Sevilha de todos os sonhos e dúvidas...
Em tempos de porta fechada e Covid-19, as surpresas sucedem-se. Por isso, o FC Porto deve desconfiar da goleada do WBA ao Chelsea
O futebol em tempos de Covid-19 é uma caixinha de surpresas. Foi em contexto de pandemia que o Barcelona perdeu por 2-8 com o Bayern, ou que o Tottenham foi ganhar por 6-1 a Old Trafford, exemplos extremos de surpresas apenas explicáveis pelos apagões psicológicos dos jogadores, sem forças para reagir quando confrontados com bancadas vazias e adversários inspirados.
Mais de um ano depois de ser decretado o primeiro confinamento, o fator-Covid persiste e as surpresas não cessam de nos atingir, pulverizando a lógica e criando novos milionários nas apostas desportivas. Depois do Aston Villa ter goleado (7-2) o Liverpool campeão inglês em Birmingham, ou do Manchester City ter sido estilhaçado em casa pelo Leicester (2-5), chegou agora a vez do condenado WBA ir ganhar, de forma enfática, a Stamford Bridge(5-2), em vésperas de um Chelsea-FC Porto para a Champions.
Que ilações devem os dragões tirar deste resultado deveras surpreendente? Nenhumas, digo eu, cada jogo tem a sua história e Sérgio Conceição só fará bem se desconfiar do que ficou escrito no marcador eletrónico do estádio dos blues de Londres. O triunfo do WBA foi um acidente de percurso para a equipa de Thomas Tuchel, que apenas terá tido o condão de colocar em estado de alerta máximo os jogadores do clube de Roman Abramovich, alertando-os ainda mais para importância de uns quartos de final da Champions.
Ao FC Porto caberá fazer o seu jogo, criando condições para expor, sempre que possível, as fragilidades defensivas do adversário, que se pensavam erradicadas a partir do momento em que Tuchel substituiu Lampard.
Os dragões, que sobreviveram à justa ao teste do Santa Clara, mais do que condições para sonhar, têm a real possibilidade de discutir uma eliminatória que abre as portas do paraíso. Quanto muito, o WBA apenas evidenciou esta realidade.
E M época de enorme irregularidade benfiquista nas modalidades de pavilhão, o voleibol voltou a não falhar, confirmando a hegemonia de que goza no panorama nacional. Mais difíceis de explicar são outros resultados, com o hóquei em patins à cabeça, com a equipa a mostrar-se muito distante dos tempos de glória sob a batuta de Pedro Nunes...
ÁS – TONI MARTÍNEZ
O avançado espanhol que o FC Porto foi buscar a Famalicão saiu da sombra de Taremi e Marega e marcou, à beira do apito final, o golo que valeu a vitória dos dragões sobre o Santa Clara. O futuro dirá da importância dos dois pontos que os portistas somaram a mais. Para Toni Martínez foi fazer prova de vida.
ÁS – RICARDO SOARES
O treinador do Gil Vicente está a viver um momento particularmente doce na carreira, na sequência de três vitórias - em Guimarães e em Vila do Conde, e em Barcelos, com o Nacional - que colocaram os galos na nona posição da tabela, com uma folga pontual generosa sobre a linha de água...
DUQUE – NEYMAR
Tanto talento desperdiçado em Neymar! Aquele que devia ter sido o sucessor de Ronaldo e Messi no trono do futebol continua a falhar oportunidades de afirmação, passando ao lado da consagração esperada. No sábado, quando o PSG ainda lutava pelo empate com o Lille, a cabeça voltou a traí-lo e foi expulso.