Tempo
(Este artigo foi escrito antes dos jogos de ontem de Benfica e FC Porto)
1. 16 dezembro: líder do Vasco da Gama segura Sá Pinto: «É preciso tempo.»; 29 dezembro: Sá Pinto despedido. No Brasil o tempo não tem tempo.
2. CR7 e Jorge Mendes: jogador e agente do século. Globe Soccer Awards sempre a surpreender. Não há limites para a glória. Nem para o narcisismo.
3. Após a «chapada jeitosa» em Paços, o FC Porto ganhou 11 jogos e empatou um (com o City). Conceição soube dar a outra face, a do trabalho.
4. Ano após ano, como no jogo Jenga, perde blocos de madeira que fazem abanar a torre, mas logo a estabiliza. Um grande treinador antes de um grande motivador. Não confundir a ordem.
5. Jesus prefere a negação enquanto a equipa joga ao nível das fases decadentes de Rui Vitória e Lage. Mobília premium que se exibe ao preço do IKEA.
6. Luisão é o jogador mais titulado da história do Benfica (20 troféus), o segundo com mais jogos (538) e o que mais vezes foi capitão (414). Se não tem estatuto para indignar-se à frente de todos, quem tem?
7. Empresário de Jesé: «Estamos a negociar com vários clubes.» Clubes noturnos ou clubes de futebol?
8. O Sporting entra no novo ano a liderar mas com restrições exibicionais. Teve estrelinha de campeão contra o Farense e constelação de campeão frente ao Belenenses SAD. A continuar assim ainda acaba a ver estrelas.
9. Um dia Neymar vai perceber porque tem muito mais convidados (150) na megafesta de final de ano do que votos para o prémio The Best (sete).
10. As críticas às arbitragens valeram punições do Conselho de Disciplina da FPF a Hugo Seco, do Farense (dois meses depois), ao SC Braga (três meses depois) e a Otávio (cinco meses depois). Na nossa justiça desportiva o tempo tem demasiado tempo.
P. S. - Que 2021 seja ano de esperança contra esta maldita pandemia que tira tempo à vida e vida ao tempo.