Homem mais rápido do planeta e da história, o jamaicano Usain Bolt, de 36 anos, recordista mundial dos 100 e dos 200 metros, participou às autoridades do seu país natal que 12,7 milhões de dólares (€11,743 M) ‘voaram’ ainda mais depressa do que ele de uma conta sua em Kingston e no banco de investimentos local Stocks & Securities Ltd (SSL).
A alegada fraude foi detetada pelo incrédulo campeão das pistas no dia 11, quando consultou o saldo da sua conta e, ao invés da soma que garante (e julgava) lá ter depositada, encontrou, antes, um saldo de ‘parcos’ 12 mil dólares (€11.096).
O diretor do Departamento de Investigações Financeiras da polícia da Jamaica, Selvin Hay, confirmou esta quinta-feira, citado na ESPN, que «não foi apenas Usain Bolt» a ver o seu dinheiro ‘voar’ ainda mais depressa da(s) conta(s) do que o ‘relâmpago’ conseguia no hectómetro e duplo hectómetro nas pistas de tartan.
A Divisão de Investigações Financeiras, e o Comissariado para as Fraudes da Jamaica, já abriram uma investigação para tentar detetar os responsáveis pelo desvio dos fundos de contas aos respetivos titulares, bem como o por enquanto ainda desconhecido paradeiro das verbas dos investidores.
«Desapareceram inexplicavelmente 12,7 milhões de dólares da conta de Usain. Caso não sejam encontrados e restituídos, apresentará queixa legal e formal», foi a garantia deixada neste dia por Linton Gordon, advogado que Usain Bolt nomeou seu representante nas diligências para recuperar a verba, enquanto o agente do antigo velocista, Ricky Simms, reiterou estar a investigação em curso.
As primeiras notícias não são boas para os alegados lesados, e não apenas Bolt: na terça-feira, da 17, a Comissão de Serviços Financeiros da Jamaica (FSC, Financial Services Comission) assumiu, legitimada pela lei, a «gestão temporária» da supracitada empresa de investimentos SSL, no olho do furacão.
Na quarta-feira, dia 18, o diretor-executivo da FSC, Everton McFarlane, em conferência de imprensa realizada em Kingston, confirmou aos jornalistas locais que «ocorreu uma fraude por um dos responsáveis das relações com clientes na SSL, uma fraude de níveis nunca vistos antes no país».
«Um funcionário que rouba da própria empresa é um risco em qualquer negócio, e nas instituições financeiras, é para levar ainda mais a sério. O ato desprezível e desonesto de um simples empregado da SSL, possivelmente auxiliado por cúmplices, não deve ser associado do risco que existe em todas as áreas económicas», disse Everton McFarlane.
Refira-se que a empresa SSL emitiu um comunicado no dia 12, onde revelou, segundo a CNN Internacional, «ter tomado conhecimento da atividade fraudulenta de um ex-empregado, de pronto denunciada às autoridades». Ou seja, nada de bom prenunciam, para já, as primeiras notícias para Usain Bolt reaver as suas poupanças.