No dia em que se cumpre exatamente um mês sobre o fim do Campeonato do Mundo de Futebol do Catar-2022, que acabou com a vitória da Argentina sobre a França (2-2 nos 90’, 3-2 após prolongamento e triunfo no desempate por penáltis), a 18 de dezembro, em Doha, a FIFA anunciou que a prova gerou interações e audiências de quase seis mil milhões desde o início dos 64 jogos, a 20 de novembro do ano transato.
Em nota enviada às redações, a organização que superintende o futebol mundial, liderada pelo ítalo-suíço Gianni Infantino, recorda o recorde de 172 golos apontados durante o torneio (suplantando os 171 apontados no França-1998 e na Rússia-2018).
Revela, ainda, que só o jogo da final - entre a ‘alviceleste’ e os ‘bleus’. Mais a cerimónia de encerramento, foram vistos por «1500 milhões de espetadores» um pouco por todo o planeta, enquanto o encontro inaugural, a 20 de novembro, entre o Catar e o Equador (0-2), bem como a cerimónia de abertura, tiveram uma audiência global «de 550 milhões de espetadores».
A FIFA assinala «quase seis mil milhões de interações nas páginas da competição nas redes sociais, num total de 262 mil milhões de reações em todas as plataformas», números que, defendem, «refletem a dimensão e escala únicas do maior acontecimento desportivo do planeta».
Só nas redes sociais, a FIFA cita a empresa do ramo Nielsen, que, para a organização contabilizou «93,6 milhões de publicações [posts] em todas as plataformas, com um alcance cumulativo de 262 mil milhões de fãs, e 5950 milhões de interações».
Quanto a presença física de espetadores nos estádios, o Mundial do Catar-2022 foi visto ‘in loco’ «por 3,4 milhões de adeptos, acima dos 3 milhões da Rússia-2018».
Mais: três dos encontros que tiveram o Estádio Lusail, em Doha, como palco, «tiveram as maiores assistências de público registadas em fases finais de Campeonatos do Mundo» dos últimos 28 anos, «desde os EUA-1994, quando o Brasil venceu a Itália, na final, no desempate por penáltis, no Estádio Rose Bowl, em Pasadena, ante 94.194 espetadores nas bancadas».
E Cristiano Ronaldo não poderia falta nos destaques individuais da FIFA ao torneio que é a sua ‘joia da coroa’. «Tornou-se o primeiro jogador a marcar em cinco fases finais de Campeonatos do Mundo, 2006 [Alemanha], 2010 [África do Sul], 2014 [Brasil], 2018 [Rússia] e 2022 [Catar]», referem sobre o capitão da Seleção Nacional e jogador do Al Nassr.
Da mesma forma, o capitão da seleção campeã, a Argentina, Lionel Messi (Paris Saint-Germain), considerado o Melhor Jogador do torneio, merece menção especial da FIFA.
«Messi tornou-se o primeiro jogador a marcar em quatro jogos seguidos da fase a eliminar do torneio [Austrália, Países Baixos Croácia e à França], desde que os oitavos de final foram introduzidos, no Mundial do México-1986. E ultrapassou outro marco ao fazer o seu 26.º jogo na fase final de um Mundial, precisamente ante da França, na final, ultrapassando o anterior recorde, de Lothar Matthäus [Alemanha]», destacam com propriedade.
«O golo mais rápido» da prova foi marcado pelo avançado canadiano Alphonso Davies «aos 68 segundos do jogo diante da Croácia», enquanto o espanhol Gavi «tornou-se, com 18 anos e 110 dias o mais jovem futebolista a marcar na fase final de um Mundial [7-0 da Espanha à Costa Rica] desde Pelé no Mundial da Suécia-1958».
Noutros capítulos, destaque para a árbitra francesa Stéphanie Frappart, «a primeira mulher a arbitrar no torneio, juntamente com as assistentes, Neuza Back e Karen Diaz».
Por outro lado, nos vencedores de cada um dos oito grupos «encontraram-se seleções de quatro diferentes confederações continentais, apenas pela terceira vez na história, e primeira nos últimos 20 anos, só sucedera no México-1986, Coreia do Sul/Japão-2002 e agora no Catarr-2022». Realce especial também por «pela primeira vez três seleções da Ásia terem atingido os oitavos de final de um Mundial» - Coreia do Sul, Japão e Austrália.
E, naturalmente, a proeza do ‘carrasco’ de Portugal na prova (0-1, nos quartos de final), os Leões do Atlas, Marrocos «tornaram-se a primeira seleção africana da história a atingir as meias-finais de um Mundial, coroando uma incrível campanha que uniu o Médio Oriente e o Mundo árabe».
Quanto à ‘Fan Zone’ de Doha, «teve 1,85 milhões de visitantes» durante o mês do torneio. E o tema ‘Tukoh Taka’, uma das nove canções que compuseram o disco da primeira banda sonora da história de um Campeonato do Mundo «gerou 450 milhões de visitas na plataforma YouTube».
Referência, ainda, ao fato de «todo o torneio ter sido transmitido para o Brasil através do FIFA+ [streamer]» e de «todos os pacotes comerciais terem sido vendidos, com os 32 parceiros comerciais a disponibilizarem mais de 600 programas especiais de marketing».
Por último, mas não menos importante, os números das pessoas envolvidas no gigantesco evento. «20 mil voluntários, escolhidos de 150 diferentes países, dos quais 17 mil residiam no Catar e três mil oriundos de outras nações» ajudaram a que tudo corresse bem, revela a FIFA. «Com idades dos 18 aos 77 anos».
E «no total, 180 mil pessoas foram acreditadas pela organização para o transformar num êxito, incluindo os mais de 10 mil representantes dos media», anuncian. Pela primeira vez, também, estiveram disponíveis para os fãs, através da internet «comentários para cegos e amblíopes, em inglês e em árabe», recordam ainda, à despedida.