Por fim, uma ideia!
Mais de ano e meio de presidência, e esta pode vir a ser a melhor ideia saída da liderança errática de Frederico Varandas. No sábado, cerca de uma semana depois de ter vindo a público que o Sporting conseguiu acionar uma cláusula de rescisão (a de Rúben Amorim) sem ter dinheiro para pagá-la e a precisar de chegar a acordo com o outro clube (o SC Braga) - dois pressupostos que contrariam desde logo a natureza de tais cláusulas -, A BOLA escreveu sobre aquele que poderá vir a ser o rumo dos leões para os próximos tempos: recuperar no mercado referências saídas da formação.
O Sporting tem sido uma aberração no mercado de transferências e nem um ou outro bom apontamento deixado por Sporar apaga tudo o que se passou. Queimou, entretanto, cinco treinadores, dois deles interinos, sempre que Varandas se deixou levar pela emoção em detrimento da racionalidade que o lugar exige. Tantos erros depois, surge finalmente a luz ao fundo do túnel, embora seja ainda apenas uma ideia, com tudo por concretizar. O desinvestimento anterior a esta direção na Academia de Alcochete sugere-nos que não serão de esperar grandes pérolas nos próximos anos, quanto mais sustentar aí a recuperação desportiva. Sem dinheiro e sem uma formação extensa, os leões precisam de errar ainda menos no mercado.
Evocar a ligação emocional ao clube de alguns jogadores - num plano sempre faseado, que distribua o investimento, mas também a expectativa, que tem de ser bem mais baixa do que antes - poderá ser o segredo para criar a base em que o futuro assentará: uma espinha dorsal que sustente a juventude que existe e a que irá desabrochar, e os tais reforços cirúrgicos. Nomes como Adrien e João Mário, entre outros, fazem todo o sentido. E a bem do Sporting, é preciso que sejam mais do que apenas uma ideia.