Declarações de Fernando Santos durante a apresentação como novo selecionador da Polónia.
Experiência de treinar grandes jogadores como Cristiano Ronaldo:
«Durante a minha carreira já treinei grandes jogadores, mas nada é mais importante que o todo. A equipa é um conjunto integrante de jogadores, cada um terá a sua personalidade. Compete depois ao selecionador nacional agregar e juntar todos. Foi assim que trabalhei durante toda a minha carreira, que já é longa, e é assim que continuarei a fazer. Respeito sempre todos os jogadores.»
«Sempre consegui definir e discernir entre o homem e o treinador. O mesmo aplica-se ao jogador. São coisas diferentes, uma coisa é uma minha relação profissional. Nos treinos sou eu que mando e tomo decisões – ninguém vai fazer esse trabalho por mim – e os jogadores terão, naturalmente, de respeitar. Sempre foi assim. Outra coisa importante para que as coisas possam funcionar tem a ver com a personalidade de cada um. Vai demorar algum, vai ser um trabalho árduo, mas vamos tentar conhecer todos os jogadores o mais rapidamente possível.»
Diferenças com Paulo Sousa, que também foi selecionador da Polónia:
«Sou amigo de Paulo Sousa, conheço-o desde as camadas jovens de Portugal. Temos uma boa relação, mas somos duas pessoas distintas e cada um trabalha à sua maneira. Tenho como princípio não analisar nunca o trabalho dos meus colegas. Somos diferentes, mas a diferença não nos torna melhores ou piores.»
Expetativas em relação aos resultados:
«Ganhar é uma palavra a que vamos ter de nos habituar. Temos condições para poder competir com todas as equipas do mundo, com o respeito necessário por todos os adversários. Pensar que os nomes ou os rankings contam é um erro. Respeito todos os adversários, mas ao mesmo tempo não podemos ter medo nem ser subservientes. Respeitando os adversários estamos mais perto de poder ganhar. Temos jogadores habituados a jogar nos melhores campeonatos e o nosso objetivo é esse, ganhar.»
Objetivos como selecionador da Polónia:
«A minha maior ambição é ganhar tudo (risos). Se não ganhar, não gosto, não durmo… A ambição é ganhar todos os jogos, se não conseguir é ver até onde chega o limite da minha ambição. O que quero fazer é deixar uma marca hoje, mas também, como aconteceu nos projetos onde trabalhei, deixar uma marca para o futuro. É preciso criar bases e raízes para que a seleção polaca seja cada vez mais forte e isso começa na formação.»