‘Grand et petit’...
Significa em português, grande e pequeno! Grande é um adjectivo de dois géneros; pequeno é um adjectivo masculino, sendo pequena o correspondente no género feminino. Há grandes homens e grandes mulheres; há pequenos homens e pequenas mulheres. Há mulheres grandes e homens grandes; há homens pequenos e mulheres pequenas. Nem sempre os homens grandes são grandes homens; nem sempre as mulheres grandes são grandes mulheres!
Um homem ou uma mulher grandes são geralmente aqueles ou aquelas que têm dimensões maiores que o habitual, seja em altura, largura ou diâmetro. Pelo contrário, homens ou mulheres pequenas são aqueles ou aquelas cuja estatura é inferior à média. É esta média que oscila e é muito diferente de país para país, dependendo de diversos factores, que não me cabem a mim apontar, desde já, por falta de conhecimentos, além de espaço. Estamos a falar das dimensões físicas.
Quando entramos na dimensão humana dos homens ou das mulheres falamos em grandes homens ou grandes mulheres quando têm importância e influência, são ilustres e respeitáveis, que revelam coragem, heroísmo; e falamos em pequenez humana quando se trata de pessoas mesquinhas, miseráveis, de baixo carácter.
Falando agora sobre os grandes e os pequenos do desporto e do futebol começo por falar de um ‘Petit’ em todas as dimensões, designadamente, no próprio nome. Enquanto treinador teve uma intervenção a justificar o injustificável. Por isso logo apareceram os cartilheiros habituais com um discurso que só revela a pequenez de raciocínio e a falta de vergonha do treinador. Grande, por exemplo, é o treinador Vítor Oliveira que, tendo um discurso humilde e sensato, acrescentou ao seu currículo mais uma subida (a 11.ª) de divisão. Aquele uma nódoa inapagável na primeira liga; este uma nota positiva na segunda liga.
Sábado, em Alvalade, Rui Costa a arbitrar. Não se compreende como é que continua a pisar os relvados, fazendo más arbitragens atrás umas das outras. Dizem que se mantém por ser irmão de Paulo Costa, homem da Associação de Futebol do Porto, e que é tido por ter grande influência na arbitragem. Rui Costa é um pequeno artista de grande incompetência!
O fim-de- semana passado demonstrou, mais uma vez, que continua a haver apenas 3 Grandes em Portugal, porque o candidato a quarto, mesmo que alcance essa posição, não consegue adquirir estatuto, e por culpa própria. Tem um treinador que, em certas ocasiões, tem um grande e barulhento discurso, mas de pequeno conteúdo, para não falar em vazio. No Domingo passado, após mais uma copiosa derrota, a sua arrogância foi nula e até meteu dó a forma como justificou ter jogado futebol na primeira parte e ter ficado a assistir à segunda parte. Temor reverencial de quem tem uma escala de valores limitada.
Que é aliás a escala de valores de quem lhe paga o grande ou pequeno salário. Também esse procura ser grande, mas não passa de arrogante, embora pequeno no tamanho! Só a ele lembraria pedir para lhe escreverem aquele comunicado, que é uma cartilha de grande seguida por um pequeno.
Grandes foram os sub-19 do Futebol Clube de Porto a demonstrar que num país pequeno se podem formar grandes jogadores, capazes de alcançar grandes vitórias. Para além de felicitar o clube, não posso deixar de me interrogar como é os grandes em Portugal se conformam em ser pequenos na Europa, isto é, não encontram, em conjunto, soluções para poder manter parte da sua formação e ser assim mais competitivos. Se têm matéria prima não acham que encontram investidores?
Grande foi, é e será Iker Casillas, um dos melhores guarda-redes do mundo que o Futebol Clube do Porto importou para jogar no acanhado futebol português. Grande foi a onda de solidariedade que se ergueu perante a noticia que nos deixou estupefactos. Como é possível, perguntamos todos, na nossa fragilidade humana? Na verdade, se isto acontece a quem não tem por hábito ir ao médico, compreende-se; agora num atleta que é diariamente vigiado, como é possível? É isto que nos faz sentir pequenos! Não estou ansioso por saber se podemos ou não continuar a ver Casillas nos nossos campos e estádios. Primeiro o homem, um grande homem, que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, mas a quem desejo as maiores felicidades pessoais e familiares!
Grande, e em grande, está o futsal do Sporting Clube de Portugal que acaba de conquistar a Liga dos Campeões de Futsal da época de 2018/2019. Este um grande feito na melhor tradição do ecletismo leonino. E, provavelmente, não chegava este artigo para descrever todo o historial de sucessos de Futsal do Sporting.
Parabéns a todos os que contribuíram, directa e indirectamente, para esta história de sucesso!
E, independentemente, de todo o orgulho e júbilo que nos causa a todos este triunfo europeu, importa meditar e extrair ilações, passada a euforia que estamos a viver, e que devemos saborear. Todos nós nos devemos perguntar - e sabe-se que nos perguntamos mesmo - porquê todo este sucesso nas modalidades em geral e, em particular, no futsal.
Alguns querem ignorar a resposta, que aliás é simples. Não há segredos: há esforço, há dedicação e há devoção e, por isso, há estabilidade. Já todos sabemos que o Sporting muda de Direção como quem muda de camisa; muda de treinador como quem muda de calças. Mas, felizmente, mudam-se os tempos e as vontades, mudam-se os presidentes e as direcções, mas permanecem os verdadeiros operários do ecletismo: os seccionistas, os diretores, os coordenadores, etc.
O futsal é também esse exemplo de estabilidade. Miguel Albuquerque é dirigente do futsal, salvo erro, desde 2011/12 (hoje Director-Geral das modalidades) e o actual treinador da equipa principal, Nuno Dias, também está no clube desde 2012. E depois não é só a estabilidade, mas também a competência. Estabilidade e competência não são o segredo, mas são manifestamente a receita do sucesso. E por aqui se percebe porque, para além de outros factores, são mais raros os sucessos do futebol.
Estão pois de parabéns um grande dirigente, Miguel Albuquerque, um grande treinador Nuno Dias, os grandes jogadores que compõem o plantel e todos os restantes grandes elementos que formam um todo que é o nosso orgulho. Bem hajam porque eles, entre muitos outros, são os obreiros de um clube tão grande como os maiores da Europa, como desejou e profetizou o Visconde de Alvalade.
O mal das sociedades modernas não está no tamanho físico dos homens ou das mulheres, mas na dimensão do carácter, ou melhor, na falta dele: na falta de seriedade com que se pensa, na falta de brio com que se trabalha, na falta de certeza com que se decide.
Bem gostaria que o carácter fosse à grande e à francesa, mas infelizmente é à grande para uns, e, para outros... à petit!...