Tom Brady até aos 50 anos
TOM BRADY, de 41 anos (fará 42 em agosto), joga amanhã pelos New England Patriots o 9.º Super Bowl, desta feita com os LA Rams, podendo alcançar a sexta vitória na carreira, feito que o tornaria premiado acima de qualquer jogador mas igualmente distinguido ao nível da equipa mais vencedora da história, os Pittsburgh Steelers, que venceram precisamente seis edições.
Analisando Brady, talvez mais do que aquilo que já fez, o que fascina é o que assumidamente planeia. Em entrevista à ESPN, admitiu vontade de jogar até aos 50, no mínimo até aos 45, portanto significativamente acima da idade média com a qual os quarterbacks costumam terminar as carreiras, 37 (dados da NFL). Brady quer jogar mais 8 anos do que o normal.
Cristiano Ronaldo, com 33 anos, também já explicou que espera jogar até aos 40, também 8 anos acima dos 32 de média de um avançado no fim da carreira (dados da Premier League).
A Ronaldo conhecem-se excentricidades na preparação física e a Brady outras relacionadas com a nutrição. Algures terão pontos de contacto, seguramente. São casos paradigmáticos de perturbação nas curvas de idade que podem ter importância acima da que agora conseguimos compreender. Os recordes que têm batido lançam desafio suplementar a quem se seguir: depois deles não bastará apenas o trabalho e o talento que costumavam dar-se como bastante para deixar marca, pois será precisa também capacidade física para jogar durante mais tempo. Ronaldo e Brady não querem ser apenas os melhores, querem ser os melhores durante muito mais tempo, 8 anos mais tempo. Com tanto trabalho e cuidado raramente aquilo a que pretensiosamente se chama talento pareceu tão insuficiente.