Em Dortmund (ou talvez não)
Recomeça. Em Dortmund, contra o Schalke. Fui estudar, não quero que algo me falhe em dia assim: Dortmund fica na Renânia do Norte-Vestefália, região que traz nas armas o cavalo que o líder saxão Vidukindo cavalgou após o batismo, ele que, danado, aproveitara o ano de 782 para converter todos lá da zona ao cristianismo (a bem ou a mal). Isto aconteceu quando, longe, falecia Konin, o 49.º imperador do Japão, que fora antecedido pela imperatriz Shotoku, esta sobretudo lembrada por uma relação extraconjugal com um monge budista (são os piores). O budismo, não nos percamos, é em parte consequência dos primeiros contactos entre a Ásia e a Europa pela rota da seda, percurso que era importante antes de Vasco da Gama ter descoberto o caminho marítimo para a Índia e muito antes (mesmo muito, aliás) de ter aberto um restaurante português em Colónia, Alemanha, na Liebistrasse, 120, que se chama Vasco da Gama e com elogios a bitoques e bacalhau assado que se traduzem em 4 estrelas no Tripadvisor. O nome rota da seda - dizia eu antes de perder o fio à meada deste texto - resultou da tradução do alemão Seidenstrasse, a denominação da rota feita pelo geógrafo Ferdinand von Richthofen, que está sepultado no cemitério de Sudwestkirchhof Stahnsdorf, em Berlim, vizinho do realizador F. W. Murnau, também por lá enterrado. Este, por sua vez, nascera em Bielefeld, na mesma Renânia do Norte-Vestefália, em 1889, no ano (quem diria) em que se fundou o Viktoria Berlim, o clube de futebol mais antigo da Alemanha e que, para que não se pense que isto ia dar a lado nenhuma, defrontou o Dortmund 25 vezes na primeira divisão. Estou pronto. Vai sempre tudo parar ao futebol, se saltarmos de link em link na Wikipedia.