Depressa e bem há pouco quem
Assim tão bom?
RENATO SANCHES sobre Renato Sanches: «Eu conheço-me, sou bom!». Ou seja: «O Renato que está sentado aqui é o mesmo Renato da temporada passada. Mas há dois anos era diferente. Não estava maduro o suficiente. Se não jogares, perdes confiança, perdes tudo. Sou jovem e preciso de confiança. Se não jogas durante dez jogos começas a acreditar que não és suficientemente bom. Mas eu conheço-me e sei que sou bom.»
B de balbúrdia
Também a equipa B portista já se apresentou ao trabalho. Foram vinte e seis os jogadores que assinaram o ponto nessa primeira sessão. Vinte e seis, portanto, entre os quais Tony Djim, Musa Yahaya, Cristopher Lungoyi, Boris Enow, Taddeus Nkeng, Ángel Yesid, Mor Ndiaye e Emerson Souza. Tudo gente da melhor cepa nortenha e formada nas escolas da casa. A estes haverá ainda que juntar, naturalmente, os seis (Francisco Meixedo, Tiago Lopes, Levi Faustino, Vítor Ferreira, João Mário e Fábio Vieira) que estão a representar a Seleção sub-19 na disputa do Europeu da categoria. E isto sem mencionar aqueles outros oito que presentemente já estão envolvidos no estágio da equipa principal: Mbaye, Diogo Costa, Diogo Queirós, Diogo Leite, Romário Baró, Madi Queta, Tomás Esteves e Fábio Silva.
Acresce igualmente a estranha inclusão inicial do nome de Mikel Agu no plantel da equipa B. Certamente que haverá uma explicação para o facto. Duvido é que seja desportiva. Como não menos surpreendente foi a dispensa de Oleg. Espanto maior só o provocado pela concomitante renovação do contrato de Luís Mata para o mesmo posto. Resumindo: uma balbúrdia pegada. Deste modo, ouso pedir licença para uma simples mas - estou inteiramente seguro - muy virtuosa proposta. Esta em concreto: a designação de Jesualdo Ferreira como responsável máximo, dotado de plenos poderes, para todos os escalões, desde os infantis até à equipa B.
Bem feito!
Diz-se que depressa e bem há pouco quem. E se verdade é que o Dragão começou tardiamente a tarefa de identificação das peças em falta no xadrez da equipa, há que reconhecer-se também que as aquisições feitas, além de desportivamente criteriosas, foram até parcimoniosas. Nakajima, não por acaso aquele cuja aquisição foi a mais onerosa, pode ser apresentado como o paradigma maior de um novo estilo de abordagem aos mercados. Persiste só, como tema ainda pendente, o acerto na eventual escolha de um novo guarda-redes, bem como dos substitutos de uma ou outra baixa que o mercado ainda possa causar, à imagem do ora sucedido com a inesperada saída de Óliver Torres. Não sei quem nem se alguém virá para o seu lugar. Sei apenas qual seria a minha primeira opção para o efeito: o também espanhol Daniel Olmo, 21 anos, médio do Dínamo de Zagreb.
Uma última palavra, em forma de lamento, sobre este tópico: que pena o FC Porto não ter optado, em devido tempo, por Diogo Jota, em vez de Ádrian e Óliver. Mas estes, aos olhos perscrutadores e infalíveis de Lopetegui, provinham desse fascinante clube que é o segundo maior de Madrid, enquanto aquele não passava de um rapaz da capital do móvel…
Lunáticos
Cumpriu-se esta semana o cinquentenário da chegada do homem à Lua. Nos nove dias que mediaram entre 16 e 24 de Julho de 1969, a humanidade inteira voou até à Lua e regressou à Terra. Segundo as imortais palavras de Neil Armstrong: «Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade.» A estada do primeiro homem na Lua, um entre 400 mil funcionários da NASA envolvidos na missão Apollo, durou apenas duas horas e meia, tendo sido testemunhada, em direto, através da televisão, por um quinto dos habitantes do planeta. Não levou tanto tempo como a final de Wimbledon mas teve maior audiência.
Entrevista rápida
- Agora que já todas as equipas regressaram ao trabalho, como antevê a próxima época?
- Com o maior optimismo, obviamente, atendendo à forma como estamos a trabalhar.
- Já tem em mente, presumo, um onze titular?
- Quase, quase.
- Essa incerteza advém do modelo de jogo a adoptar?
- Primeiro, cuidado, muito cuidadinho, com as palavras, porque eu sei sempre o que quero. Logo, não vivo com incertezas. Agora o que se passa é que há variáveis que, infelizmente, não posso controlar.
- De que tipo?
- Do tipo contratar os reforços.
- Mas o actual plantel não lhe dá garantias mais do que suficientes para alcançar os objectivos anunciados?
- Sim, dá, mas com os ajustes que preconizei.
- E que são?
- Apenas mais um guarda-redes, dois centrais, dois laterais, três médios, dois extremos e dois pontas de lança.