder para travar a onda. Caberá a cada liga/federação ter a criatividade de minorar o impacto.