Hesitação ou Diogo Costa?
Não é no segredo que está o negócio!
Além de João Félix, de Herrera e de Felipe, o Atlético de Madrid - que tem, manifestamente, olho para a coisa - acaba de contratar um quarto jogador em Portugal. Trata-se de Saponjic, atleta que os colchoneros dizem seguir desde o Mundial de sub-20 na Nova Zelândia, em 2015. Ou seja, 4 anos de sábia, atenta e minuciosa observação. Mas pergunta-se: observar o quê, onde e quando, se o dito Saponjic nunca jogou um minuto sequer na equipa principal do Benfica durante este período? Só mais uma curiosidade: qual é a cotação de mercado desta ostra, perdão, queria dizer pérola? Será que estamos perante outro Jovic?
Um Viva para os matrecos
Aseleção nacional de juniores de matraquilhos venceu a França, resultado que lhe permitiu conquistar uma brilhante medalha de bronze no Mundial da categoria, realizado em Múrcia entre 3 e 7 de julho.
Futebola
NÃO aprecio, mas já vi, evidentemente, jogos das modalidades conhecidas como futsal e futebol de praia. Não sou adepto mas, ressalve-se, também não tenho nada contra. Só não gosto é que lhes chamem futebol - porque não são futebol. Bem sei que se jogam com os pés e uma bola, mas também o voleibol e o basquetebol se jogam unicamente com as mãos e nem por isso são chamados andebol de rede ou andebol de tabelas. Adiante. Serve o ora declarado para confessar que uma partida de futebol feminino era coisa que nunca tinha visto em toda a minha vida. Até que no último fim de semana descobri que se ia disputar a final do Mundial, entre a Holanda, campeã da Europa, e os USA, detentores do título. Claro que não resisti à curiosidade e lá resolvi espreitar como seria aquilo. Tenho de o assumir sem reservas: fiquei siderado. Não interessa saber se poderiam jogar contra o outro género. Importa sim reconhecer que vi, espantado, um nível de jogo, sobretudo enquanto persistiu o empate, não inferior ao patenteado em desafios quase simultâneos a contar para a Copa América ou para a CAN.
João Sousa
NO All England Club, o melhor tenista português de sempre, João Sousa, foi eliminado pelo espanhol Rafael Nadal em três sets (triplo 6-2), nos oitavos de final do torneio de Wimbledon. Segundo o vencido, o vencedor, número 2 mundial, «esteve irrepreensível, fez um encontro incrível e só me resta dar-lhe os parabéns e desejar-lhe o melhor para o resto do torneio». E o vimaranense, que foi o primeiro português a disputar os oitavos de final de Wimbledon, à semelhança do sucedido em 2018 no US Open, disse mais: «É sempre bom deixar o nome de Portugal na história do ténis. É um orgulho para mim.» Para nós também é um orgulho sermos representados por um atleta que se porta como um senhor de boas maneiras.
O fim de uma arma letal
COM o abandono de Jonas o futebol português fica incomparavelmente mais pobre. Ele foi, simplesmente, um dos mais elegantes e inteligentes jogadores que vi nos últimos anos. Chamavam-lhe pistolas, mas arma letal seria bem mais adequado. Só tenho pena da atitude anti-desportiva que teve para com Nuno Espírito Santo.
Outro regresso
Marcano esteve quatro épocas no Dragão, conquistou o estatuto de sub-capitão e saiu há um ano para a Roma. Segundo a imprensa italiana, os dragões vão pagar cerca de 5 milhões de euros pelo passe do central espanhol, agora com 32 anos. Desportivamente, fico satisfeito com o seu regresso. Mas pagar por isso, quando havia saído a custo zero, não tem, simplesmente, explicação plausível.
Onde está Wally, o guarda-redes?
Depois de tantos nomes sugeridos para a baliza do FCP, persiste a omissão da contratação de um novo guardião. Ou será que tanta hesitação na escolha poderá dever-se ao facto de Diogo Costa estar a convencer Sérgio Conceição?
Filhos & Filhos
EM Maio passado, o presidente do FC Porto insurgiu-se contra os «adversários que vestem de preto, andam com um apito na boca ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão». Em consequência, foi denunciado pelo Conselho de Arbitragem e pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol.
Precisamente um ano antes, na Amadora, um grupo de cidadãos insultou e agrediu agentes da autoridade, sendo que um deles, conforme consta dos autos, «chegou a verbalizar a expressão ‘filho da puta’ para o agente que o agarrava», ao que ainda acrescentou «filho da puta não faças isso».
As declarações prestadas por Pinto da Costa levaram a que o Conselho de Disciplina tenha agora condenado o líder portista a 90 dias de suspensão e multa de 11.480 euros.
Já o cidadão da Amadora que, de modo repetido, chamou «filho da puta» a um agente da autoridade não foi acusado de nada, posto que, conforme concluiu o respectivo inquérito penal, «estas palavras só por si e no exato contexto factual em que foram proferidas, não têm o animus de ofender quem quer que seja, funcionando antes como um ‘grito de revolta’, uma manifestação de exaltação e indignação».
Ou seja: se o presidente portista quiser voltar a criticar a arbitragem, sem ser punido por isso, das duas uma: i) ou vai fazê-lo para a Amadora, ou ii) usa as mesmíssimas palavras proferidas pelo amadorense, a título de ‘grito de revolta’, ou ‘manifestação de exaltação e indignação’.