Quem é, afinal, o melhor de sempre?
Vários períodos, vários craques: Di Stéfano, Pelé, Maradona, Ronaldo Nazário, Zidane, Messi e Cristiano Ronaldo (sem esquecer Cruyff, sff)
QUEM é o melhor futebolista mundial de todos os tempos? A pergunta ganhou força com a vitória da Argentina de Lionel Messi no Mundial-2022. Porém, a resposta não é fácil e gira, quase sempre, em redor de pouco mais de dez nomes. Di Stéfano, Pelé, Cruyff, Beckenbauer, Eusébio, Maradona, Platini, Zico, Romário, Zidane, Ronaldo Nazário, Ronaldinho Gaúcho, Cristiano Ronaldo ou Messi.
LA SAETA RUBIA
Para facilitar as coisas, dividamos o futebol mundial em cinco períodos. Entre 1930 e 1954 (cinco Mundiais) os mais fortes foram o argentino Stábile, o uruguaio Schiaffino, os italianos Meazza e Piola, os brasileiros Leônidas e Didi, o inglês Matthews, o hispano-húngaro Puskás e o hispano-argentino Di Stéfano. O melhor terá sido, por tudo o que se escreveu e por algumas imagens que ainda perduram, Di Stéfano, la saeta rubia. Que nunca disputou qualquer fase final de um Mundial.
O REI
De 1954 a 1970 (quatro Mundiais) apareceram em grande os brasileiros Pelé, Garrincha e Vavá, os italianos Facchetti, Riva e Rivera, o inglês Charlton, o português Eusébio, o irlandês Best, o argentino Sivori, o escocês Law, o francês Fontaine e o checoslovaco Masopust. Só Pelé, Garrincha, Vavá e Charlton foram campeões do Mundo. Pelé, claro, é o melhor desta fase e com nada menos de três títulos mundiais.
EL DIEGO
A seguir, entre 1970 e 1986 (quatro Mundiais), os mais virtuosos foram os neerlandeses Cruyff e Neeskens, os alemães Beckenbauer, Muller e Rummenigge, o argentino Maradona, o inglês Keegan e os brasileiros Zico, Sócrates e Falcão. Só Beckenbauer, Muller e Maradona foram campeões do Mundo. E não é difícil afirmar que, neste período, o mais forte de todos foi Maradona. Sem esquecer Cruyff...
FENÓMENO E ZIZOU
De 1986 a 2000 (três Mundiais), muitos nomes apareceram e chegaram ao topo do futebol mundial. Os brasileiros Romário, Bebeto, Rivaldo e Ronaldo, os alemães Matthaus e Littbarski, o inglês Gascoigne, os italianos Baresi, Maldini, Baggio e Del Piero, o inglês Beckham, os franceses Zidane e Henry, os portugueses Futre, Figo e Rui Costa, os neerlandeses Van Basten, Gullit e Rijkaard e o búlgaro Stoitchkov. Difícil escolha entre Ronaldo Nazário e Zinedine Zidane.
LEO-CRIS
Finalmente, neste século (seis Mundiais) surgiram os brasileiros Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Neymar, os espanhóis Xavi e Iniesta, os portugueses Deco e Ronaldo, os argentinos Messi e Aguero, os ingleses Lampard, Rooney e Kane, o italiano Pirlo, os neerlandeses Van Persie, Sneijder e Robben, os alemães Ozil e Kroos, o belga De Bruyne, os franceses Benzema, Griezmann e Mbappé e o croata Modric. A dúvida será sempre entre Messi e Ronaldo. Terá o argentino desequilibrado a balança em seu favor? É provável. A luta para melhor futebolista de todos os tempos ficaria assim, na nossa opinião, disputar-se-ia entre Di Stéfano, Pelé, Maradona, Ronaldo Nazário, Zidane, Messi e Cristiano Ronaldo. Complicadíssima escolha entre jogadores bem diferentes: goleadores, virtuosos e goleadores-virtuosos. E você, caro leitor? Eu, por mim, não esqueço Cruyff.