Numa reta com 500 metros que permitia ao sprinters desenvolverem todas as potencialidades, o venezuelano Leangel Linarez (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua) foi superior e venceu com algum à vontade a 2.ª etapa da Volta ao Alentejo que ligou Castro Verde a Grândola na distância de 170,8 km, com o norte americano Luke Lamperti (Trinity) a manter a camisola amarela.
Sem dificuldades orográficas, dificilmente a fuga de quatro ciclistas iniciada aos 2 km conseguiria a atingir meta. André Santos (Santa Maria da Feira ) e Nuno Meireles (Aviludo), cedo regressaram ao pelotão mantendo-se até 13 km da meta a valentia de José Maria Garcia (Electro) e André Ramalho (Credibom), que não resistiram quando surgiram as primeiras subidas na Serra de Grândola. Os 6 minutos de vantagem dos dois aventureiros foi como manteiga em focinho de cão, tal foi a rapidez com que foram ultrapassados pelo pelotão.
Ainda se admitiu que as rampas de Serra de Grândola pudessem ser atacadas e alguém rompesse o grande grupo, mas pelo sim pelo não o pelotão apostou numa chegada massiva de encher o olho para quem gosta de ciclismo. Numa reta larga e plana os estrangeiros meteram no bolso os sprinters portugueses, Leangel Linarez que o ano passado venceu a Prova de Abertura e a 3.ª etapa da Alentejana na chegada a Ponte de Sor, explodiu nos últimos 200 metros e esteve em destaque na Vila Morena, com Rodrigo Caixas em 5.º lugar a ser o melhor português. «A equipa preparou bem a chegada e sprintei no momento certo para chegar à vitória, muito importante para mim e para a equipa. Vamos ver o que poderemos fazer até final nas chegadas a Estremoz e Évora, para a geral logo se verá o que acontece no penúltimo dia em Castelo de Vide», declarou a A BOLA Leangel Linarez.
Luke Lamperti (Trinity) manteve a camisola amarela, a sua equipa assumiu a perseguição a partir de Santiago do Cacém e não permitiu que alguém tentasse qualquer aventura. Orluis Aular (Caja Rural) com o segundo lugar na etapa e depois de ter bonificado num sprint subiu para 5.º na geral, numa classificação dominada pelos estrangeiros que ocupam as cinco primeiras posições.