Respeito e igualdade

OPINIÃO04.10.201904:03

Temos vivido tempos de mudança social. O pós II Grande Guerra, principalmente a partir do final dos anos 50, marcou a luta pelos direitos civis e pela igualdade. Direitos e deveres que todos conhecemos, ou devíamos conhecer. Mas o exagero e extremismo económico dos últimos anos, nomeadamente pelo abdicar de valores fundamentais, coloca em causa a luta de tantos, alguns com a perda da própria vida. É inaceitável. Além de ser errado, até do ponto de vista da gestão dos recursos humanos. Nem oito nem oitenta e oito. Não pode valer tudo para se atingirem objectivos, mas também não é de forma cega que se evolui no sentido da igualdade e do respeito por todos, e pelas suas diferenças.

Os reflexos na gestão das competições, de modalidades individuais ou colectivas ou de atletas, são visíveis. Vou referir duas questões na actual agenda: o direito à maternidade de todas as mulheres atletas e o considerar acto racista tudo o que implique referência ao tipo de pele. Da minha experiência, se há actividade em que a inclusão é realidade, e um exemplo para a sociedade, é o desporto. Não será por ultrapassarmos o espírito da Lei, querendo ser mais papistas que o Papa, que vencemos este grave problema. Todos somos iguais perante a Lei, como tal o desporto deve ser exemplo e não condenar antecipadamente actos irrelevantes para o principal objectivo.

As mulheres têm vindo a aumentar a sua participação no desporto de competição e a aumentar a importância do mesmo na sociedade. Elas são as futuras mães, claramente com uma abordagem diferente, para melhor, no que diz respeito à educação dos futuros praticantes.

Não consigo perceber como não se entende a importância das mulheres, e da maternidade, no desporto, e em particular no futebol. Claro que me interessa fundamentalmente a sua inclusão, mas se quiserem analisar a componente económica, verificam que o futuro se faz com mais mulheres no desporto.