Prémio
Francisco J. Marques: «Não há memória.» Não há memória mas há ‘YouTube’
1. «Não há lufada de ar fresco nenhuma», disse Bruno Fernandes após a goleada (6-0) de Portugal no Luxemburgo, para depois vir acusar o jornalismo português de estar «podre». Isto fez-me lembrar aquele caso recente do cidadão espanhol da zona de Valência que entendeu ter o direito de andar nu na rua e um tribunal deu-lhe razão. Deduzo que na perspetiva de Bruno Fernandes todos os jornais que deram esta notícia devem ser acusados de atentado ao pudor, certo?
2. Pepa é o novo treinador do Cruzeiro e tem feito furor o facto de os adeptos acharem que é ‘a cara’ do ator Vin Diesel. Só espero que não seja despedido com Velocidade Furiosa.
3. O FC Porto foi distinguido pela Liga com o prémio de Responsabilidade Social, pela campanha ‘Fome Zero’. E ter um presidente que diz que «o inimigo está a 300 quilómetros» não dá direito a outro prémio da Liga, o de Irresponsabilidade Social?
4. Aursnes: «Não preciso de ser manchete.» De facto, o médio norueguês do Benfica tem o perfil de uma breve, mas joga para primeira página. Mesmo que não queira.
5. Segundo um estudo divulgado no seminário Estádios de Sítio, sobre o comportamento das claques em jogos da UEFA em Portugal, os No Name Boys (Benfica) lideram a lista de incidentes da época com 401 registos, seguidos da Juve Leo (Sporting), com 172, e dos Super Dragões (FC Porto), com 138. Só uma dúvida: este campeonato da delinquência e da pouca-vergonha decide-se por pontos ou no sistema de play-off com final?
6. Francisco J. Marques sobre o processo César Boaventura/Benfica. «Não há memória no futebol português de um caso com esta dimensão.» Não há memória, mas há YouTube.
7. A APAF defende a perda de pontos para os clubes em caso de violência nos estádios. Ou muito me engano ou a tabela classificativa ia parecer a tabela de temperaturas da Sibéria.