Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, regozijou-se, de forma natural e expectável, com o triunfo por 2-0 sobre o Sporting que deu aos dragões a primeira Taça da Liga e analisou a partida com frieza e objetividade.
«Ganhámos. Uma final ganha-se. As finais ganham-se. Tivemos bons momentos. Fizemos o golo antes dos primeiros 15 minutos de jogo, mas estávamos a definir mal a zona e o momento de pressionar e o Sporting teve 30 minutos bons. No entanto, a minha equipa podia e deveria também ter definido de outra forma. Acertámos ao intervalo algumas situações, corrigimos, entrámos melhor na segunda parte, não me recordo de mais nenhuma ocasião do Sporting e depois o jogo ficou naturalmente mais fácil com a expulsão do Paulinho. Globalmente, é uma conquista merecida da minha equipa», declarou o timoneiro dos azuis e brancos.
Quanto ao facto de, no passado, a Taça da Liga ter sido alvo de algum desdém no âmbito portista, Sérgio Conceição focou-se no presente e na era azul e branca desde que tomou as rédeas do dragão: «Este troféu é um título como outro, quando iniciámos a época e traçámos os nossos objetivos. Se o trabalho e a dedicação são sempre no máximo, não faz sentido desvalorizar títulos. Hoje ganhei a primeira Taça da Liga para o FC Porto e, por isso, estou contente. Ganhámos mais um título, que vai para o nosso museu. Desde que assumi o FC Porto sempre valorizei esta competição, todos os dias trabalhámos para ganhar algo. O que está para trás não me diz respeito.»
Questionado sobre uma hegemonia dos dragões pelo facto de, atualmente, deterem campeonato, Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga, ou seja, todas as provas internas, Sérgio Conceição reagiu com descontração e sem entrar em deslumbramentos, como, de resto, é seu timbre: «Com todos sabem, temos passado por algumas dificuldades a nível financeiro, mas ainda hoje, nesta final, vimos jovens jogadores saídos da equipa B juntamente com outros, experientes, e fazemos um grupo fantástico. Temos sido, desde o primeiro dia, muito competitivos. Queremos ganhar sempre, o que não é possível, como gostaríamos, mas há algo que os adeptos reconhecem nesta equipa, o facto de dar sempre o máximo.»