Toca a resolver o que já devia estar feito
Estamos avisados e conscientes dos perigos desta Macedónia do Norte. O jogo não está ganho, mas é para ganhar!
O BRIGADO, Itália. Pelo menos, não fôssemos estar distraídos, avisaste-nos para o perigo público que representa a Macedónia do Norte. Quem? Sim, a Macedónia do Norte, pequeno país de dois milhões de habitantes, encravado entre Albânia, Grécia, Bulgária, Kosovo e Sérvia, que em termos futebolísticos não só varreu a Itália, em Palermo, do play-off de acesso ao Catar, como antes, na fase de grupos, foi a Duisburgo derrotar a Alemanha de Low por 2-1. Na segunda volta, já com Hansi Flick aos comandos, os germânicos só tiveram dificuldade em abrir a contagem (Havertz, 50’), e depois foi bar aberto até ao 0-4 final. Porém, os três pontos ganhos pela Macedónia do Norte na Alemanha foram decisivos para chegar ao play-off, com um ponto mais que a Roménia, terceira classificada do Grupo J. E na Sicília escreveram história…
Bom, já sabemos daquilo que a Macedónia do Norte é capaz, e também conhecemos os métodos: o segredo está num autocarro implacável, secundado por ações de sniper que provocaram danos em dois tetracampeões mundiais. E agora, como desarmadilhar este derradeiro obstáculo?
Fernando Santos, nos últimos meses saco de pancada deste País que tem como derradeira palavra da sua maior obra literária «inveja», arriscou muito quando deu a titularidade frente à Turquia a Otávio, e ainda mais quando fez o mesmo relativamente a Diogo Costa. Arriscou, petiscou e ganhou. Mas contra a Macedónia do Norte as premissas não são as mesmas, espera-se um catennacio feroz, que gosta de defrontar equipas que sejam como mosca em montra de pastelaria, só pousam mas não comem. Aqui chegados, vamos diretamente à pergunta sacramental: deve jogar-se, neste contexto, com André Silva, um target player que fixe dois ou três adversários e crie espaços para os restantes atacantes? Se assim for, porque não podemos jogar com doze, quem sai? Bruno Fernandes, discreto contra a Turquia, forçando um 4x4x2 que teria um duplo pivot formado por Moutinho e Otávio, Bernardo na direita e Jota na esquerda, ficando a frente entregue a Cristiano Ronaldo, nas costas de André Silva? Todos, na FPF, do presidente ao selecionador, dos jogadores ao staff, sabem o que está em jogo amanhã no Dragão. A hora é de esperança e de confiança. Nada está ganho, mas é para ganhar!
ÁS – FERNANDO SANTOS
CHEGA ao jogo de todos os perigos com a consciência de quem não se poupou a riscos para derrotar a Turquia. O selecionador nacional de maior sucesso na história do futebol português, que tinha fama de pé frio, espera que a sorte não lhe vire as costas na derradeira prova de fogo, rumo ao Catar. Break a leg.
ÁS – MAX VERSTAPPEN
O campeão do Mundo venceu um espetacular (explosivo seria de mau gosto...) Grande Prémio da Arábia Saudita, depois de um luta épica, de poder a poder, como diriam os espanhóis, com o ferrarista Charles Leclerc. O Mundial de 2022 promete bastante, e quando a Mercedes equilibrar o carro de Hamilton, ainda será melhor!
REI – JOÃO PAULO CORREIA
O novo secretário de Estado da Juventude e Desporto recebe, para já, o benefício da dúvida. Porém, nada no seu currículo académico ou percurso político indiciam ligação à área que vai tutelar. Talvez a experiência venha dos tempos em que foi presidente do Clube de Futebol de Oliveira do Douro. Oxalá corra bem...