Em conferência de Imprensa após o triunfo, por 2-0, sobre o Vizela, Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, abordou várias questões, entre as quais a falta de opções, com novo clássico com o Sporting à vista, agora com mais uma lesão, após o lateral-esquerdo Wendell ter saído lesionado, de maca, e a estreia do jovem médio Vasco Sousa.
«Todos os jogos são muito importantes, são praticamente finais. Não podemos atrasar-nos mais em relação ao nosso rival, o Benfica, quarta-feira temos um jogo importante com o Académico de Viseu e depois outro na Liga dos Campeões. Sabemos que se queremos ir até ao fim e sermos competitivos temos de olhar para todos os jogos como finais. Este momento coincidiu também com o castigo do Bernardo Folha, mas sou pago para arranjar soluções e aproveito para dizer que o Vasco Sousa estreou-se não por ser engraçadinho e pequenino ou os adeptos gostarem, mas porque tem trabalhado de forma muito positiva na equipa B e hoje poderia ser importante, até pelo esforço do Grujic, que fez um treino e hoje jogou 85 minutos. Tinha dito, na antevisão, que era impossível jogar 90, contudo não podemos perder mais pontos e deixei-o ficar. Ele está furioso comigo, mas já passa», comentou o técnico azul e branco, tendo ainda acrescentado: «É verdade que temos alguns jogadores de fora, jogadores importantes, mas não podemos lamentar isso. Temos de olhar para o que temos e espero recuperar mais um ou outro jogador para o encontro em Viseu, e depois falaremos do clássico.»
Questionado sobre assobios dos adeptos, Sérgio Conceição respondeu: «É uma novidade que me está a dar porque estava numa sala e não ouvi nada, mas se fosse todo o estádio, teria certamente ouvido. Há sempre adeptos mais contentes do que outros, temos adeptos muito apaixonados pelo clube e que querem sempre que a equipa seja um rolo compressor, mas nem sempre é possível.»
Voltando ao jogo propriamente dito, o treinador dos dragões observou aspetos positivos e outros a corrigir e melhorar: «A sensação que tive foi que, algumas vezes, poderíamos ser mais inteligentes a explorar a boa organização do Vizela. O Nuno Moreira acompanhava,
muitas vezes, as ações do João Mário, e, nessas ocasiões, era necessário outros movimentos, com o Pepê a poder explorar outros espaços. Houve algumas variações do centro do terreno, onde éramos algo previsíveis e contribuímos para deixar o Vizela confortável a nível defensivo. Tentámos retificar ao intervalo com a tal comunicação que temos com os treinadores adjuntos. Houve mérito do Vizela e algum demérito nosso em alguns momentos, especialmente na dinâmica em posse. O Vizela não criou grande perigo e podíamos ter feito mais no momento da pressão. Houve coisas positivas e outras que não correram tão bem. Não me importava de ganhar sempre 2-0.»