Leão agarra-se à ‘teoria do jogo a jogo’
O Sporting precisa de fazer tudo para garantir o acesso à próxima Champions, sob pena de voltar a perder o comboio...
APESAR de vir de um empate na Luz, nem nos piores pesadelos de Rúben Amorim devia caber o cenário periclitante em que o Sporting se encontra, disputadas que estão 16 das 34 jornadas da Liga. A luta pela Liga dos Campeões, onde os clubes portugueses podem ter entrada direta através de um dos dois primeiros lugares, ou indireta, tendo de jogar pré-eliminatória e play-off, se a colocação final for o terceiro posto, está nesta altura incrivelmente difícil para o Sporting, que dista doze pontos da liderança, mas que também está a oito do segundo classificado e a sete do terceiro.
Convenhamos que o principal problema dos leões na época em curso tem sido a inconstância, tanto realizam exibições de encher o olho, como perdem pontos e eliminatórias nas mais surpreendentes circunstâncias. Não fugindo da realidade interna, constata-se que, nas partidas com os outros candidatos à Champions, a equipa de Rúben Amorim esteve três vezes em vantagem em Braga, e deixou-se empatar; na Luz liderou o marcador duas vezes e acabou também com uma igualdade; e no Dragão, onde perdeu com clareza, deveu essa derrota mais a erros individuais do que ao coletivo.
Se quiserem continuar a acalentar a esperança de mergulhar, em 2023/2024, na piscina dos milhões da UEFA, os leões têm, em primeiro lugar, de recuperar a consistência, para não repetirem Chaves, Arouca, Boavista ou Marítimo. Mas não só. Tornou-se igualmente imperioso chegar à vitória nas jornadas 18.ª (1 de fevereiro) e 20.ª (12 de fevereiro) quando receberem o SC Braga e o FC Porto. É por tudo isto que as duas últimas jornadas da Liga, não obstante não terem saído da Luz de mãos a abanar, foram tão penalizadoras, com um custo de cinco pontos.
Sabendo-se que os jogos com arsenalistas e dragões acontecem já depois do fecho do mercado de inverno, o que deve fazer a SAD leonina? Apostar na prata da casa (e há jogadores decisivos, como Porro ou Edwards, a serem cobiçados por clubes da Premier League, o que pode encher cofres mas não deixará de agravar a questão do plantel), ou ir às compras, com critério, como tem sido apanágio de Amorim, de forma a atacar a segunda volta com melhores argumentos? Estamos perante decisões difíceis, que serão julgadas pelos resultados obtidos, suscetíveis de definir uma liderança.
ÁS — CARLOS SILVA
Carlos Silva, 71, uma das maiores figuras do andebol português, vencedor, no Sporting, de 8 campeonatos e 7 Taças, foi condecorado por Carlos Moedas, presidente da CM Lisboa, com a Medalha de Mérito Municipal Desportivo. Justíssima a distinção, e também importante o sinal dado: há vida para além do futebol.
ÁS — ERIC TEN HAG
Não há como dizê-lo de outra forma. CR7 (peso específico, história, estatuto) estava a atrapalhar os planos de Ten Hag, que tudo fez, até emboscadas, para forçar a saída do capitão da Seleção Nacional. A verdade é que, perdendo o seu navio-almirante, a armada dos red devils uniu-se e funciona agora como uma equipa coesa…
DUQUE — JURGEN KLOPP
Arredado do título e a sete pontos da zona Champions, a pergunta é quo vadis reds? A magia de Klopp, o treinador rock-star que devolveu o título ao Liverpool depois de duas décadas, esgotou-se? Resta-lhe um all in na Liga dos Campeões, frete ao Real Madrid. Uma espécie de Hail Mary, quando o clube já está à venda…