Otamendi comentou o título mundial conquistado pela Argentina no Catar ao bater a França na final.
«Como jogador, é um sonho. Ganhar um título pelo teu país, com a tua seleção. É um sonho desde que começas a jogar e a chutar uma bola. E depois de ter conseguido isso de me sagrar campeão… Acho que a satisfação está em recordar as origens, ou seja, a família, que sempre esteve, tanto nos momentos bons como nos maus, porque um jogador passa por muitas etapas diferentes. Eu tive a oportunidade, a sorte, de poder levantar aquele troféu, de saber quanto pesa. É recordar o início de um sacrifício que é preciso fazer para poder chegar ao primeiro escalão e depois, obviamente, chegar à seleção, todo o percurso, chegar aos 100 jogos… A minha meta era essa, claro, chegar aos 100 jogos e o jogo número 100 foi a final… Foi um extra e, na verdade, estou muito feliz. Tive a oportunidade de poder levantar um troféu que era tão desejado. Quando chegas a pensar que estás a erguer a taça que um jogador de futebol mais deseja, vês todo o percurso desde o princípio, de ter o Diego [Maradona] como treinador, de cada treinador que tive… Acho que um dia mais tarde, quando for a minha vez de deixar o futebol, vou recordar todos os momentos vividos e é, naturalmente, uma história para contar aos meus filhos. É muito bonito e dá uma satisfação extra poder contar-lhes quem foi o pai», referiu, em entrevista à UEFA, citada pelo jornal O Benfica.
O defesa-central defendeu ainda que o jogador argentino vive o futebol de uma forma «especial».
«O argentino é especial, vive do futebol, é a sua maior paixão. Sabíamos que ia estar muito gente, mesmo muita gente, mas não imaginávamos que fosse tanta gente», afirmou.